Cap. 27 - Werid Conversation

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Pov. JUSTIN

Continuei encarando o teto, a resposta dela passava como um filme em minha mente. Enquanto ela falava tive que me segurar pra não agarra-lá, olhei par o lado encontrando a Jenny dormindo serenamente tão bonita, eu tinha um sorriso no rosto, era instantâneo. Me levantei devagar e ela se mexeu e chamou meu nome, parei vendo se ela acordaria, mas ela continuou ali do mesmo jeito. Peguei uma manta que estava jogada em cima dos puffs e a cobri. Deixei a porta do quarto encostada e desci pra sala, o pai da Jenny estava no sofá assistindo um filme, o resto da casa estava silenciosa. Sentei no sofá ao lado dele, eu olhava a tela da tv as cenas do filme passando, mas eu não prestava atenção em nada.

- Então...você e a Jenny....? – ouvi David falar deixando a pergunta no ar, virei meu rosto vendo sua expressão, ta quando é que um pai tem um sorriso no rosto quando fala de um suposto “caso” que a filha possa ter?. Eu não sabia o que responder.

- O que tem eu e ela? – perguntei me fazendo de desentendido, ele soltou uma risada, é acho que não fui convincente o bastante. Soltei uma risada fraca e me encostei no sofá. Minha cabeça tinha uma bagunça enorme, respirei frustado.

- O que te preocupa tanto? – ele perguntou vendo meu estado de surto, ok não era pra tanto, mas bom eu sentia que tudo ia explodir, eu sabia o que eu sentia, plena consciência disso. Na maioria das vezes pensar nela me acalmava, agora era totalmente ao contrario pensar nela causava a maior confusão, mas eu não conseguia não pensar nela, e isso era totalmente frustrante.

- Sua filha está me deixando louco! – respondi frustado. Ele riu.

- Não nega ser filha da Alice! Ela e a Jenny são muito parecidas, sempre sorridentes, fazendo todos ao redor se sentirem bem! – ele falava olhando longe sorrindo lembrando do passado, desde que os conheci sempre os admirei a relação deles não era como a de um casal normal.

- Peças raras como elas, são fáceis de se perder! Então não demore muito, já deve ter percebido o quão instável ela é! – ele disse me aconselhando, antes que eu pudesse responder ouvi passos na escada pensei que era o John, mas logo um rosto sonolento e um cabelo comprido bagunçado apareceu, gelei na hora e se ela tivesse ouvido alguma coisa?, a observei bem, ela parecia mais dormindo do que acordada isso é um bom sinal. Ela caminhou até o sofá com um moletom que reconheci na hora, era meu eu tinha dado para ela no dia em que ficamos presos, ela podia estar com os cabelos para cima, o rosto inchado de sono, mas pra mim aquilo era muito sexy ainda mais com uma roupa minha, eu não podia evitar pensar.

Ela se jogou no vão que tinha entre seu pai e puxou suas pernas pra cima e começou a prestar atenção na tv sem falar uma palavra, durante todo esse percurso eu e o pai dela a observávamos, ele balançou a cabeça e voltou a atenção pra tv, enquanto eu continuava com cara de bobo a olhando, ela se virou em minha direção e me olhou estranho.

- Tem alguma coisa no meu rosto? – ela perguntou com a voz meio rouca e baixinho. Sorri involuntariamente ouvindo sua voz. Ela fez uma pequena careta esperando minha resposta.

-Er, não, não tem nada! – respondi nervoso, coçando minha nuca, ela rio e voltou a atenção para a tv.

Deus por que é que eu to agindo desse jeito?, alguns minutos se passaram e ela levantou indo para a cozinha, David me lançou um olhar como se dissesse “você é realmente lerdo desse jeito?”, ele estava mesmo jogando a própria filha pra cima de mim? , que tipo de pai liberal é esse?, balancei a cabeça surpreso com tudo aquilo.

- O que?? – falei.

- Nada, Nadinha, só checando o quão lerdo você é! – David disse me zuando, ele podia ser bem mais velho que eu, mas as vezes parecia ter minha idade. Antes que eu pudesse responder ela chegou com um saco de pipoca que tinha acabado de sair.

- Quer um pouco? – ela perguntou assim que se sentou. Deus eu não sei o que está acontecendo, mas não me deixe agarra-la aqui, agora.

POV. JUSTIN OFF

Acordei meio desnorteada, eu tinha tido um sonho muito estranho que envolvia o Justin, mas eu não tinha certeza de como o sonho era, eu estava com frio, não era tarde, mas o tempo tinha mudado, odeio quando o tempo muda desse jeito, levantei e fui até o closet pra pegar um moletom, logo que abri a parte onde os moletons estavam alguns ~lê quase todos~ caíram em cima de mim, - é eu acho que tenho um pouco demais – peguei os que caíram pra colocar de volta quando vi um diferente dos outros e lembrei, era do Jus.

Terminei de guardar e coloquei a blusa, o perfume ainda estava impregnado no casaco, Deus que perfume bom. Me olhei no espelho , eu parecia um zumbi, o moletom batendo no meio da minha coxa, meus olhos inchados, meu cabelo parecia um ninho de rato prendi ele em um coque pra tentar melhorar a situação.

- Não dá pra ficar melhor que isso, Jenny! – falei comigo mesma olhando no espelho.

Sai do quarto e ouvi o barulho da Tv e pessoas conversando, desci a escada quase morrendo não sei como cheguei viva na sala de tanto que eu tropeçava nos degraus, sem falar com ninguém me joguei no vão que tinha entre meu pai e o Jus, puxei minhas pernas pra cima e continuei sem falar nada prestando atenção no filme que passava, era legalzinho, eu me sentia observada, os dois me olhavam, meu pai riu e voltou à atenção pra Tv, enquanto eu ainda sentia o olhar do Justin em mim, m e virei e perguntei se tinha algo de estranho no meu rosto, ele sorriu e respondeu que não, logo eu levantei e fui até a cozinha eu estava com fome então fiz pipoca e voltei pra sala, ofereci pro Justin e ele fez uma careta meio desesperada continuei o olhando esperando e então ele enfiou a mão no saco e pegou um pouco, viu quando eu falo que é bipolar ninguém me ouve.

Logo minha mãe chegou com a janta e a tia Pattie se juntou a nós.

- Conseguiram estudar? – Minha mãe perguntou.

- Até meu cérebro começar a doer! – respondi comendo minha sobremesa, torta de morango que perdição. Enquanto respondi o Justin do meu lado fez um barulho e mostrou como se minha cabeça tivesse explodido arrancando risada de todos da mesa. Tiramos a mesa e subi pro quarto ele estava um pouco bagunçado, papeis espalhados, sacos de salgadinhos, comecei a arrumar tudo. Eu tinha terminado de ajeitar e sentado na cama zapeando pelos canais da TV, não tinha nada de interessante, tédio nunca foi uma coisa legal.

Ouvi uma batida na porta e gritei um entra, era o Justin ele entrou e me olhou sorrindo pegou sua mochila e se aproximou de mim, eu estava confusa por que ele estava chegando tão perto assim? E em um piscar de olhos ele me beijou.

AH MEU DEUS, AH MEU DEUS!

You Belong With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora