War of Hearts

Capítulo 13

Dizer que Harry e Louis exalavam felicidade não era um eufemismo, qualquer um que passasse por eles poderiam sentir na pele o estado de espírito deles, talvez eles tivessem influenciado o humor da vila naquele dia. Louis se atrasou para encontrar Shawn e Chloe, mas agradecia por ter uma irmã responsável que os distraiu o suficiente para que o alfa líder chegasse e inventasse uma desculpa perfeita e muito convincente.

Enquanto Louis caminhava com os líderes da outra alcatéia pela vila conversando sobre o que poderia ser feito ali e como fariam, Harry foi até a casa de Ashton para que eles e os gêmeos pudessem ir até onde ficava a creche, que era como os lobos apelidaram uma construção em que alguns ômegas e alfas ficavam para cuidar dos filhotes dos outros lobos, enquanto estes ajudavam na reconstrução da vila. O ômega gostava de ficar cuidando daquelas crianças e conversando com os alfas e ômegas, além de poder escutar as fofocas. Ele não era fofoqueiro, apenas queria saber sobre o que estava acontecendo e contar para o seu alfa para poderem conversar sobre.

Se surpreendeu ao ver Jay conversando com uma ômega quando chegou a creche, achava que ela estava com Louis e Lottie com os líderes da outra alcatéia. Ele não atrapalhou a conversa dela, apenas se afastou para se sentar no chão junto com Ashton e Scott, um alfa muito carinhoso, mas muito lerdo para entender as coisas. Porém, diferente dos outros dias, o alfa segurava um bebê recém nascido nos braços, o filhote estava chorando demais e Scott quase chorava junto em desespero.

- Hey Scott, quem é o bebê? -Ashton perguntou já estendendo os braços para pegá-lo.

- É o Benjamin. - Respondeu suspirando quando o amigo pegou o filhote no colo. Harry sorriu passando a mão nas bochechas gordinhas do bebê que diminuiu o choro. - A mãe dele morreu ontem depois de dar a luz e o pai havia morrido antes mesmo de saber que teria um filhote. - Scott se sentou no chão cansado. - Eu e Isaac ficamos acordados a noite toda para cuidar dele, mas como ele não teve tempo para ter a ligação com a mãe, acabou por ficar estressado.

- Você e seu ômega vão adotá-lo? -Ashton tentava ninar o pequeno filhote em seus braços, mas ele não parava de chorar e se espernear acabando por começar a deixar as pessoas no local preocupadas.

- Não achamos que seja o momento ideal, nós nem temos as marcas e começamos nosso relacionamento há pouco tempo.

Ashton apenas concordou, estava ocupado em tentar do bebê chorão. Harry se aproximou deles tímido.

- Será que eu posso tentar... acalmar ele? -Sugeriu baixinho, se o amigo não estivesse tão perto, não conseguiria escutar.

-Uh claro, mas cuidado para que ele não o confunda como uma mãe.

Ben foi passado para o seu colo com cuidado, então Harry começou a dançar com ele naquele canto em que estavam, aproximou sua boca no pequeno ouvido e começou a sussurrar histórias de quando era uma criança travessa.

Certa vez ouviu sua tia dizendo algo sobre como os bebês eram sensíveis aos cheiros e sons a sua volta, então uma forma de acalmá-los era conversando e os aromatizando com o cheiro de seus pais, mas como Ashton disse para tomar cuidado, decidiu apenas conversar com o pequeno. Em questão de alguns minutos, Ben já não chorava mais, muito pelo contrário, ele sorria , gargalhava e balbuciava algumas coisas enquanto Harry conversava com ele olhando nos seus olhos escuros. Vez ou outra a pequena mãozinha macia dele ia de encontro com os cachos do ômega e os puxava, ou às vezes tocava as covinhas de Harry e em seguida gargalhava.

Ashton e Scott estavam surpresos e sorridentes com a cena, que obviamente não passou despercebida por ninguém que estava dentro daquele lugar, mas os Lúpus eram ótimos em disfarçar tudo.

Louis caminhava para o sul da vila sendo acompanhado de sua irmã, Shawn e Chloe enquanto conversavam sobre as antigas, porém resistentes construções camufladas entre a floresta. Louis ficou impressionado com a profissionalidade e a seriedade com que Shawn tratava aquela conversa, mas também sabia ser engraçado e descontraído entre as conversas aleatórias. Enquanto isso, Chloe fazia comentários inteligentes e propostas simples, porém eficientes para a reconstrução, mas era muito piadista quando não estava fazendo seu trabalho.