Capítulo 18

856 67 14
                                    

Bárbara derigia o carro em silêncio, ela estava pensativa, era confuso o sentimento que ela estava sentido por sua enteada.

Estou apaixonada por Fernanda?-Bárbara se perguntava em pensamentos- Mas é claro que não! Eu não estou apaixonada por ela! Sinto apenas afeto por ela... e uma grande atração.

- Bárbara?_Fernanda a chamou.
- Oi...
- Está tudo bem?_ a jovem perguntou.
- Sim, estou apenas pensado.
- Posso saber em que?_sorriu de lado.
- Problemas na empresa que fica localizada no povoado Santa Teresa...Nas próximas semanas tenho que viajar._ Direcionou seu olhar a Fernanda._ Bom, temos que viajar.
- Temos?
- Sim!_ parou o carro pois o sinal fechou._ Você agora é minha assistente partícula e dona da empresa.
- Bem... faz tempo que não vou ate a fazenda._ mexeu nas mãos. _ Minha mãe gostava muito de lá.
- Se sente pronta para ir? Se você não quiser ir, não tem problema eu posso ir sozinha._ Bárbara falou e tocou nas de Fernanda.
- Não! Eu quero ir, lá eu tenho as melhores lembranças junto a minha mãe.

Elas escutaram varias buzinas de carros e alguns xingamentos, o sinal se abriu e elas não perceberam.

- Oh, droga!_ Bárbara sorriu nervosa.
- Vamos! Se demormos mais um segundo todos esses carros iram passar por cima do nosso.
- Isso é impossível!_ Bárbara sorriu e Fernanda a respondeu com um sorriso sapeca._ Tenho que passar na farmácia. Se importa em me espera?
- Não! Se quiser eu compro.
- Não não é preciso... eu compro, você me espera aqui no carro.

Bárbara estacionou o carro próximo a uma farmácia, saiu dele e entrou na farmácia, comprou alguns medicamentos e foi para casa junto com Fernanda.

Chegando na casa, elas tomaram banho e jantaram, durante todo o jantar Bárbara estava pensativa, sua mente estava confusa, pensava em tudo que estava acontecendo, seu relacionamento com Fernanda, sua relação com Renata que não estava nada bem.
Durante esse curto tempo no jantar Bárbara tratou Fernanda com muito formalidade, como se elas nunca estivessem tido nada, talvez o melhor era dar um ponto final em tudo.

- Boa noite, Fernanda.
Bárbara se virou para entrar no quarto dela.
- Bárbara! Por quê está me tratando assim? Agi como se nada tivesse acontecido entre nós duas.
- Fernanda..._ respirou fundo e se virou para ficar de frente com ela._ O que aconteceu entre nós duas é..._ parou um instante para pensar.
- Eu já entendi!_sorriu sem jeito_ Peço desculpas... você sempre deixou claro que o que temos é apenas sexo.

Bárbara ficou em silêncio, Fernanda a olhou por instantes e entrou no seu quarto. A jovem estava se sentindo uma tola por questionar sua madrasta.

Bárbara pensou em ir atrás de Fernanda tentar dar uma explicação, mas sua mente estava confusa, ela precisava pensar, entender seus sentimentos, aquilo tudo era confuso para ela.

Os dias se passam, Bárbara continuava tratando Fernanda como uma amiga, ela pensou muito nesses últimos dias, organizou seus pensamentos, reconheceu que o que ela sentia por sua enteada não era apenas sexo, ela gostava dela, de sua forma de ser, sua doçura, sentia falta quando não a via por perto, tinha se apaixonado, por mais estranho que era para Bárbara ela estava decidida a conversar com Fernanda, falar tudo que está sentindo.

O dia delas viajarem para a fazenda tinha chegado. Fernanda estava terminando de arrumar sua mala quando escutou Bárbara chamar na porta, ela autorizou a mulher a entrar.

- Fernanda eu vou até o hospital. Tinha esquecido que Renata recebe alta hoje.

