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Capítulo Vinte e Um

If I wait too long, I'll lose you from my sight
ㅤMaybe tonight I could stop dreaming
ㅤAnd start believing in forever
ㅤAnd ever and ever and ever again

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— Gini, você tem certeza de que viu ele? — Jongdae perguntou calmamente para a enteada. Os dois estavam sozinhos na cozinha, Gini precisou de um copo de água e Jongdae a seguiu até lá para que pudesse conversar com a menina.

— Sim, bem, eu... eu acho que sim — ela disse, um pouco hesitante. — É difícil ter certeza, Jongdae. Eu mal o conheço. Mas parecia muito com ele, e bem, mamãe também o viu então é bem possível que seja ele.

Jongdae assentiu com a cabeça, pensativo e distante. Gini retornou para a sala e o homem voltou logo atrás. Encontraram Soohae e Hwaja conversando em um canto, enquanto Hye cochilava no sofá. Gini sorriu; o garoto era seu melhor amigo, e ela sabia o quanto estava sendo difícil para todo mundo manter a calma e tranquilidade. Hye já não dormia há dias, e nem Gini, mas o mais velho sempre dizia que o chá de sua mãe lhe fazia dormir como um bebê, e era a mais pura verdade.

— Jongdae! — Soohae sussurrou um pouco alto, andando apressadamente até o marido. — Hwaja e eu vamos atrás dos meninos — ela falou e Jongdae arregalou os olhos, engolindo a seco — Você vêm conosco ou fica com as crianças aqui em casa?

— Querida, não é melhor chamar a polícia para que eles possam fazer isso? — Ele sugere.

— Não, eu... — Soohae considera — Eu tenho medo. Se encontrarem eles, irão levá-los de volta, e eu não posso permitir que isso aconteça de novo, Jongdae — a voz da mulher era chorosa, e ela mal tinha forças para manter os olhos abertos, mas como sempre dizem, o instinto materno é maior do que qualquer coisa, e ela ignorava o cansaço em troca de obter forças para encontrar seu filho são e salvo.

— É verdade — Hwaja interferiu, se aproximando dos dois. — Acho que a polícia não hesitaria em levar os dois de volta. É melhor nós irmos atrás deles e então trazemos eles para casa, eles podem comer, dormir e tomar um banho e aí vemos o que faremos com as autoridades.

Soohae assentiu freneticamente, um sorriso fraco no rosto em direção a amiga. Era uma idéia sensata, mas ainda incorreta.

— Meu amor — Jongdae disse para a esposa, segurando em seus ombros —, eu quero trazê-los de volta tanto quanto você, mas isso pode nos colocar em uma encrenca das feias. Deixe a polícia cuidar disso, e depois cuidaremos do resto. Podemos procurar um advogado, prometo que pagaremos o melhor que pudermos, para que possamos averiguar a situação dos dois. Talvez, quem sabe, não há uma possibilidade de eles cumprirem pena aqui em casa? — O marido sugeriu. Soohae balançou a cabeça negativamente, suspirando e permitindo que mais lágrimas caíssem.

— Eu jamais me perdoaria se deixasse que eles voltassem para lá — a mulher falou. Hwaja a puxou para um abraço, beijando o topo de sua cabeça e então olhando para Jongdae por sobre o ombro da amiga.

— Soohae, eu acho que ele tem razão — ela falou — É melhor fazer do jeito certo. Não vamos arrumar mais confusão para esses meninos do que eles já arrumaram.

Soohae se afastou da amiga, seu sorriso se dissipou e os olhos fecharam com força até que ela assentiu. Era pensando em seu filho que faria isso, mesmo que lhe custasse mais alguns meses naquele inferno, ela batalharia até o fim para que ele saísse de lá e pudesse melhorar ao lado dela, para que ela pudesse pedir perdão para ele por tê-lo deixado lá por todos esses anos.

Madness •yjh + csc• ⚣︎ [jeongcheol]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant