11. Declaração

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Kalya terminou de se arrumar, morar no laboratório provisóriamente não era tão ruim. Ela tinha um lugar para guardar suas poucas coisas, para tomar banho e  tinha como dormir no final do dia.

Terminou de se perfumar quando foi interrompida por um raio vermelho entrando no local.

Barry estava com as mãos nos bolsos e com um sorriso singelo. Kalya sentiu o nervosismo ocupar seu corpo e tentou ao máximo não deixar isso aparente.

—Está tudo bem, Lya? —Barry perguntou dócil.

Kalya sentiu borboletas voarem em sua barriga ao ouvir seu apelido soar na boca do velocista.

—Ah, é claro, só estou sentindo falta da minha casa, no natal costumávamos nos reunir — Ela respondeu evitando ao máximo não gaguejar e logo mudou de assunto —  O que faz aqui? —Perguntou preocupada com o fato de que Cisco poderia ter abrido o bico e falado demais.

—Falei com meu pai hoje e tenho algo para falar com você, Cisco me contou que você iria para a festa e como precisava falar com você, vim logo e assim também aproveito para te levar. —Barry respondeu enquanto inalava o cheiro de melancia que estava no ambiente.

—Eu também queria falar com você, uma coisa muito importante. — Ela disse se lembrando da conversa com Cisco —Você primeiro — Kalya completou incentivando o garoto a continuar

—Eu gosto de uma garota, e eu não tenho ideia se ela gosta de mim...—Barry deu uma pausa em sua fala, o coração de ambos batiam ansiosos — eu quero dizer o quanto a Iris significa para mim, mas acha que isso é bom? —Barry encarou ansioso por uma resposta

—Ah..é eu não sei nem o que dizer —Kalya mordeu o lábio inferior nervosa

A garota sentia seu coração em pedaços, ouvir do velocista os sentimentos dele por outra era mais terrível do que tinha imaginado.

—Você veio de outra dimensão, sabe o que aconteceria, quero dizer o que aconteceu na sua dimensão, ela está com o Eddie e não quero estragar minha amizade com ela, só que preciso do seu conselho antes de fazer qualquer coisa —Barry terminou de falar esperando uma resposta da viajante

—Você deve dizer a ela o que sente —Kalya deu um sorriso singelo

—Sério? Por que eu vim até aqui para que você me convencesse do contrário. Por favor, me diga que é a ideia mais estúpida —Barry aproximou-se de Kalya

—Eu não acho que seja estúpido. Se você realmente gosta dela, deveria contar sobre o que sente, antes que perda ela e se lamente pra sempre pelos sentimentos que ocultou por tanto tempo.  — Kalya engoliu o seco, como ela gostaria de seguir o seu próprio conselho

—Na sua dimensão, eu fico com ela? —Barry perguntou olhando no fundo dos olhos de Kalya

—Você fica com ela —Kalya suspirou fundo, seus olhos estavam tão pertos dos de Barry que era possível ver sua pupila dilatar e contrair.

—Mas a sua presença aqui muda muita coisa, não é? E se eu não ficar com ela? —Barry hesitou, ele realmente tinha muito medo do que aconteceria caso Íris não correspondesse positivamente.

—Talvez, no final, o que vai importar mesmo é que você ama ela. —Kalya deu um passo para trás evitando qualquer contato com o garoto

—Você fala como se fosse algo predestinado, como se fosse o meu destino ficar com a Íris —Ele falou totalmente confuso com a brasileira

—Barry, acho que você está tentando ao máximo procurar motivos para não contar seus sentimentos, mas se você ama tanto a Íris, porque não contar a ela? O máximo que você pode receber é um não e além do mais,  se a amizade de vocês for forte o suficiente, vai prevalecer depois de você contar o quanto a ama —Kalya desabafou com o velocista

Entre a sintonia e a velocidade Where stories live. Discover now