𝓣𝔀𝓮𝓷𝓽𝔂 𝓽𝓱𝓻𝓮𝓮: 𝒜𝒹ℯ𝓊𝓈

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— Estou te falando porra

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— Estou te falando porra... Dormimos juntos e no dia seguinte, ela estava com a porra do Takuya! - explicava o ocorrido para meu amigo Keisuke, ao telefone. Dei um trago no meu cigarro, enquanto apreciava a vista da sacada do quarto, sentindo o vento daquela noite bater em meu rosto.

Muito estranho a [Nome] ter essa postura. Como uma pessoa pode mudar tanto? - Reviro os olhos diante da fala calma.

— Não me venha passar pano, aquilo nunca mudou. [Nome] [Sobrenome] sempre foi uma vigarista mentirosa. Eu que não quis enxergar. Como sempre... - senti a raiva inundar meu peito ao reproduzir tais palavras. Que ódio ter caído na dessa mulher outra vez.

Eu não sei não. Posso estar errado, mas minha intuição me diz que alguma coisa não se encaixa. Por que ela dormiria com você se está com outro cara?

— Pra se divertir? Me fazer de idiota? - escuto a campainha tocar. - Olha... Tem alguém na porta, te logo depois. Tchau!

Tchau... - Visto uma camiseta preta com estampa de banda, e corro para abrir  porta.

— Que porra você tá fazendo aqui?! - Ótimo, meu dia está cada vez pior.

— Isso é recepção que se faça? - Ela entra na minha casa, sem ao menos ser convidada, na maior folga. Esse seria um bom dia pra pular de um prédio.

— Olha, a minha vontade é de te arrastar daqui pra fora pelos cabelos, mas como eu sei que não vale a pena ser preso por sua causa, vou falar uma única vez. Sai. Da porra. Da minha casa - disse pausadamente pra ela entender bem o recado.

— Pare de ser grosso! Eu vim te fazer uma proposta. - é hoje, eu mato ou morro de raiva. Fui até a porta novamente, deixando-a bem aberta.

Sai da minha casa.

— Bom, tudo bem. - ela suspira. -Mas vou deixar meu telefone para contato, caso mude de ideia. - vejo um cartão ser colocado em cima do meu sofa. A garota sai em passos lentos, e ao atravessar a porta me envia um sorriso relaxado. - Tchau gatinho. Pensa bem. - Fechei a porta na cara dela, e soltei um longo suspiro.

Caminhei até a estante de bebidas e peguei uma garrafa de Jack Daniel's, dando uma longa golada. Ter visto Yasu novamente foi muito difícil, mas nada tirava [Nome] da minha cabeça, nem mesmo isso. Tomei mais um pouco do líquido da garrafa, sentindo a bebida descer queimando pela minha garganta, enquanto meus pensamentos insistiam em resgatar lembranças antigas. Lembrei do dia que a encontrei na rua, tão frágil e ao mesmo tempo tão corajosa. Lembro da primeira vez que a beijei, eu estava em êxtase. E a nossa primeira noite juntos, quando estive dentro dela de fato. Pensei que iriamos nos acertar de vez, mas no dia seguinte já tive que lidar com a dor de vê-la justo com o Takuya. A minha vontade é ir pra um lugar bem longe, afastado de tudo e todos, principalmente da [Nome].

𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐄𝐒𝐐𝐔𝐈𝐍𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora