Capítulo 13

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Fernanda se fixou na forma na qual Renata segurava a mão de Bárbara.
- Desculpa... eu deveria ter batido na porta antes._ segurou a maçaneta da porta com força tentando controlar seu nervosismo._ Eu... queria saber como você esta Renata.
- Estou bem, quem não me parece nada bem é você. Esta pálida.
Bárbara estava com o olhar fixo em Fernanda, desde o momento em que ela abriu a porta, se arrependeu amargamente por ter se referido a ela daquela forma.
- E-u estou bem. Com licença.
Antes de Fernanda fechar a porta do quarto para sair daquele local escutou a voz de Bárbara a chamado, mas não deu ouvidos, ela queria sair dali o mais rápido possível.

- Bárbara onde vai?_ Renata segurou a mão de Bárbara com força quando sentiu que ela iria sair.
- Preciso falar com Fernanda.
- Para quê? Ela que quis ir embora.
- Não seja egoísta, você viu que ela não estava se sentido nada bem.
- O que você tem a ver com isso?
- Me solta._ puxou a mão com força._ Ela acabou de doar sangue. Para você! Salvou a sua vida! E é assim que você agradece?
- Eu não sabia...
Bárbara apenas negou com a cabeça e saiu do quarto. Percorreu os olhos pelo o corredor com a esperança de encontrar Fernanda. Andou em passos rápidos a procura dela, avistou ela perto da recepção, junto com o médico Rafael, Bárbara não podia gritar pois estava muito distante deles, não irão escutar, além do mais estava dentro de um hospital.

- Me solta... por favor. _ Fernanda pediu com a voz quebrada, seus olhos estavam cristalizados.
- Fernanda, você não está bem. Deixe-me lhe ajudar._ Falou preocupado, ainda a segurando pelos braços.
- Eu quero apenas sair daqui.
- Te levo onde você quiser, mas não vou te deixar sair assim sozinha.
- Tudo bem...

Fernanda saiu acompanhada por Rafael, Bárbara apressou os passos com a intenção de alcança-los, mas não conseguiu.

- Mas que droga!_ ela exclamou ao esbarrar em uma pessoa._ Não olha por onde anda?
Bárbara observou o homem a sua frente, era muito mais alto que ela, forte, sua pele era bronzeada. Ela não poderia negar que ele era bastante atraente.
- Desculpa, mas a única distraída aqui é a senhora.
- Vá a merda!
Bárbara falou e saiu andando.
- Que mulher louca._ negou com a cabeça. _ E muito bonita.

Bárbara entrou no estacionamento procurou por Fernanda, não à viu em lugar nenhum.
- Merda!_ Passou as mãos pelos cabelos.

Ela se direcionou ao seu carro, entrou, jogou sua bolsa em cima do banco que acabou caido no chão do carro.

- Ah! Hoje não um dia..._Se inclinou para pegar a bolsa, viu um cartão no chão. _ Ou talvez não seja um dia tão ruim assim... _ pegou o papel na mão. _ O cartão daquele médico idiota.

Em um parque, Rafael tentava acalmar Fernanda, fazia várias perguntas o que a estava deixando ainda mais nervosa.

- Eu agradeço que tenha me ajudado. Mas você já pode ir... eu ficarei bem sozinha.
- Não posso te deixar sozinha aqui.
- De verdade eu posso ficar sozinha.
- Olha! Um carrinho de sorvete._ ele falou mudando de assunto._ Vou buscar um para você.
Fernanda apenas assentiu desanimada, ela não iria conseguir convencer ele de deixa-la sozinha.
- Que sabor você gosta?_ Rafael gritou já de frente ao carrinho de sorvete.
- Chocolate!_ respondeu em um tom que ele escutasse._ Que tonta... como vou me livrar dele agora?_ ela murmurou para si.

Bárbara ligou várias para o celular do Dr° Rafael, mas não chamava.
- Aah_ bateu no volante do carro._ Que merda! E agora eu tenho que ir para a empresa.

Bárbara ligou o carro e foi para a empresa. Chegando lá, Kamila foi logo lhe informando tudo que  ela deveria assinar.
- Obrigada Kamila!_ se sentou.
- A senhora parece preocupada.
- Problemas pessoais...
- Posso lhe ajudar em algo?
- Pode... preciso que ligue para esse número._ entregou o cartão a Kamila._ Assim que ele atender, por favor passe a ligação para minha sala.
- Sim, senhora. Com licença.
- Kamila!_ a chamou._ Como esta seu filho?
- Bem!._ sorriu._ Graças a senhora, se a senhora não tivesse arcado com todo o tratamento hospitalar dele, não sei se ele...
- Não termine. Por favor... seu filho sempre estará com você. Depois o traga a empresa para mim ver ele, é uma criança encantadora.
- Sim senhora._ sorriu.
- E o novo sócio?
- A reunião foi rápida, pois ele recebeu uma ligação e pelo jeito não eram notícias muito boas, saiu daqui quase correndo.
- Ok, amanhã eu conheço ele. Você sabe o endereço do apartamento de Renata?
- Sim!
- Ótimo! Preciso que você vá até ele e arrume uma bolsa com coisas para ela usar no hospital. Ela ficará la por alguns dias. Poderia me fazer mais esse favor?
- Claro que sim! Agora mesmo! Eu não tive intervalo para o almoço, então o senhor Arturo me dispensou esta tarde. Depois a senhora quer que eu volte para a empresa? Para ajudá-la.
- Entendi. Não, não é necessário que volte. Mais uma vez obrigada!

