XXIII 🐺

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Hoseok

- Você está falando isso para tentar me acalmar, Jung. O Jimin convidou ele para a festa, fez questão de abraçar ele na minha frente. - Jungkook tentava se desvencilhar das mãos do amigo que o segurava pelo rosto.

- Jeon, a minha paciência com você acabou! - disse levantando-se bruscamente. - Você não é mais criança e eu cansei de sempre passar a mão na sua cabeça por ter medo do seu lobo. Se você não quiser acreditar em mim, o cara que está a seu lado todos esses anos, o problema é seu! Mas eu te garanto que eles não são namorados.

- Você é patético. - o alfa ria e chorava a mesmo tempo, totalmente transtornado. - Você só está me dizendo isso porque virou amiguinho do Jimin e acha que eu vou cair no papo dele. - Hoseok revirou os olhos com o semblante vermelho, sua vontade era de ir embora e dessa vez, não tentar consertar os erros do amigo.

- Não, Jeon. Eu sei porque eu convidei o Taehyung para a festa. - o alfa viu o amigo arregalar os olhos. - É isso que estou tentando te dizer desde ontem. Você por acaso abriu minhas mensagens? Eu tenho certeza que não, senão não estaríamos aqui agora.

- Como assim? Você está traindo o Yoongi com ele? Aquele merda realmente não vale nada! - Hoseok agachou e segurou o rosto do amigo com força, mesmo sabendo que o aperto ressaltaria a dor dos machucados.

- Eu juro que a minha vontade agora é terminar de quebrar a sua cara. Mas você sabe que eu não bato em amigos, mesmo se eles me fazem perder o meu precioso tempo lidando com birras infantis. - Suas pupilas verde escuro estavam brilhantes e intensificou o aperto no rosto do outro. - Se você machucar o meu ômega de novo, eu não vou responder por mim, Jungkook. Você é mais forte, mas você sabe que quando se trata de vingança e para proteger os meus, eu passo por cima de qualquer um. Você está avisado! - soltou o rosto do moreno e colocou-se de pé, estendendo a mão para o que estava sentado.

- Então quer dizer que...

- Sim, Jeon. O Taehyung está comigo e com o Yoongi. - ajudou o amigo levantar e foram em direção ao carro. - Se você não fosse tão infantil, teria percebido na hora que chegou perto que ele é ômega. Ele e o Jimin são melhores amigos, eles nunca tiveram nada. No máximo uns beijinhos em um dia de bebedeira quando ainda estavam na faculdade. Mas o Tae disse que quando eles perceberam o que estava acontecendo, não conseguiram mais parar de rir. - O Jung abriu a porta do motorista, pegando a chave das mãos do outro.

- Como isso aconteceu? Desde de quando? Porque você não me disse nada? - Jeon abriu o porta luvas e tirou uma caixa de lenços, passando no rosto para limpar o sangue.

- Sério que você acha mesmo que estamos bem? Você quebrou o nariz do meu ômega, alfa. Era para eu estar me divertindo em uma festa com os meus homens e eu mais uma vez, estou aqui de babá e ainda morrendo de fome. Vamos passar para comprar comida e vamos para sua casa. Depois que eu comer e tomar um banho, eu penso se quero conversar com você. - Hoseok sabia que sempre iria perdoar o amigo, mas naquele momento, precisava de um pouco de silêncio para colocar a cabeça no lugar e tentar entender o porquê do outro sempre agir inconsequentemente.

Jung Hoseok cresceu em um lar amável e liberal no ponto de vista dos coreanos. Seu pai Jung Jaesang e sua mãe Jung Misuk se conheceram na escola e se apaixonaram à primeira vista. A família Jung era conhecida por seus homens terem altos cargos no exército coreano mas, o que muitos não sabiam, era que eles sempre estiveram na liderança de uma das maiores máfias da Coreia. Jaesang e Misuk logo se casaram e começaram a atuar juntos, sendo especialistas em fazer pessoas 'desaparecerem'.

Quando sua primeira filha Jiwoo nasceu, o casal decidiu diminuir o ritmo mas sempre atuando dentro da máfia. Quando o segundo filho Hoseok veio ao mundo, Jaesang recebeu a proposta de passar alguns anos no Brasil cuidando dos negócios na sede de lá.

A Promessa Entre Nós Where stories live. Discover now