Sentença de morte (Tobidei)

Capítulo 3

*Obito pov*

Um canibal que não come carne,isso só pode ser piada,dei risada de sua fala e olhei para ele,seu rosto está sério e esses olhos azuis tão frios quanto uma pedra de gelo me dão arrepios -

Obito - Para de palhaçada e come logo

Deidara - Eu não to brincando,não como carne animal...só carne humana,animais não merecem morrer (falou sério)

Obito - Você é patético (se levantou da cama irritado)

Deidara - Me da um pedacinho da sua carne -riu- não vai me bater por não querer comer?

Obito - Talvez mais tarde,tenho coisas mais importantes para resolver agora

Escutei ele rindo e sai da cela a trancando,o moço da portaria disse que tem um policial ai querendo conversar comigo sobre o Deidara,disse que ele está irritado e queria que fosse rápido.

Andei rápido até a portaria e encontrei o policial inquieto batendo o pé no chão,ele parece estar com muita raiva e espero que não seja comigo,não quero problemas.

Obito - Boa tarde,o que gostaria?

Policial - Vou ser direto,preciso que você me de autorização para conversar com o canibal

Criminosos sentenciados a morte sempre são os mais perigosos e exigem cuidado extra,apenas policiais especiais podem chegar perto deles,por isso outros policias precisam de autorização para ter contato com o criminoso.

O caso do Deidara é mais especial ainda por ser um canibal,ele é um psicopata inteligente e é como uma bomba relógio,tem que ter muito cuidado -

Obito - Não posso,eu sou o único que pode ter contato com ele (disse sério)

Policial - Olha,é de grande urgência e eu prometo que tomarei cuidado...ele matou minha família e só terei paz quando conversar com ele

Essa parte da família amoleceu meu coração,eu entendo o que ele está passando porque meu pai também foi morto,e confesso que conversar e bater no Deidara diminui um pouco do meu ódio,mesmo sabendo que é errado.

Obito - Tudo bem...mas caso aconteça algo,não irei me responsabilizar

O policial acentiu com a cabeça e começamos a caminhar em direção a cela,de canto de olho consigo ver ele apertando suas mãos,tenho certeza que ele ira aproveitar que Deidara está totalmente preso para lhe bater.

Destranquei a cela e abri passagem para ele,o loiro está de pé,de costas para nós e olhando para a parede,esse muleque é muito estranho.

Fechei a cela e me sentei em minha mesa,o policial quer ficar a sós com o Deidara,então só ficarei aqui sentado assistindo o que vai acontecer.

Policial - Você matou minha família...eu vim me vingar um pouquinho (falou num tom maldoso)

Deidara - Você é o marido daquela mulher loira né? -riu- a carne dela era doce,rendeu uma boa refeição (disse calmo)

O Deidara responde tudo com tanta calma e frieza,é assustador e provocativo,e por conta disso ele está sendo espancado agora,encurralado contra a parede com sua boca sangrando e seus cabelos bagunçados.

Ele olhou no fundo de meus olhos e deu um sorriso sacana,rapidamente ele enrolou as correntes no pé do policial e puxou o derrubando no chão,se sentou na barriga do homem e fez um coque em seu cabelo se preparando para fazer uma refeição,foi ai que eu percebi a merda que eu fiz...esqueci de colocar a máscara que fica em sua boca.

Corri até a cela mas já era tarde,o loiro estava com seus dentes fincados no pescoço do homem que gritava de dor,fui até ele e lhe puxei de cima do homem o jogando na cama,ele sorriu com seus dentes sujos de sangue,estou em pânico.

Deidara - Não mordi profundamente,ele vai ficar vivo (riu)

Com minhas mãos tremendo,tirei a arma de choque de meu bolso e acertei o loiro vendo ele desmaiar pelo choque,agora preciso socorrer o homem que grita de dor jogado no chão.

(...)

O policial foi socorrido e recebi notícias de que ele está vivo,como o próprio Deidara disse,a mordida não foi tão profunda e ficou tudo bem,mas eu tomei uma pela bronca por ter deixado ele chegar perto do canibal.

Estou me sentindo exausto e o dia não está nem perto de acabar,esse loiro está realmente me dando trabalho e eu não sei porque,mas nesse exato momento estou indo até a cela dele para cuidar dos seus machucados.

Assim que ele me viu abriu um sorrisinho e se sentou na cama,porque uma pessoa tão bonita faz coisas tão cruéis? Que ódio.

Obito - Tira a roupa (falou sério)

Deidara - Credo,eu não (fez cara de nojo)

Obito - Não vou fazer isso que você tá pensando -revirou os olhos- vou cuidar dos seus machucados

O loiro me olhou desconfiado mas se levantou da cama tirando toda sua roupa,ele se sentou de costas para mim e não disse mais nenhuma palavra.

Comecei a limpar seus machucados e só escutava seus gemidos de dor,seu corpo está muito machucado e da até dó de ver,mas ai eu lembro que ele matou meu pai e a dó passa.

Deidara - Porque se preocupa com os machucados de uma pessoa como eu?

Obito - Nem eu sei...

Deidara - To começando a achar que você é afim de mim -riu- tá perdendo o medo de ficar perto de mim? Eu to sem máscara e posso te atacar a qualquer momento

Obito - Diferente daquele policial,eu sei lidar com você...porque o deixou vivo?

Deidara - Eu só queria assustar ele,por isso mordi em um lugar que não fosse matar

Obito - E como você sabia que mordendo aquele lugar ele ficaria vivo?

Deidara - Eu tenho estudo sabia? Sou um canibal mas eu tinha uma vida antes de ficar preso aqui

Obito - Entendi...

Além de estar cuidando dos machucados de um canibal,agora eu também estou conversando com ele,cara,eu só posso estar delirando porque não é possível.

Puxei ele lhe deitando na cama e comecei a cuidar dos machucados em seu abdômen,ele tem um corpinho gostosinho e estar pensando nisso me deixa com vergonha.

Deidara - Não vai me bater? Você disse que me bateria mais tarde

Obito - Você é masoquista? Já foi espancado hoje e tá querendo apanhar mais

Deidara - Eu diria que acabei me acostumando com isso

Como sempre,ele riu depois de falar mas não foi um riso como os outros,foi um riso que carregou um pouco de tristeza no fundo.

Essa fala dele fez meu coração doer um pouquinho...

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*desculpem os erros
*não esqueçam da estrelinha
*até o próximo capítulo

Continua...

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