Rafael estava tentando convencê Fernada a almoçar com ele, mas ela se negava.

- Vamos Fer... por favor.
- Eu não seria uma boa companhia para você.
- Tenho certeza que sera a melhor.
O celular de Rafael começou a tocar.
- Só um minuto.
Pegou o celular e atendeu, uma mulher pediu para ele esperar um momento, a ligação foi passada para uma mulher com a voz bastante marcante.
- Quero falar com Fernanda._ a mulher falou autoritária.
- É...com Fernanda..._ olhou para ela._ E quem deseja falar com ela?
- Não se faça de idiota, você sabe quem sou, Bárbara Greco.
- Quem é?_ Fernanda perguntou baixo.
- É a senhora Greco._ respondeu ao afastar com celular do ouvido. Fernanda fez um sinal para ele não falar que estava com ela e pediu para ele colocar no viva voz.
- Senhora Greco, sinto muito mais Fer não esta comigo.
- Para você é senhorita Fernanda. E onde ela esta? Por quê foi com você que ela saiu do hospital.
- Ela pediu para ficar em um parque...
- Não queira me fazer de idiota pedaço de estupido. Sei que ela esta com você.
Nesse momento Fernanda pegou o celular tirou do viva voz e levou ate ao ouvido.
- Bárbara, o que quer? Não acha que já falou demais hoje?
- Fernanda... preciso conversa com você.
- E que tipo de conversa? Você não costuma resolver as coisas no diálogo e sim na..._ Fernanda direcionou seu olhar a Rafael que estava com a testa franzida, a olhando com dúvida.
- Termina a frase. Eu sei que você ama a forma na qual nos resolvemos._ Bárbara sorriu maliciosa._ Estou na empresa, te esperando.
Fernanda pensou em falar sim, mas ela não poderia permitir que Bárbara a usasse, não daquela maneira.
- Não posso, irei almoçar com Rafael. Talvez nos vemos a noite.
- Que? Como que talvez? Você não está pensando em dormi com esse idiota, não é?
- Tchau Bárbara._ desligou o celular.

Bárbara estava explodindo de raiva em sua sala, a possibilita de Fernanda dormi com o tal médico atormentou ela todo o resto do dia.
Fernanda almoçou com Rafael, ele levou ela para dar uma volta, depois foram para a casa dele, conversavam bastante, aos olhos de Fernanda, Rafael era um bom amigo. Já ia sar oito da noite, provavelmente Bárbara estava em casa esperando por ela.
- Rafael eu vou pedir um taxi, preciso ir embora.
- Claro que não._ ele respondeu sério, assustado Fernanda.
- Que?
- Eu vou te levar._ sorriu.
- Ah... sim, claro.
- Vamos.
Ele pegou a chave do carro, levou Fernanda ao endereço que ela falou, ele ficou um impressionado com a mansão, era muito bonita e enorme. Fernanda entrou junto com ele, ficaram na sala se despedindo.

- Muito obrigada, por tudo._ Fernanda agradeceu sorrindo.
- De nada, foi um prazer esta com você. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro!
- Você e a senhora Bárbara... vocês...
- Ela é apenas a minha madrasta.
- Ah_ suspirou aliviado._ Eu... imaginei que...
Bárbara entrou na sala, ela tinha escutado tudo, desde quando eles chegaram.
- O que sua linda cabecinha pensou sobre eu e minha adorável enteada?_ Bárbara perguntou. Se aproximou de Fernanda.
- Nada..._ ele respondeu nervoso.
- Hum._ sorriu intimidadora._ Meu amor se despida de seu amigo, já é tarde e precisamos conversar.

Fernanda ficou admirada com a facilidade na qual Bárbara conseguia fingir, ela estava atuando como se nada tivesse acontecido entre elas duas. Fernanda se despediu do médico como sua madrasta pediu. As duas ficaram de frente a escada em silêncio.

- A menina aqui, esta cansada, com licença._
Fernanda falou.
- Eu sinto muito..._ Bárbara falou ao impedir sua enteada de subir a escada.
- Eu sinto mais ainda, Bárbara. Não volte nunca mais a se referir a mim como "apenas uma menina", e muito menos para sua, amante ou seja la o que ela é sua.
- Ela não é..._ Fernanda interrompeu Bárbara.
- Não! Não negue, fala a verdade, ao menos hoje.
- Tudo bem! Eu fico com ela! Era isso que você queria ouvir?
Os olhos da jovem se encheram de lágrimas, ela fez um leve sinal de sim com a cabeça, tentou subir a escada para ir ao seu quarto, mas Bárbara a segurou com firmeza. Um de braço de Bárbara  se posicionou na cintura de Fernanda, os dois corpos ficaram proximos, Bárbara segurou na nuca de Fernanda,  jantando o rosto ao dela, e começou a falar em um tom baixo.
- Eu sinto algo por você, algo que não sei explicar. Quero sempre tê-la ao meu lado, sentir sue aroma suave, escutar sua voz meiga, vê-la sorrir, sentir seu corpo quente colado ao meu.
Bárbara tomou os lábios de Fernanda em um beijo carinhoso, sem presa, ambas desfrutaram o sabor uma da outra, ao cessarem, Bárbara falou susurrando:
- Hoje quero desfrutar da sua companhia, dormir abraçada ao teu corpo.

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Mais um para vocês 💃 Não se esqueçam de deixarem uma estrelinha para mim 😭😭 E se não beberam água hoje, vão beber.🧚‍♂️🗣

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