Capítulo 19

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Ana narrando

Chego no hospício atrasada pois desliguei meu despertador sem perceber acordei depois de uma hora, aqui estou eu toda atrapalha andando pelo corredor até o quarto de Lucas, quando o policial abre a porta, meu caderno cai todas anotados que fiz sobre Lucas ali foi pelos ares.

- meu deus como eu sou atrapalhada

- logo cedo doutora sendo atrapalhada- sorriu debochado

- hahahahahaha que engraçado, eu acordei atrasada é sai sem arrumar nada

- deixa que eu te ajudo a recolher esses papéis- disse vindo me ajudar, recolhemos tudo e comecei minha consulta

- bom Lucas como foi a noite?

- acordei uma vez na noite dessa vez, meus pesadelos andam diminuindo

- que bom, olha vamos lá fora para o jardim, nossa consulta hoje vamos andar um pouco e conversar, pra não ficar algo tão mecânico ok

- ok doutora

Batemos na porta pra sair é o policial já veio falar e dar opinião onde não precisa.

- a senhorita vai mesmo ministrar sua consulta lá fora, não sei como domina esse aí- aponta pra Lucas

-olha aqui meu senhor, você não volte falar assim comigo nem com Lucas, eu sou a psicóloga aqui então quem faz ou deixa de fazer sou eu, agora me deixa passar

Saimos de lá em direção ao jardim

- que isso hein doutora toda autoritária e cheia de si, admiro muito sua coragem- falou me olhando diferente

- obrigada, eu não iria deixar ele falar mal de você, pode não parecer mas gosto de você

- acredite doutora parece muito que você gosta de mim- arregalei os olhos, é tão na cara assim?- não se preocupe doutora também gosto de você

- sério?- perguntei muito curiosa

- claro uma grande amiga como você

É claro uma grande AMIGA ai Ana como você idiota é claro que era como amiga, não iria ser outra coisa porque eu ainda fico imaginando umas coisas dessas.

- tudo bem doutora?

- que?

- tá tudo bem?, ficou calada e pensativa de repente

- estou bem sim e claro

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- tá gostando?

- tá brincando isso aqui e muito gostoso- falou rindo

- fiz pensando em trazer pra você

- você cozinha bem esse pudim tá muito bom- disse dando uma colherada no pudim

- obrigada

- sabe doutora minha mãe cozinhava tão bem assim como você cozinha- disse pensativo e meio triste

- sente muita falta dela

- sinto muita, talvez se ela estivesse viva meu pai tinha se envolvido com aquela mulher, minha irmã não teria morrido, e eu não estaria aqui como um louco que eu sou- falou Lucas, já serrando o punho com raiva

- ei!, não fala assim você não é louco essa mulher te deixou assim, ela que e culpada e tem que pagar pelos erros dela na cadeia, você vai melhorar é vai sair daqui pra conseguir justiça, certo?

- sim eu vou- disse me olhando sorrindo

- posso deitar no seu colo?- perguntou ele, ai meu deus ele não me ajuda no meu processo de esquecer meu sentimento por ele, mas pensando por outro lado eu sou a única pessoa que ele se sente bem, não posso dizer não

- claro- ele deitou é fiquei fazendo carinho na cabeça dele

- sabe doutora seu futuro namorado vai ter muito sorte de ter você

- porque diz isso ?

- cozinha bem, é atenciosa, é o melhor de tudo faz um carinho tão bom- diz e eu fico envergonhada por tanto elogio deferido por ele sobre mim

- pois é, meu futuro namorado vai mesmo gostar

QDT

Cheguei em casa pensando no que Lucas disse, como eu queria que a única pessoa que tivesse que receber meu carinho, minha atenção e degustar da minha comida em exclusividade fosse ele, mas não posso, não posso investir em um sentimento que não é recíproco.

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Meu Paciente Where stories live. Discover now