A senhoria Elizalde fez apenas um gesto de sim com a cabeça, agindo com indiferença, mesmo que  por dentro ela estava morrendo de ciúmes, não podia demonstra-los, não tinha esse direito.

- Ela vai ficar aqui enquanto termina de se recuperar. Na casa tem empregadas que podem ajudar ela, e contratei uma enfermeira.
- Ok! _ parou de colocar as roupas na mala._ Já arrumou suas coisas?
- Sim!
- Certo. Te espero para podemos ir...

Fernanda não queria se encontrar com Renata naquele momento, sabia que ela não gostava dela e ela estava consciente dos motivos.

- Bárbara!_ Fernanda a chamou antes dela sair do quarto._ Eu preciso comprar umas coisas.
- Antes de irmos podemos passar em...
- Não! _ Interrompeu_ Eu vou comprar agora e te espero no parque perto daqui.
- Mas...
- Te espero no parque. Se não me encontrar liga para mim.
- Tudo bem.
- Me alegro que sua..._ passou as mãos no cabelo nervosa. _ namorada esteja bem melhor.
- Ela não é minha namorada.
- Bom, não sei como você costuma chamar suas relações.
- É, realmente você não sabe.
- Está tarde já, melhor você ir busca sua...
- Amiga! Minha amiga.
- Sua amiga! Agora me deixa sozinha que preciso fazer uma ligação.
- Para quem?
- Franco.
- Vocês estão muito próximos.
- Era isso que você queria.
- Não! Mas não vou discutir isso com você.
- Você nunca discuti nada comigo, você simples muda do nada. _ Foi até a porta do quarto. _ Agora por favor me deixa sozinha. _ Abriu a porta.

Bárbara saiu, ela sabia que Fernanda estava chateada com ela e com razão, ela foi para o hospital buscar Renata, voltou para casa o mais rápido possível desejava viajar logo com Fernanda, precisava conversar com ela.

- E sua enteada?_ Renata perguntou se acomodando na cama.
- Não estar._ ajeitou o travesseiro para ela.
- Eu queria agradecer a ela...
- Agora não será possível, quando eu e ela voltamos de viagem você agradece.
- Vão viajar juntas? Por quê não me contou?
- Esqueci._ se sentou na cama._ Renata, eu e você... não podemos seguir assim.
- Bárbara eu te prometo que vou controlar meus ciúmes.
- Renata...
- Se apaixonou por Fernanda?
Bárbara apenas fez um sinal de sim com a cabeça.
- Isso é loucura. O que acha que ela vai fazer quando descobrir que o acidente do pai dela foi provocado?_ Renata falou séria.
- Provocado por você.
- Fiz por você e não me arrependo. Quando ela souber que Rodrigo está vivo preso em um hospício. Acha que ela vai te entender? Claro que não!
- Fala baixo!
- Você está confundida..._ se inclinou ficando mais próxima de Bárbara.
- Não estou.
- Sim, está.

Renata beijou Bárbara, ela não correspondeu o beijo mas também não se afastou.

- E quando perceber isso... nós estaremos te espero.
- Nós?_ Bárbara perguntou confusa.
- Eu e o bebê que estou esperando.
- Que?_ se levantou da cama. _ Você está grávida? Como?
- Não é nada disso que você está pensando.
- A não? Então o que é? Uma cegonha te presenteou. Aí por favor._ falou com sarcasmo.
- Fiz inseminação... Estávamos bens, queria te fazer uma surpresa.
- Você tem noção do que fez? Um filho não é um brinquedo. _ falou alterada._ E eu e você nunca tivemos nada sério. Nunca te prometi o que eu não podia te dar.
- Bárbara você queria tanto um filho. Sei o quanto sofreu quando perdeu o bebê...
- Um filho não substitui outro. Você nem se quer me consultou.

Bárbara se direcionou até a porta do quarto antes dela sair Renata falou:

- Se isso te tranquiliza... Ainda não foi confirmado que estou grávida._ falou com a voz quebrada.

SWEET DESIRE Onde as histórias ganham vida. Descobre agora