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Kara Danvers

Eu olhava aquela marca no pescoço dela, fechava meus olhos e me lembrava do momento exato em que ela foi feita, me lembrava de como eu havia me sentido, de como estava gostoso e de como eu queria que ela fizesse de novo. Ela me olhava vez ou outra e me pegava perdida, certo momento, ela veio até a minha mesa enquanto os meus colegas de classe faziam uma atividade do livro.

— Está tudo bem? – ela perguntou. Eu estava morrendo de medo que ela surtasse por causa daquela marquinha.

— Se eu te contar algo você promete que não fica brava? – perguntei baixo, ela se inclinou para me ouvir melhor e para que o assunto ficasse apenas entre nós duas.

— Claro, pode dizer.

— Eu meio que... Te deixei uma mordida, e tá bem forte. – ela arregalou os olhos e colocou a mão no pescoço como se desse para sentir. – Disfarça, tira a mão daí. Todos vão saber que foi eu quem fiz.

Ela me olhou incrédula por alguns segundos e de repente começou a rir. Fiquei confusa, pensei que ela fosse brigar comigo, me xingar ou qualquer coisa.

— Relaxa. – ela disse vendo a minha preocupação. – É só uma marca, vai sair. – ela deu os ombros sem importância. – Além do mais, foi por um bom motivo. – Lena se inclinou levemente para falar ainda mais perto de mim e me causar mil tipos de gatilhos diferentes. – Eu amei sentir você com tanto tesão que precisou descontar em mim.

Eu prendi minha respiração surpresa com aquelas palavras, ela soltou uma risadinha e se afastou mordendo os lábios, que porra de mulher sedutora é essa que eu fui arrumar? Minha boca ficou seca na hora, olhei para os lados tentando disfarçar o quanto estava nervosa, sorte que ninguém estava olhando para nós duas.

— Vai pra sua mesa, vai professora. Você tá tirando meu juízo.

— É a intenção. – piscou aqueles olhos verdes encantadores e saiu de perto de mim.

Ela ia me deixar louca até o final do ano, isso eu tinha certeza.

A manhã passou voando, quando vi já estava tocando o sinal que liberava a nossa saída. Encontrei com Alex no corredor e sem dizer nada, ela começou a me acompanhar até o estacionamento. Aquilo estava me incomodando em um nível absurdo, éramos irmãs, ela não poderia ficar me tratando como uma desconhecida.

— Alex... – chamei, ela ignorou. Esperei que ela entrasse no carro e segurei o rosto dela para me olhar. – Presta atenção em mim.

Ela revirou os olhos, contrariada mas me olhou.

— Fala.

— Qual é, Alex? É meu aniversário, você ao menos se lembrou? – perguntei frustrada.

— Claro que lembrei. Você ainda não deixou de ser a minha irmã.

— E não vai dizer nada?

— Você acha que isso muda algo entre nós? Estou chateada com você e você ainda não percebeu o que tem que fazer para voltarmos a ser as mesmas de antes.

— Você quer que eu termine com a Luthor, é isso? É a única coisa que eu não fiz, porquê de resto...

— Claro que não, Kara. Eu não quero te ver infeliz, sei que ela te faz bem e eu nunca me colocaria no meio de vocês duas.

Sweet TeacherOnde histórias criam vida. Descubra agora