Capítulo 8

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SEULGI POV'S

Depois de Irene ter tomado um pouco de água, a mesma se recuperava respirando e expirando, um braço meu rodeava a sua cintura e o outro as costas, enquanto a mulher de cabelos rosas dava batidinhas nas costas de Irene.

— Está bem? — Pergunto olhando em seus olhos, Irene abre os olhos e me encara diretamente.

Não consigo mais ouvir nada ao meu redor, pois me perco diretamente nos olhos de Irene. Os olhos negros dessa mulher são profundos, são como uma galáxia com bilhões de estrelas.

Suas bochechas estavam vermelhas depois do susto, Irene piscou os olhos e balançou a cabeça rapidamente como se tivesse acordado, se afastando e indo pra trás da mulher de cabelos rosas.

— É... apenas a ig-ignore eu não disse nada disso. — Irene dizia meio embolado olhando para a mulher de cabelos rosas que a olhava confusa. — Eu estou bem. Yeri eu vou voltar para o nosso canto pegue esse algodão doce o mais rápido possível. — A mulher dizia com uma expressão desconfortável e se virou, se afastando rapidamente.

Depois que Irene foi embora, olhei para a mulher de cabelos rosas confusa.

— É... que sabor vai querer? — Pergunto com um sorriso amarelo.

[>>>]

Depois de mais um dia de trabalho, pego as chaves de casa da bolsa e entro em casa morrendo de fome e completamente exausta. Assim que chego completamente na sala, sinto dois braços curtinhos rodeando com força a minha cintura me dando um belo abraço.

— Noona! — Hyung-sik exclama animado.

— Hyung. — O abraço de volta o levantando no ar. — Trouxe frango frito e coca-cola. — O coloco no chão e sacudi a sacola e os seus olhos brilham.

— Você é a melhor irmã do mundo! — Hyung diz dando pulinhos.

— Vá lavar as mãos e desça pra comer, vou falar com a Joy. — Digo sorrindo de leve tocando na pontinha do seu nariz e logo o pequeno saí.

Deixo a sacola em cima da bancada e Joy vem até mim.

— Você deve estar exausta. — Joy fala de braços cruzados.

— Demais. — Sento no sofá relaxando e sinto uma pontada nas costas e dou um pequeno gemido de dor.

— Eu já disse que você deveria sair de alguns empregos e ficar só nos que te pagam bem. — Joy comenta com o olhar preocupado.

— Desde que mamãe nos deixou eu tenho lutado quitar todas as dívidas, e acredite, são muitas. Sem contar que tenho contas pra pagar sozinha, mamãe confiou em mim para continuar criando o Hyung e assim eu vou fazer, e para isso eu preciso trabalhar. — Respondo dando um forte suspiro e logo depois me sento no sofá.

— 2 anos amanhã não é? — Joy pergunta acariciando as minhas costas e eu forço um sorriso assentindo com a cabeça.

— Obrigada por pegar ele na escola hoje Doong-Doongie, e por tomar conta dele o dia inteiro. — Falo segurando em suas mãos dando um sorriso sincero.

— Não precisa agradecer Bear, sério, eu amo essa criança. — Joy diz rindo.

— Te prometo que semana que vem já te pago e-

Joy arregala os olhos e logo me corta.

— Como é que é? Você não vai me pagar nada. Não precisa. — Ela fala negando com as mãos indignada.

— Fala sério Park Sooyoung, você toma conta de uma criança um dia inteiro e não quer receber por isso? — Pergunto sarcástica. — Você vai aceitar esse dinheiro sim, e acabou. — Digo cruzando os braços.

— Seulgi! Você é a minha melhor amiga e eu não tô fazendo isso por obrigação, por tanto, você não vai me dar dinheiro nenhum, estamos conversadas? — Joy fala indignada.

— Não. — Respondo simplista.

— Cacho-

— Voltei! — Hyung exclama com um sorriso exibindo sua janelinha no dente da frente.

— Ok, vamos comer! — Exclamo levantando.

[...]

Na mesa o cheiro maravilhoso do frango frito se fazia presente me dando mais fome ainda.

— Obrigado pela comida. — Falamos em unissono

— Coca pro Hyung e soju para mim e para Seulgi. — Joy diz enquanto se levanta no seu lugar indo até a geladeira para pegar as respectivas bebidas.

— Como foi na escola hoje Hyung? — Pergunto dando uma mordida no frango.

— Foi legal, teve aula de arte e eu pintei um quadro, foi incrível! — Ele dizia com um brilho no olhar, e eu sabia muito bem que brilho era esse.

— Sua irmã era sempre a melhor na aula de artes na escola e no ensino médio. — Joy falava voltando com as bebidas para mesa.

— Não exagere Joy. — Falo abrindo o soju e colocando num copinho.

— Esse ano eu estaria terminado a faculdade de artes plásticas se eu não tivesse trancado no ano passado. — Digo meio desanimada.

— Você seria uma grande pintora, não sei o que está esperando pra tentar arrumar um emprego nessa área. — Joy da uma golada no soju.

— Sem um diploma é complicado...

— Eu vou ser um grande pintor. — Hyung diz confiante e eu sou um sorriso.

— Com certeza! — Exclamo fazendo um hwating com as mãos.

[...]

Depois de colocar Hyung na cama, acompanho Joy até a porta.

— Obrigada mais uma vez Doong-Doongie. — Digo encostada na porta.

— Não há de que. — Ela responde sorrindo. — Amanhã é dia de trabalhar como entregadora não é? Posso olhar ele novamente se quiser.

Joy se oferece novamente e eu fico com peso na consciência, eu quero muito aceitar mas acho que estou incomodando.

— Joy... eu queria sim, mas se não quiser não precisa, é sério, amanhã é sábado e você pode querer curtir por aí, eu não quero estragar o seu final de semana. — Falo com a expressão meio culpada.

— Seulgi, se eu me ofereci é porque eu estou livre, o seu irmão é divertido e muito educado, eu gosto de tomar conta dele.

— Eu já agradeço desde já, você é a melhor amiga do mundo. — Abraço a mais alta.

— Ok, amanhã cedinho estou aqui. — Joy se afasta dizendo enquanto acena.

— Ok! Até amanhã Soo! — Aceno de volta e Joy assente a cabeça se afastando.

Fecho a porta e a tranco, agora vou em direção ao banheiro para tomar um banho e logo depois dormir para começar tudo de novo no dia seguinte.

[...]

Depois de deitar na minha cama dou um forte suspiro. Depois que a minha mãe morreu eu virei a chefe da família, ganhei a responsabilidade de continuar com a criação do meu irmão e me esforço muito para que seja a melhor possível.

Trabalho para que não falte nada ao Hyung mesmo gastando a maioria do dinheiro em que coloco dentro de casa pagando os empréstimos do banco e os restos das contas mensais. Acho que estou seguindo bem com as coisas, fico feliz por estar provando aos meus avós que eu não preciso do meu pai pra nada, assim como mamãe os mostrava.

Sinto os meus olhos pesarem normalmente e assim adormeço, me preparando para mais um dia de trabalho amanhã.

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DEPOIS DA TEMPESTADE | SEULRENEWhere stories live. Discover now