Capítulo 23

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Ana narrando 

Aqui estou eu outra vez prestes a entrar no hospício, as vezes acho que passo mais parte da minha vida aqui do que na minha própria casa mas tenho que recompensar o dia de ontem que disse que viria aqui para nossa consulta assim como tinha deixado escrito no bilhete, mas não pude vir porque tive que resolver algumas coisas que acabei descobrindo da minha mãe, coisas não tão concretas, foram informações vagas que estou tentando encaixar no quebra-cabeça, mas como uma boa profissional voltei ao meu compromisso com meu paciente, que se encontra na minha frente nesse exato momento.

- oi Lucas bom dia!

- bom dia Ana- vejo que ele já pegou o jeito de me chamar pelo nome 

- está tudo bem com você?

- sim tudo na mais perfeita paz- disse irônico

- que bom porque hoje temos uma consulta a ser seguida não e mesmo meu querido paciente?.

- sim sim- disse vindo até a mesa onde eu organizava meus papéis e se sentou na cadeira a minha frente.

- bom como sabe temos apenas 5 meses restantes, depois disso entregarei meus relatórios para o meu chefe que analisará tudo com o supervisor daqui do hospício é iram ver se fiz um bom trabalho e se você poderá sair daqui, mas até lá temos bastante trabalho- falei o olhando, e que parecia não dar tanta importância no que eu falava 

- acho meio difícil sair daqui, mas você está fazendo um ótimo trabalho- falou indiferente com a situação, como pode ser tão negativo assim meu deus 

- bom quero te fazer perguntas mas preciso que me responda 

- vou tentar responder seu questionário doutora- deu ênfase no doutora, ele quer tirar minha sanidade mental sinceramente 

- Lucas quero saber, quando sua irmã morreu, o que você fez logo após, foi atrás de justiça?- perguntei e ele engoliu seco

- na verdade eu fui sim, no dia que ela matou minha irmã eu apaguei e acordei em lugar escuro onde eu não conseguia enxergar nada, acho que era um porão, essa mesma mulher disse que eu deveria ficar calado e não contar nada do que vi a ninguém, depois de ter prometido a ela de que não contaria nada a ninguém ela me deixou sair, mas antes ela me apagou e só acordei de novo já em casa, mas o corpo da minha irmã já não estava mais lá, demos ela como morta e depois disseram que acharam o corpo dela já em decomposição, velamos de caixão fechado, na semana da frente eu passei a vigiar a mulher, encontrei sua casa que se localizava no centro da cidade, ela era rica então foi fácil achar ela, até porque ela trabalhava nas empresas Monteiro.- quando ele disse empresas monteiro meu coração errou a batida, a empresa do meu pai? não deve ser coincidência! 

- aaa sim então...- ouvimos um estrondo e parecia ser em todo o hospício, logo a energia acabou

- Ana fique perto de mim e não saia por nada ouviu- assenti e fiquei perto dele que se levantou rápido em alerta na porta

- se me permite perguntar o que seria esse alarme?- perguntei a ele

- significa que toda a energia do prédio caiu, então todas as celas estão destrancadas- falou me olhando

- então isso quer dizer...

- isso mesmo que você está pensando Ana que a qualquer momento pode entrar um maniáco que assassina pessoas de qualquer forma pela aquela porta, então não saia de perto de mim- falou e eu peguei em seu braço com medo 

- já aconteceu isso alguma vez ?- perguntei outra vez

- por Deus até em momentos assim você elabora perguntas, que potencial hein- falou rindo 

- não ache graça e me desculpe e que estou com medo nunca fiquei em meio um monte de loucos dentro de um hospício sem energia , sem segurança- falei ficando com mais medo só de pensar

- olha não vou deixar nada acontecer com você ok- disse segurando meu rosto entre as mãos

- ok- assenti 

- olha eu irei abrir a porta bem devagar e ver se consigo trancar com o cadeado que tem do lado de fora ok me espere aqui -falou e foi indo até a porta 

Quando ele abriu a porta tinha dois caras um com um corte que atravessava o rosto e outro bem bombado e tinha cara de ser um assassino em série, meu Deus onde eu fui me meter, um deles empurrou Lucas que caiu no chão, e o outro veio em minha Direção é hoje que eu morro.

- Ana corra entre dentro do banheiro- gritou Lucas que estava tentando se livrar do cara que estava encima dele

Corri até o banheiro, mas na hora que eu ia fechar a porta o cara colocou o pé bloqueando que a porta se fechasse, comecei ficar com muito medo que comecei a tremer muito, o cara empurrou a porta e veio pra cima de mim me colocou contra a parede e começou a me enforcar eu tentava bater nele mas de nada adiantava e claro o cara dava umas três de mim, eu já não estava conseguindo respirar já conseguia ouvir barulhos bem longe estava prestes a desmaiar, quando Lucas veio por trás do cara com uma corrente e passou pelo o pescoço do cara que logo me soltou e eu voltei ,o ar começou a voltar ao pulmão, enquanto Lucas tentava fazer com que o cara ficasse imobilizado enquanto isso a energia voltou e um policial entrou no quarto e levou os dois caras que estavam ali, Lucas tinha dado uma boa surra no cara que tinha derrubado ele, tanto que ele estava cuspindo sangue e seu rosto todo cheio de sangue e hematomas, depois que os policiais sairam com aqueles dois, eu abracei Lucas.

- muito obrigado se você não tivesse chegado eu teria morrido- falei 

- eu disse que não iria deixar ninguém fazer nada com você, é outra eu tinha que ter você viva pra fazer isso- olhei confusa pra ele, que me puxou contra si e me beijou, o beijo que eu sonhei noites com ele, e que pensei que ficaria louca só de pensar que não teria coragem de beijá-lo, continuei o beijo, senti borboletas no estomâgo e olha e uma sensação incrível, ele parou o beijo e me olhou mas sem me soltar dele.

- Ana eu não sei se é recíproco mas eu gosto de você e não poderia mais guardar pra mim isso, por mais que você diga que não eu só precisava dizer que...- calei ele com outro beijo

- você fala demais - falei pra ele que riu e começou a distribuir selinhos pelo meu rosto até chegar na minha boca outra vez 

- olha eu sei que você é minha psicóloga mais, poderiamos tentar pelo menos?- perguntou e vi insegurança em seus olhos 

- não só podemos como iremos tentar- falei dando um selinho nele, e abraçando ele de novo, o abraço mas aconchegante que tem e o dele.

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Meu Paciente Where stories live. Discover now