23

1.8K 209 58
                                    

Atenção!!!

Autora: Ontem eu tinha publicado um capítulo, porém quando fui reler não ficou do meu agrado e eu odiei. Quem leu, leu. Mas ele foi excluído e na minha cabeça nunca existiu, porque pra mim ficou realmente ruim. Esse é o oficial.


─✧ kyuubi n a r r a n d o '-

| NO PASSADO |

agosto de 2008

O corpo de Draken estava caído na minha frente, uma poça de sangue se formava ao redor dele. Me libertei do braço que me segurava, corri até o corpo dele e me ajoelhei do seu lado, os olhos abertos já não pareciam tão vivos como antes.

— Ei, Ken — minha voz saiu falha — Vamos, levante.
Ergui minha mão e toquei seu rosto, estava frio. Uma dor tomou conta do meu coração, não podia ser real. Não. Minha mente estava pregando uma peça.

— Pare de brincadeira, por favor — choraminguei segurando o rosto dele com as duas mãos e trazendo para o meu colo — Ryu, abre os olhos.

Deitei minha cabeça em seu peito, não conseguia mais ouvir as batidas do seu coração, aquilo não podia estar acontecendo. Me agarrei ao corpo de Draken e neguei com a cabeça sentindo minha garganta fechar aos poucos.

Lembranças de como nos conhecemos e todos os nossos momentos juntos começaram a se formar em minha mente. Eu podia visualizar o sorriso dele na minha frente, assim como o som da sua voz parecia ressoar na minha mente.

— Kyuubi, precisamos ir — Baji falou perto de mim e eu neguei.

— Ele vai acordar, não vou deixar ele acordar sozinho — murmurei.

— Kyuubi… — Baji tentou e eu neguei com a cabeça.

— Ken, por favor — pedi baixinho e acariciei os cabelos dele — Draken acorda. Por favor. Só abre os olhos e comece a me perturbar por estar sendo tão sentimental. Eu preciso de você, eu amo você. 

A realidade pareceu me atingir em cheio, minha visão ficou turva e o cenário mudou. Alguém me segurava, uma dor se alastrava por todo meu corpo, principalmente em meu ventre, e o barulho da turbina do avião parecia bem alto em minha mente. Pude sentir o gosto de sangue na minha boca, alguém tinha a testa grudada na minha e pude notar olhos muito familiares. Eu reconheceria aqueles olhos em qualquer canto, porque na infância eram eles que me transmitiam segurança. Aquele me segurando com força era Hanma, mas ele estava mais velho, sangue saia pelo canto da sua boca e o homem na minha frente tinha dificuldade em manter os olhos abertos.

— Até na morte você tem compaixão, irmãzinha? — ele sorriu, o mesmo sorriso que dava para mim quando éramos pequenos.

Puxando o fôlego com força acordei assustada, gemi pela dor intensa no ventre e no coração, uma angústia tomou conta de mim e as lágrimas só desceram pelo meu rosto sem minha permissão. Peguei meu celular que estava em cima da mesinha, ao lado da minha cama, e o relógio marcava duas e meia da manhã. Olhei para baixo e no colchão no chão Draken e Mikey dormiam tranquilamente.

Apesar do alívio que senti, por ele estar vivo, meu coração continuava apertado e a sensação de que algo de ruim iria acontecer era grande. Levantei da cama pegando o maço de cigarro, cinzeiro e o isqueiro e com cuidado para não pisar nos meninos fui para varanda do meu quarto.

Coloquei o cinzeiro na mesinha que tinha ali e acendi o cigarro assim que fechei a porta da varanda atrás de mim. Olhei para lua que ainda estava cheia no céu e pisquei algumas vezes para afastar as lágrimas que se acumularam em meus olhos.

𝐩𝐡𝐲𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 Where stories live. Discover now