capítulo 21

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Ana narrando

Estive pensando muito esses últimos dias, que no caso são tantos pensamentos que eu acabo me perdendo neles é um dos que mais rodeiam minha cabeça e nada mais nada menos que o meu Deus grego da história, sim Lucas, como esse cara tem esse poder de me dominar em tão poucos meses, porque eu justo sua psicóloga, no começo eu queria apenas sua amizade, ajudar ele era um dos planos que eu acabei colocando como prioridade não só no trabalho como na minha vida pessoal, nessas duas semanas que passaram depois daquele ocorrido do "passeio em família", eu tive várias consultas com ele, e cada vez mais eu fico apaixonada, eu não admito isso a ninguém nego até a morte, eu não sinto que esse sentimento seja recíproco da parte dele então acho melhor manter assim, até porque o que ninguém sabe, ninguém sai falando, ser psicóloga dele esses últimos dias está sendo um desafio muito grande, ter que conciliar que meu trabalho e minha vida pessoal são coisas diferentes, mais meu cérebro e meu coração não entram em acordo nunca, mas o problema é, eu quero cuidar dele independente do problema, eu sinto essa necessidade aflorar em mim e não posso me afastar ele já me falou desse medo, e não quero que ele perda a confiança que eu consegui criar com ele, não isso está fora de cogitação.

Saio de meus pensamentos com meu alarme que toca em um barulho estridente me fazendo cair da cama pelo susto que levei, levantei fui ao banheiro me olhei no espelho e vi o quão acabada eu estava, não conseguia dormir direito desde do dia que descobri meis sentimentos por ele, e o pior e que depois que dormi com ele eu me sinto tão segura e sinto falta de dormir agarradinha com ele, foi apenas duas noites assim pra fazer eu me apaixonar pela forma na qual ele dorme comigo, a noite toda grudado, como se eu fosse fugir dele, saio desses pensamentos que já era pra ter parado, tomo um banho, escovo os dentes me enrolo na toalha e saio em direção ao closet visto uma roupa confortável e coloco uma sandália Anabella preta, hoje eu quero causar sim, faço uma maquiagem pra desfaça essa cara de acabada na qual eu me encontro, desço tomo meu café, Miguel ja saiu faz algum tempo me parece que hoje ele tinha um seminário para apresentar que chegar mais cedo pra se preparar, então nem tive tempo de me despedir dele. Pego meu carro e saio em direção ao hospício, que ultimamente anda sendo meu lugar favorito de passea o tempo.

[...]

- Lucas?_ sem resposta,onde será que ele está, procurei por todo o quarto e não o achei decidi ir procurar Esmeralda ela deve saber onde ele está

- Esmeralda sabe onde está Lucas ?não o encontro em lugar algum _falei e ela me olhou meio em dúvida

- eu sei onde ele está, mas não sei se ele quer companhia agora.

- o que houve com ele Esmeralda?_peeguntei já aflita, tudo o que envolve ele me deixa assim, só de pensar que ele não está bem já sinto um aperto no coração

- hoje ele acordou meio surtado e nervoso me pediu pra que levasse ele até o terraço do prédio.

- obrigada Esmeralda eu irei até lá_ ia saindo mais ela me chamou

- eu sei que você saberá cuidar dele como ela não cuidou dele Ana_ disse e saiu me deixando ali sem saber quem era "ela" na qual ela citou

Sai dali em buscar de achar esse terraço, Lucas deve estar mal agora por alguma coisa, só assim pra ele ficar agressivo e estressado, ele reage de uma forma diferente sobre as situações. Cheguei ao terraço e vi ele sentado chorando olhando pra cidade que tinha bastante movimento por conta do horário de pico.

- Lucas_ chamei sua atenção a mim, que logo que ouviu me voz se arrumou e secou suas lágrimas

- o que está fazendo aqui falei a Esmeralda que não queria ver ninguém_ respondeu rude sem ao menos me olhar

- você podia ao menos deixar de ser grosseiro comigo, eu fiquei preocupada com você sabia

- eu não preciso da sua preocupação doutora

- sabia que você e um arrogante que as vezes só pensa em você, e em ficar se martirizando com seus problemas sozinho, sem querer ajuda, tanto faz pra mim também eu tô indo embora já que você não quer minha ajuda, não sei nem o que estou fazendo aqui_ falei já tentando não chorar, poxa eu fiquei preocupada com ele vim até aqui pra que, pra ele ser esse estúpido de sempre cansei.

- ei espere Ana_ se pronunciou

-eu preciso de você_ disse com a voz um pouco falha, era a primeira vez que ele me chama pelo nome, sem ser doutora. Olhei pra trás e vi que suas lágrimas que antes ele tinha secado e se fingia de durão, voltaram a cair novamente sem parar, andei até ele que me observava triste, estiquei os braços pra ele que veio até mim se aconchegando em um abraço colocando seu rosto em meu pescoço e me apertando forte.

- quer me dizer o que aconteceu?

- não, só que te abraçar agora_ respondeu com a voz abafada por o rosto estar em meu pescoço

- tudo bem eu estou aqui com você.

Nos sentamos num banco que tinha ali, e ele continuou abraçado comigo enquanto chorava baixinho e fazia carinho em minha mão.

- hoje e aniversário dela Ana_ disse olhando para a vista da cidade outra vez

- ela quem?

- Lisa,minha irmã_ falou querendo chorar outra vez

- você sempre recorda datas especiais pra você ?

- sim desde que perdi ela, esse o dia no qual mais sinto falta da presença dela, nós dois costumávamos ficar o dia todo juntos comemorando o aniversário dela, então eu sinto falta muita mesmo, ainda mais que fico aqui sozinho sem a presença de ninguém, me desculpa ter sido arrogante com você, só não gosto de demonstra fraqueza na frente de ninguém, mas eu queira tanto seu abraço e sentir seu cheiro, ele me deixa calmo_ falou tudo olhando em meus olhos e como se nossas almas estivessem se fundinho ali naquele momento e se tornando uma só, eu conseguia sentir seu sofrimento, então apenas sorri confortante e o abracei de novo.

- olha hoje vou ficar o dia todo com você ok, vamos fazer o que você quiser, passear no jardim ,assistir algum filme, comer algumas guloseimas, e só me dizer o que quer que eu faço com você_ falei fazendo carinho nele

- eu só quero deitar, e ficar abraçado com você e tentar dormir um pouco porque não dormi nada essa noite_ disse me olhando

- ok então vamos ficar abraçadinhos hoje até você dormi tá_ ele concordou com a cabeça e fomos em direção ao seu quarto, deitamos na cama e pegamos uma coberta ele me abraçou e fechou os olhos tentando dormir, ficamos ouvindo a chuva que caia lá fora, e hoje estava meio friozinho, o que colaborou para meu programa inesperado, peguei meu celular mandei mensagem pra Miguel dizendo que passaria o dia fora, coloquei o celular encima do criado mudo de Lucas e me entreguei ao sono junto com ele.

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Capítulo fofo siiiim

Meu Paciente Where stories live. Discover now