A viagem foi longa e entediante. Estava cansada de contar as árvores que conseguia ver através da janela do vagão e decidi que seria melhor dormir um pouco. Me ajeito sobre o banco para que no caso de qualquer solavanco não acabasse por cair. Assim que me acomodo o mais confortável possível, sinto algo tocar o topo da minha cabeça e uma mecha do meu cabelo ser puxada.
" Tsc! Pessoas não conhecem a definição de perigo."- observava o reflexo de um grupo de garotos pela parte metálica do banco. Chuto terem entre 18 a 20 anos. Eles sussuravam algumas coisas e riam, a mecha do meu cabelo estava na mão de um deles que aparentava estar bêbado.
Bêbado: Ei, ei senhorita. Parece estar entediada. Por que não se senta conosco. - suspiro tentando não arrancar a mão dele fora, ou jogar todos eles pela janela.
Lev: Retire suas mãos imundas do meu cabelo. E não se dirija tão casualmente a mim como se me conhece-se. Seu verme. - digo ríspido e sem fazer nenhum movimento. Não quero a atenção de um vagão inteiro em mim.
Bêbado: Com quem você acha que está falando mulher? - os companheiros deles riem. -- Nois somos aristocratas. E muito ricos. Mulheres como você, deveriam se ajoelhar e ficar cala...
Lev: Aristocratas? Sério? Ahh, ricos. Esqueci que na sociedade de agora até mesmo lixos como vocês, podem comprar um cargo importante. - puxo seu dedo mindinho o quebrando. -- Se gritar eu quebro seus outros dedos. Se contar a algum dos guardas, eu corto a sua mão fora. Entendeu?
Bêbado: Si... sim.
Lev: Oque eu pedi para você fazer.
Bêbado: Fi.. car qui.. eto.
Lev: Buu. Antes disso. - sua mão larga meu cabelo assim que ele entendeu o recado.
Xx: Cara você é um covarde. Não podemos perder uma mulher como essa.- os outros garotos começam a ficar agitados enquanto reclamam. -- Ofereça dinheiro! Qualquer uma se entregaria ao dinheiro.
Bêbado: Então vá e ofereça. - os dois trocam de lugares.
Xx: Vamos moça. Me diga o quanto você quer para sair desse vagão com a gente?
Lev: Eu posso ter mais dinheiro e poder do que todos vocês juntos.
Xx: Não seja assim. Uma beleza como a sua estar desacompanhada e um grande desperdício. É uma mina de diamantes inexplorada. Você exala o cheiro de pureza e da inocência. - ele estica a mão para pegar a minha.
" Pro inferno com a discrição." - havia perdido a paciência e antes que conseguisse fazer algo, um par de luvas pretas passam rapidamente diante de mim segurando a mão daquele cara.
Vanitas: Ei, idiota. Quem disse que ela está sozinha. - o homem engole em seco quando vê o olhar de Vanitas sobre eles. -- Olhe bem pra mim.- o moreno afasta uma parte do seu manto revelando uma de suas facas. -- Me agradeçam por intervir. Por que vocês não sabem no caminho de quem acabaram se metendo. Estavam prestes a ter suas cabeças decepadas por ela aqui mesmo. - os olhares apavorados se voltam em minha direção. -- E se ela não fizer nada, pode ter certeza que essa faca aqui vai rasgar suas gargantas. Certo?
Xx: Sim. Me desculpe senhorita. - volto minha atenção ao moreno que tinha um sorriso orgulhoso no rosto.
Lev: Você leu a minha mente? Realmente iria matá-los e pra evitar um escândalo teria que tirar a vida de todos que estão no vagão.
Vanitas: Não iria deixar você chegar a esse extremo. Tenho certeza que se tornaria um novo alvo para a caçada da Igreja.
Lev: Eh?! Não quero Caçadores atrás de mim.
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Vanitas No Carte: Maldição Do Predador
AdventureUma garota solitária de coração frio busca por sua origem, enquanto passa despercebida por uma sociedade de humanos e vampiros. Mas um problema surge em seu caminho, ou melhor dizendo, dois problemas. Dois seres completamente diferentes caem de cabe...