𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝙾

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✰✰(¯'*•. ¸,¤° Enquanto eu percorria as ruas úmidas de Tirhardd, em cima da sela de Kasida, obriguei as lágrimas que ameaçavam cair a retroceder, eu não podia chorar, porque se eu começasse a dar vazão para esse sentimento, eu não saberia como lidar com ele.

Porém quanto mais eu seguia em frente, e deixava o palácio para trás, mais meu coração se partia, uma agonia que se repetia de novo e de novo. Pensar em nunca mais ver Rhew, era tão doloroso quanto arrancar meu coração, e jogá-lo dentro de um triturador de papel. Mas que outra opção eu tinha? Além de seguir o plano, matar Hafgan, voltar para o meu mundo, e riscar ele de vez da minha vida. Tinha a esperança de que, com o tempo, essa história se tornasse apenas uma louca fantasia.

Absorta em meus pensamentos, nuvens pesadas desabaram sobre mim.

― Droga! ― Exclamei, irritada.

A chuva gelada penetrou em minhas roupas, encharcando-me rapidamente. Batendo os dentes, tentei fazer um escudo de fogo ao meu redor, mas sem sucesso. Não consegui sequer uma mísera faísca. Era como se algo dentro de mim tivesse se quebrado irremediavelmente, e mesmo assim, eu não conseguia retornar ao palácio.

Porque eu era uma covarde. Sim, uma covarde incapaz de enfrentar um amor não correspondido. Enquanto a noite se estendia e o Palácio sumia de vista há algum tempo, o frio se intensificava, aumentando a urgência de voltar. Era hora de encarar os fatos: Rhew não me amava, e eu precisava aceitar e lidar com isso. Eu já havia traçado meu plano de ajudar na guerra e depois voltar para o meu mundo, esse era o acordo que fizemos.

Fiz uma careta para o céu, sentindo-me angustiada, e sem alternativa, eu e Kasida descemos rapidamente a colina, torcendo para não nos transformarmos em estátuas de gelo.

Avistei uma cabana logo à frente, a poucos metros de nós. Parecia fechada e abandonada. Talvez pudesse me abrigar ali até a chuva passar.

Puxei as rédeas para a direita, e minha égua seguiu aquela direção. Ao nos aproximarmos, ouvi um grito de um corvo, alto e estridente. Afastando o cabelo ensopado do rosto, olhei para o céu. Um corvo negro rondava a cabana em meio ao temporal.

― Ah, qual é? ― Puxei a rédea, pulando da égua ensopada. ― Ele está me seguindo?

Minha égua relinchou como se dissesse:

"Sim!"

O corvo que rondava a cabana se aproximou e planou à minha frente. Uma luz surgiu, transformando-se em um véu dourado. Então ele estava ali, bem na minha frente.

― Rhew. ― Arfei.

Fiquei tensa.

― Onde você está indo? ― Rhew se aproximou, sua expressão variando entre aborrecida, furiosa e transtornada.

― Eu... humm... Vim dar uma volta. ― Disse na defensiva.

― Dar uma volta? ― Comentou irritado. ― Com Hafgan e Sluaghs nas fronteiras de Tirhardd, não é a melhor ideia, Ilítia!

𝙰 𝙿𝚛𝚘𝚏𝚎𝚌𝚒𝚊 - 𝚃𝚛𝚘𝚗𝚘 𝚍𝚎 𝙵𝚘𝚐𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora