CAPÍTULO 4

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"Com todos os infernos... O que é toda essa sensação que tá passando pelo meu corpo?"

Os pensamentos embaralhados do jovem continuavam correndo soltos. Depois de receber o melhor boquete da sua curta vida sexual, pensou que um pouco do fogo abaixaria. Mas teve o efeito oposto, e o tesão só aumentou. A decepção quando percebeu que o outro pretendia parar por aí o fez agir. Delicadamente empurrou o outro na cama. A maciez do tecido da calça clara estava provocando ainda mais seu corpo já no limite, e a fricção deixando ainda mais duro. O membro rígido abaixo de si começou a pulsar com o atrito e o vizinho gemeu em uma declaração de derrota, enquanto suas mãos apertaram a cintura inexperiente, indicando o melhor ritmo pra continuar o movimento.

Resolvendo que era hora de agir, abriu a camisa do outro, expondo os pelos e um abdômen claro e macio. Guiado apenas pelo desejo, levou o nariz até o pescoço do mais velho, inspirando com ânsia o aroma que tanto o enlouquece. Ye BaiYi atingiu seu limite, e revidando o ataque, empurrou Scorpion na cama, subindo e assumindo o controle do corpo que estava totalmente entregue. Já tinha muito tempo que não fazia sexo, e aquele rapaz tão bem disposto estava fazendo seu cérebro chiar. Terminou de se despir, enquanto era observado pelos olhos mais brilhantes de desejo. Como um predador, subiu na cama devagar, sem desviar o olhar do rosto limpo, que retribuia com todo o desejo que sentia queimando.

Com o reflexo, Scorpion abriu as pernas pra acomodar o corpo quente e pulsante. Ye BaiYi sorriu por dentro ao ver a entrega do rapaz, mas ao invés de satisfazer logo, uniu os dois membros e começou a acariciar junto, fazendo o jovem gemer de tesão e frustração.

"Coloca logo."

"Não tenho preservativos."

"Eu sou virgem. E fizemos exames ano passado na escola."

"Não temos lubrificante."

"Tem óleo pra hidratar a pele no banheiro."

"Não acho que seja..."

"QUER CALAR A PORRA DA BOCA E ME FODER LOGO? Vai me fazer implorar?"

Sem reação, caiu deitado na cama quando o mais jovem o empurrou, saindo do quarto como um vendaval. Voltou pouco depois com um vidro pequeno, de óleo perfumado. Sentou na cama e escorando na cabeçeira, abriu as pernas diante dos olhos estáticos de Ye BaiYi e com toda a inexperiência de um jovem virgem, derramou o óleo na própria mão e começou a introduzir dois dedos de uma vez. A sensação de desconforto foi sendo substituída pela empolgação de ver o choque e o desejo lutando no olhar do sênior. Vendo que o outro não era imune ao que via, inclinou a cabeça pra trás e se permitiu deixar escapar um gemido profundo quando atingiu um ponto sensível dentro de si. Scorpion abriu os olhos e encarou o rosto agonizante a sua frente, e com toda a sensualidade que não sabia possuir, fez o convite irrecusável:

"Vai me deixar fazer isso sozinho, ou vem me ajudar?"

Essa foi a gota responsável por transbordar o copo. BaiYi pegou o vidro de óleo, tirou os dedos que estava brincando dentro, e os passou pelo comprimento do próprio membro pulsante, achando divertido o olhar de surpresa no rosto do menor, que mostrava que nunca havia tocado o pau de outro cara Derramou mais um pouco de óleo na mão do outro, enquanto guiava o braço pra fazer o mais jovem espalhar o óleo sobre a rigidez que logo seria introduzida no corpo desejoso. Quando sentiu que morreria se não se enterrasse o mais profundamente possível naquele corpo travesso, colocou a mão escorregadia na própria barriga e encaixou a cabeça bulbosa na entrada estreita, se preparando pra entrar. Mas antes avisou:

"No lugar onde está sua mão, você pode me empurrar caso sinta que a dor está muito intensa, e eu vou parar. Não quero te machucar, e é a primeira vez que eu faço sexo com alguém virgem."

Sem desviar o olhar, começou a empurrar gentilmente. Mas ao primeiro sinal de dor no rosto do outro, retrocedeu. Irritado, frustado, doente de tesão, Scorpion atacou. Em um movimento rápido, empurrou BaiYi na cama e subiu em cima, sentado no colo do mais velho. Enquanto o outro o encarava sem reação, encaixou o membro rígido e pulsante na entrada semidilatada e começou a abaixar. Quando percebeu o que o mais novo estava fazendo, o sênior distribuiu beijos pelo rosto, lábios, pescoço e orelhas do outro, na tentativa de distrair da dor. Mas ao contrário do que ele pensou quando começaram, Scorpion não parou quando colocou tudo dentro, mas começou a remexer desordenadamente, buscando o próprio prazer. Apoiando as mãos na cintura estreita, ditou o ritmo da cavalgada até que os gemidos sofridos se mesclaram, o fôlego faltanto a ambos, os movimentos desenfreados gerando atrito e provocando as sensações.

Quando Scorpion demostrou cansaço, o parceiro ofereceu uma mudança. Levou o mais novo até a porta, e ofereceu uma brincadeira:

"Suas mãos estão coladas na madeira. Não pode retirar elas daí sob nenhuma circunstância."

Scorpion entusiasmado com a experiência, concordou. O mais velho então chegou por trás, beijando as costas, mordendo e chupando a pele fina, deixando marcas vermelhas onde os lábios e dentes passavam. Quando viu a ansiedade do outro, se encaixou novamente na entrada e deslizou pra dentro devagar, as mãos brincando com os mamilos do rapaz, contornando as costelas, deixando um rastro de pele arrepiada. Tocou os pelos pubianos, o umbigo, as coxas, mas nunca o membro que balançava com a intensidade das estocadas recebidas.

Quando o menor deu sinais de estar no limite, BaiYi mordeu seu ombro com pouca gentileza, as mãos apertando a cintura com força, o ritmo do movimento aumentando até um nível insuportável. A intensão era torturar o rapaz até que gozasse sem estímulo no pênis, apenas com a penetração, mas o barulho engasgado e agonizante que ouviu enquanto o outro gozava, seu pau sendo apertado no interior quente e os tremores do corpo entre seus braços o levou ao limite também, e em uma última investida, se derramou dentro do jovem bem disposto, que com uma voz ofegante, sussurou baixinho:

"Posso tirar as mãos da porta agora? É que minhas pernas estão tremendo."

Sentindo pena do jovem pálido de bochechas coradas pela intensidade do orgasmo, o pegou no colo e levou até a cama. Limpou o corpo esguio, enquanto era observado por duas esferas escuras que espiavam por entre os cílios longos. Sorrindo, resolveu provocar:

"E então, pequeno "ex virgem", o que achou da experiência?"

O olhar no rosto meigo o pegou desprevenido, quando o menor disse:

"Podemos fazer de novo? Não agora, porque eu tenho que terminar de fazer o almoço, mas outra hora. Você disse que mora aqui perto, néh? Seria bom ter um namorado que mora perto assim."

Se sentindo mal com a suavidade com que as palavras foram ditas, se lembrou de que é apenas um turista na cidade, que está a passeio e vai voltar pro seu próprio lugar em breve. Uma criança dependendo dele emocionalmente não estava nos planos. Com um leve desespero, se vestiu apressadamente, cobriu o rapaz e deu um beijinho na testa em despedida.

"Eu posso descer sozinho. Descansa. Mais tarde eu trago um remédio pra febre e uma pomada. Me desculpa por qualquer coisa."

Sem qualquer outra explicação, saiu apressado. Scorpion pode não ter percebido, mas Ye BaiYi estava em completo pânico.

O "Monstro Velho" e o "Escorpião"Where stories live. Discover now