Capítulo 22 : carona

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Já era segunda, queria me enfiar num buraco só para não ter que ir a escola,
Ainda não conseguia tirar a expressão de choro de lucas dá mente, conseguia visualiza-la perfeitamente, o desespero em sua voz, a inquietude de seus olhos a procura de qualquer resquício de medo em mim, mas a única coisa que eu sentia era pena e uma profunda tristeza, estava tudo tão fresco na minha mente, só de imaginar vê-lo naquele estado novamente partia meu coração

Meu garotinho estava perdido na escuridão e eu fui sua guia, o trazendo para a luz

Mas não sou nenhuma salvadora, não sou digna de ser chamada assim

Passei um bom tempo tentando achar respostas para minhas perguntas nas entre linhas de nossa conversa,
Analisei cada frase a procura de algo que fosse útil e cheguei a conclusão que lucas está a procura de respostas assim como eu

Confio nele e sei que quando ele achar as respostas que procura e tiver pronto, ele não hesitara em me contar

Depois que ele acordou apenas conversamos sobre coisas aleatórias e até consegui o fazer gargalhar, ele parecia estar feliz por eu não o ter pressionado para conseguir sanar minhas dúvidas, irei esperar que ele venha até mim e me conte

O clima estava leve entre a gente, parecia até que aquele dia nunca havia acontecido e ele agia como se não tivesse de fato acontecido

Recebo uma leve cotovelada e saio dos meus pensamentos

Estava indo para escola, uma leve chuva insistia em cair, o clima tava frio mas tive o azar de esquecer meu moletom e me xingava mentalmente por isso, segurava o guarda chuva com uma mão e abraçava meu próprio corpo com a outra, lucas andava ao meu lado, às vezes ele roçava nossos braços parecendo querer demonstrar sua presença

Lucas- conversa comigo

Desde que saímos de casa não havia falado muito com ele, apenas respondia suas perguntas evitando falar muito

Kauane- desculpa não estou no clima

Lucas- percebi

Lucas passa seu braço por cima do meu ombro e cola nossos corpos o máximo que consegue

Lucas- tá melhor assim?

Me senti acolhida e protegida, o ter por perto espantou um pouco do meu mau humor

Kauane- tá sim, valeu

Conseguia sentir o calor que seu corpo emanava, ele estava quente e agradeci mentalmente os deuses dos amigos imaginários ou seja lá oque lucas fosse por conseguir sentir seu calor

Ele tirou o braço e se afastou, perder seu calor me deixou triste, ele abriu o zíper de sua blusa de frio e a colocou sobre meus ombros

Sua blusa de fato estava ajudando e quase não sentia mais o frio

Kauane- você não sente frio não garoto?

Lucas- não

Ele passou o braço novamente sobre meus ombros

Kauane- posso te fazer uma pergunta?

Andavamos lado a lado lentamente, eu particularmente não queria chegar ao meu destino

Lucas- você acabou de fazer uma

Kauane- bobado hein, posso?

Lucas- fique a vontade linda

Linda....não me chame assim

Kauane- você já gostou de alguém?

Ele pareceu pensar um pouco

Meu Melhor Amigo Imaginário حيث تعيش القصص. اكتشف الآن