Capítulo 18

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Octávio Guerra.

Assim que o treino terminou eu fui até o vestiário e tomei um banho, coloquei minha roupa de volta e guardei as coisas no armário.

Sai andando pelo corredor da faculdade e parei quando vi meu pai entrar na sala da diretora. Aquilo foi totalmente estanho pra mim e então, em passos lentos eu me aproximei e notei que a porta estava entreaberta

Me cheguei mais perto e pela fresta vi quando ele estava perto dela e começaram a conversar, então eu dei um passo para trás quando vi ele a colocar contra a parede e lhe beijar. Suas mãos foram tirando sua roupa e eu virei o rosto.

Apertei meus punhos com força e me afastei, desci as escadas correndo e fui até meu carro. Joguei minha mochila no banco traseiro e pulei para dentro dele.

...

Quando cheguei em casa minha mãe estava na piscina tomando sol, as empregadas estavam fazendo uma faxina ali. Aproveitando que estavam todos ocupados e fui até o escritório do meu pai.

Eu entrei e fechei a porta, essa hora do dia as câmeras ficam desligadas. Mas só por garantia eu fui chequei se estavam mesmo.

Comecei a abrir suas gavetas começando a vasculhar tudo, todos os papéis que estavam sobre a mesa, eu tirei foto de tudo e guardei no lugar.

Assim que puxei a última gaveta tinha apenas um pendrive ali, então eu o peguei e conectei no computador. As senhas do meu pai são sempre as mesmas, ele nunca muda.

Quando a tela se abriu, uma pasta apareceu. Eu cliquei sobre ela e arquivos de vídeos brotaram sobre a tela.

O primeiro mostrava uma fila de garotas, elas estavam sujas e descabeladas, com roupas rasgadas. Parecendo mendigas. Quem estava gravando foi mostrando uma por uma.

"Pode escolher qual você quer, chefe"-Um homem dizia enquanto passava a mão pelo rosto delas-"Todas são ótimas, obedientes e bem submissas"

A câmera foi se baixando e mostrou elas nua da cintura pra baixo. Eu suspirei fundo e mudei o vídeo

O outro que apareceu era um porto, com enormes containers clandestinos. O mesmo homem apareceu e foi abrindo, dentro tinha enormes grupos de pessoas. Não estavam muito diferentes das meninas!

"Puta merda"-Murmurei vendo aquilo.

Eles estavam fazendo tráfico de pessoas!

"Conseguimos transportar a maior quantidade"-O homem volta a dizer-"Olhe chefe, eles são bons"

Ele puxou um homem e o fez vomitar saindo pequenas bolas de dentro dele. O cara pegou em suas mãos e mostrou, eram pacotes de drogas.

"Essas mulas são boas"-Ele sorriu apontando para a câmera-"Vamos lucrar muito com elas"

Não quis ver até o final e mudei o vídeo, o mesmo homem voltou a aparecer. Mostrando enormes kits de armas espelhadas por uma grande mesa.

"Chegaram hoje de manhã-"Ele dizia-"São bazucas de alta qualidade, os compradores pagaram mais que o preço original por elas. E amanhã já serão distribuidas"

Eu me distrai do vídeo quando ouvi um barulho do lado de fora, peguei meu celular e passei tudo para ele. Tirei o pendrive e guardei, logo desliguei o computador deixando no mesmo lugar onde estava.

Me levantei correndo e arrumei a cadeira, fui até a porta e quando a abri dei de cara com meu avô. Eu gelei!

Ele me encarou e depois me empurrou para o lado e entrou

"O que você quer?"-Ele perguntou sem rodeios.

"Estava procurando meu pai"-Respondi tentando parecer neutro.

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightWhere stories live. Discover now