CAPÍTULO 7

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Estava na floresta sozinha, era lua cheia. Estava correndo, na verdade fugindo de alguma coisa. Por mais que eu corresse parecia que eu sempre voltava para o mesmo lugar. Perto de um arvore cujo tronco estava cortado ao meio, quando chegava perto o suficiente para tocar no troco, ouvia uma voz "Tudo está prestes mudar, esteja preparada para o que vai vir..." e então eu acordo.

Desde quando cheguei nessa cidade, continuo tendo o mesmo sonho. Se fosse normal, deixaria de lado, mas sendo o que sou não posso ignorar. Pode ser um sinal ou alguma visão, não sei ao certo, mas tenho certeza de uma coisa algo vai acontecer nessa cidade, só me deixa muito irritada não saber o que é.

Todos ao nosso redor pareciam muito animados com o jogo de lacrosse, entretanto Scott e Isaac pareciam muito... apreensivos, preocupados com outra coisa.

— O que aconteceu com você? – Digo quando chegamos na escola.

—Nada, por quê? – Diz Scott olhando para o nada. Ele fazia muito isso.

— Porque você geralmente fala mais do que o treinador e agora parece que perdeu a voz, aconteceu alguma coisa...

— Cassandra, Cassandra. Sempre desconfiada né? — Diz Isaac me dando uma piscada.

— Não aconteceu nada prima. Só estamos mais quietos porque... — Scott olhou para Isaac, pedindo ajuda para concluir o pensamento. Mas já sabia que vinha uma mentira por ai.

— Porque hoje, tem jogo de lacrosse, na verdade o primeiro do semestre. Treinador anda meio irritado.

— Isso! — Scott parecia feliz com essa resposta e Isaac não perdeu a oportunidade de colocar um ponto final nessa conversa.

— Falando nisso é melhor a gente indo.

— A gente se vê depois. — Disse Scott.

—ok, vejo vocês no Jogo... — antes mesmo de terminar de falar eles já tinham partido pelo gramado.

Tinha acabado a aula de História e estava indo para o pátio quando o universo resolveu me presentear com ninguém mais ninguém menos do que Derek Hale caminhando para a saída do colégio. O que ele estava fazendo aqui? Afinal ele já estava meio velho para estar na escola. Na verdade não me importo nenhum pouco, mas precisava seguir ele antes de perdê-lo de vista de novo.

Fui ate o estacionamento e "sem querer" esbarrei com ele antes de chegar ao carro.

— Hey! Como você esta? Andou atropelando mais alguém por ai? — Digo um pouco sarcástica.

— Você de novo. — Disse revirando os olhos. — Escuta, não deveria esta rodopiando e jogando pom poms ao invés de vir me irritar?

— Pompoms? – Dou uma bufada um pouco surpresa. — Espera ai, acha que eu sou líder de torcida? — Digo como se fosse um insulto. — Passou longe meu chapa.

— Chapa? Quem fala isso atualmente? — Posso jurar que quase vi um sorriso se formar. Até que ele era bonito quando não estava irritadinho e sendo mal educado.

— Sabe, acho que começamos com o pé esquerdo. Você esta no ciclo de amigos do meu primo, deveríamos no mínimo ser educado um com outro.

— Só porque eu falo com Scott não significa que sou amigo dele. — Disse sério novamente e começando a se afastar. — Se não se importa eu tenho coisas para fazer.

— Ok. Não me importa muito sua relação com ele mas eeer... sabe, ele devia me dar uma carona agora, mas ficou para o treino porque hoje tem jogo... enfim, você pode me dar uma carona? –Digo como se isso fosse completamente normal e como se nos conhecêssemos há anos.

— Pensei que você me odiasse por ter te atropelado no outro dia. — Diz sem nenhuma expressão no rosto, porem pude notar que ele parecia achar divertido a situação.

— ARÁ! Então você admite que me atropelou?

— Sim! Mas a culpa foi sua. – Diz revirando os olhos e abrindo a porta do carro. — Agora se me der licença preciso ir.

— Eu não te odeio. — Digo segurando a porta. — Na verdade desde que eu cheguei à cidade eu tenho te procurado. — Ele me olha confuso e continuo, só que agora num tom mais baixo— Eu sei o que você é, o que a sua família é...ou era..

Paro de falar esperando alguma reação diferente, ou uma resposta, mas tudo o que ele falou foi:

— Nossa você deve ter batido mesmo com a cabeça no chão naquele acidente, acho melhor falar para o Scott te levar para um hospital...

— Os nomes: James e Joanna Bishop significa alguma coisa para você? — Digo com a voz séria e cortando o que ele estava falando. — Eu sou a filha deles e acho que eu e você temos alguns assuntos familiares pendentes.

Agora sim um pouco de emoção nesse rosto sério. Ele parecia que tinha visto um fantasma. Pelo menos agora sei que ele ia me levar a serio e finalmente conversar quando a única coisa que ele falou foi:

— Entra no carro.

BloodlineOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz