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- Quero que saiba meu amor...- me olha atentamente, sua expressão é tão fofa pois a mesma está com muito sono mas mesmo assim me olha com muita atenção- Saiba que sempre estarei aqui por você. Se ele fizer algo com você, estragar algo, baby você sabe meu número. - ela ri levemente - Se não confia nele nem um pouco...se não o ama, então faça um favor a si mesmo e deixe-o...e volte logo para mim. - sussuro. - Me dê essa chance e eu vou lhe tratar muito bem, eu prometo. - deixo um beijo longo e delicado em sua testa e me afasto. Ela me olha por um tempo e sorri, entrando no quarto logo em seguida mas, antes de fechar a porta ela sussurra algo e pisca para mim. Meu sorriso é gigantesco, nunca vou me esquecer desta noite.

Caminho de volta para meu quarto, sorrindo feito um bobo com a imagem fresca da mulher da minha vida em minha mente. Ela ficou ao meu lado nos piores momentos, sempre segurando minha mão forte e olhando em meus olhos, com a voz doce falava que tudo iria ficar bem e que ninguém poderia me machucar enquanto ela estivesse ao meu lado. Agora percebo que ela é o meu primeiro amor, a primeira pessoa por quem me apaixonei verdadeiramente. Irei sempre sentir saudades de nossas conversas que duravam horas e horas, quando cuidavam um do outro quando ficávamos doentes. Agora já não posso te-la em meus braços, mas sempre irei torcer e mante-la em minha orações para que viva a vida de seus sonhos, ao lado de alguém que realmente a ame, assim como eu amei.

Meu sorriso se desmancha em poucos segundos quando vejo uma luz forte em minha frente, a luz branca me cega por alguns segundos. Olho para trás, o corredor continua vazio, por instinto corro de volta para a porta do quarto da mulher dos meus sonhos. Surpreso, abro a porta, mas não tem nada no quarto, nada. Ela não está mais aqui, nem a cama ou o armário, é só um quarto vazio abandonado. O desespero toma conta do meu corpo, saio do quarto e corro pelos corredores, mas não acho nenhuma saída, não tem elevadores e a luz fica cada vez mais forte. Abro a última porta no fim do corredor, mas a luz forte me cega por completo. Desmaio.

Abro meus olhos assustando. Me sento na cama, minha cabeça está explodindo de dor. Olho ao redor confuso, estou em meu quarto de hotel. As luzes da cidade brilhavam com esplendor. O céu estava limpo, livre de nuvens a vista, até mesmo a lua se escondeu naquela noite, podia-se observar toda a agitação da cidade daquela janela de hotel. As ruas estavam movimentadas, pessoas andavam para lá e para cá, aproveitando as atrações noturnas. Me levanto com a mão na cabeça, olho ao redor e pego a garrafa de bebida que estava no cômodo ao lado da cama. Caminho cambaleando até o sofá e me sento, respiro fundo. Vejo a carta na mesa em minha frente, a foto dela... Estou atrasado. Estou muito atrasado para a fazer minha. Sem tempo.

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