36. Nora Allen

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—Ahh...Olha quem apareceu. — Wells falou sarcástico ao ver Barry. — Se isso te faz se sentir melhor, demorou bem mais do que eu achei que seria. —Ele riu ao ver a expressão do garoto.

—Então, como isso vai funcionar? O seu grande plano. — O velocista enfatizou a última parte tentando não  deixar evidente o seu interesse.

—Bom, não é tão grande assim, na verdade é bem simples. Apenas usaremos o acelerador de partículas, mas dessa vez o acelerador irá funcionar, da maneira que projetei. Em vez de duas partículas movendo-se em direções opostas, colidindo na velocidade da luz no anel interno, nós iremos injetar apenas uma partícula no acelerador. E você, Barry, colidirá com ela. — Wells explicou de forma serena observando a inquietação de Allen.

—Da última vez que você usou o acelerador causou uma explosão e quase matou todo mundo. — Barry falou com desdém.

—Sim, mas só porque eu queria que explodisse. Se puder ir rápido o bastante, você abrirá um buraco no tecido da realidade, assim criando um portal desta era para outras infinitas eras. —Wells explicou seriamente, mas para Barry tudo parecia impossível, por mais que ele próprio fosse a prova do impossível.

—Então, isso vai criar um buraco de minhoca. Mas o que acontece se eu não for rápido o suficiente? — O velocista franziu o cenho.

— Se a velocidade desejada não for atingida, você morrerá. —Um sorriso sarcástico aparaceu no rosto de Wells.

Barry caminhou de volta para o córtex onde pôde receber as explicações de Stein. O plano de Wells fazia sentido, todavia era quase um suicídio da parte do velocista escarlate. Ele precisaria correr em uma velocidade que jamais havia corrido.

—Vamos precisar de mais uma coisa —Barry virou-se para Cisco. — Quero que construa uma máquina do tempo. —Ele disse causando surpresa no melhor amigo.

Cisco recusou-se a ajudar na missão suicida do melhor amigo, mas cedeu depois de Kalya o oferecer uma semana de comidas brasileiras totalmente por conta dela. O que o hacker não fazia por comida grátis?

Ronnie iria ajudar, afinal, ele era engenheiro civil. Então, juntando os conhecimentos de Cisco e dele, seria possível construir a máquina. Ainda sim, precisaria da ajuda de Wells para a construção da esfera do tempo.

Stein havia refeito seus cálculos e criado outros. Até que percebeu que Wells não tinha sido totalmente sincero quando propôs o acordo para Barry.

Se o velocista vermelho não fosse rápido o suficiente para voltar no passado e salvar sua mãe em menos de 2 minutos, uma singularidade aconteceria e o pior, se não fosse contida, poderia causar uma catástrofe a nível global.

O sol radiava intenso na cidade até então dita fria. O céu estava azulado e as nuvens cobriam poucas partes da imensidão azul.

—Se estiverem de acordo, eu gostaria de pular o hebraico  —Martin Stein disse risonho enquanto olhava os noivos.

Caitlin estava deslumbrante, vestia um enorme vestido branco e um sorriso estampava o seu rosto. Finalmente iria se casar. Quando o acelerador de partículas explodiu e levou Ronnie, o sonho do casamento não pôde ser realizado, mas agora, estava realizando-se.

—Aprendi muito sobre a união de duas vidas neste ultimo ano. E apesar dos avanços da ciência, somos parte do mistério que une duas pessoas através do amor, algo que ainda é conhecido como mágico. —Stein finalizou sua fala e deu espaço para que Cisco trouxesse as alianças.

—Agora é um anel de verdade. — Ronnie disse após colocarem as alianças um no outro.

—Eu não precisava de um, eu já tinha tudo e todos que preciso bem aqui. —Ela olhou para todos em volta e então voltou seu olhar para o do seu noivo — Eu te amo, Ronnie. —Caitlin sorriu sentindo seus olhos transbordarem.

Entre a sintonia e a velocidade Where stories live. Discover now