Capítulo 17

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IRENE POV'S

Com o seu guarda-chuva roxo fechado em mãos, Seulgi olhava pra mim buscando palavras.

— Irene, ho-hoje o que aconteceu... de manhã-

— Hoje o que quase aconteceu de manhã, não era pra ter quase acontecido Seulgi. — Falo séria, tentando não ser grossa. — Só... só esquece isso.

Digo por enfim voltando para dentro, quando sou impedida por Seulgi. Meu peito se aperta, por que ela está tornando tudo tão difícil?

— Por favor, me escuta. — Ela franziu as sombrancelhas enquanto suas mãos em meu pulso não me deixavam ir embora.

— Seulgi, não torne tudo isso mais difícil, não é pra acontecer. — Digo olhando para ela implorando para que me deixasse ir.

Seulgi solta os meus pulsos e torna a ficar na minha frente, mais próximo, agora estou livre e posso sair correndo de volta pra minha casa, mas por que eu não o faço?

— O que não é pra acontecer, Irene-ssi? — Seulgi pergunta intercalando o seu olhar entre os meus olhos e a minha boca.

Porra Kang Seulgi.

Os chuviscos constantes que tinham parado voltam aos poucos, o vento também se torna um pouco mais presente, é como se o universo estivesse gritando para que eu voltasse para dentro.

Por míseros segundos meu olhar vacila nos lábios rosados e aparentemente macios de Seulgi mas rapidamente acordo.

— Nada. — Digo firme.

Seulgi agora foca totalmente nos meus olhos.

— Desde que a gente se viu na cafeteria pela primeira vez, a única coisa que me vem na cabeça são os seus olhos intensos, Irene-ssi. Sabia que os seus olhos são os mais bonitos que eu já vi? — Seulgi deu um meio sorriso.

Senti minhas bochechas esquentarem rapidamente.

— Seus lábios... — Seulgi suspirou não conseguindo terminar a frase. Aquela altura, nossos corpos estavam a míseros centímetros de distância, nossos rostos nunca estiveram tão perto quanto estão agora. Quando foi que eu deixei chegar até aqui? — Eu quero muito te beijar nesse momento, Irene-ssi. — Seulgi trocava o olhar em direção a minha boca e eu já estava fazendo o mesmo sem nem mesmo perceber.

Minha respiração acelerava juntamente com o meu coração, sentia que a qualquer momento ele iria pular para fora do meu peito. A ansiedade que tomava conta do meu peito não me deixava soltar uma palavra de quer, novamente a minha cabeça dizia não mas o meu coração implorava incansavelmente pelo sim.

— Por que todas as minhas tentativas de tentar te afastar não deram certo? — Digo entre sussuros olhando para seus lábios já humidecidos, a distância mínima entre nós fazia as nossas testas se incostarem.

O som do guarda-chuva roxo caindo no chão ecoou nos meus ouvidos, Seulgi rodeava a minha cintura com os seus longos braços me mantendo naquele lugar que eu me via completamente perdida. Eu podia sair, eu podia correr mas eu não o fiz, porque eu não queria.

— Talvez você queira isso tanto quanto eu quero. — Seulgi afirmou com a voz rouca e eu me rendi completamente. Kang estava certa, eu queria isso tanto quanto ela e isso era inegável.

Então eu não poupei tempo e levei as minhas mãos em sua nuca e cortei totalmente o mísero espaço que havia entre nós.

Os seus lábios macios, o sabor da sua boca, Deus! Era como estar em um paraíso em que Seulgi era dona. O sabor de morango tomava conta de minha boca enquanto eu esplorava cada canto daquele paraíso. Suas mãos agora passeavam por cada canto da minha cintura acariciando e me fazendo sentir arrepios. A chuva comecava a aparecer novamente mas nem isso fazia nós nos afastarmos daquele momento.

Cada gota de chuva que uma sensação diferente que se fazia presente em mim, cada borboleta que se fazia presente no meu estômago. Agora chovendo intensamente, nosso beijo de tornava molhado, mesmo com o gelado da água em mim eu ainda conseguia sentir as mãos quentes de Seulgi em minha cintura por cima do pano que a cobria. Seulgi dava leves mordidas em meus lábios sorrindo entre o beijo enquanto conseguia recuperar o seu fôlego, estava fazendo o meu corpo arder, como nunca ninguém conseguiu antes.

Finalizamos o beijo com um selinho e surpreendentemente Seulgi selou a minha bochecha, que me fez abrir um sorriso sincero.

— Preciso voltar pra casa... — Ela fala olhando pro tempo, ainda estou em seus braços e eu não queria sair dali nem tão cedo. Me repreendo mentalmente por tal pensamento.

A chuva caia com toda a força e ainda estávamos debaixo dela, completamente encharcadas.

— Volta amanhã. — Digo involuntariamente e mais uma vez me repreendo por isso, minha expressão mostra claramente isso já que junto as sombrancelhas em reprovação na mesma hora.

Seulgi da um leve sorriso como se estivesse pensando na possibilidade.

— Acho que Sooyoung não iria se importar em passar uma noite com Hyung. — Seulgi diz com um leve sorriso e em mais um ato involuntário eu pego em suas mãos molhadas.

— Vamos entrar então. — Digo a trazendo para dentro de casa.

Assim que Seulgi entra eu tranco a porta e digo imediatamente que não precisa tirar os sapatos.

— Acho que eu teria que trabalhar por uns sei lá? Quatro anos pra ter essa geladeira? — Seulgi dizia apontando para geladeira enquanto andávamos em direção ao meu quarto e eu ria divertida.

Chegando no meu quarto peguei uma toalha quase que imediatamente para Seulgi e logo em seguida liguei o aquecedor.

— Vai tomar um banho bem quente, senão vai ficar gripada. — Disse enquanto estendia a toalha para a mesma que levantou as sombrancelhas negando com a cabeça.

— De jeito nenhum, vai primeiro, a casa é sua e-

— Eu tomo banho no banheiro do quarto de hóspedes. — Respondi tranquilamente e Seulgi arregalou os olhos.

— Quarto de hóspedes? — Sua expressão era engraçada então soltei um riso nasal enquanto assentia com a cabeça. — Uau...

— Ande logo, o chuveiro já está no quente. — Digo quase que ordenando e rapidamente Seulgi me obecede, indo em direção do banheiro e fechando a porta.

Sigo até o banheiro do quarto de hóspedes logo tirando toda a minha roupa molhada e entrando quase que imediatamente debaixo do chuveiro.

Enquanto a água quente percorria por todo o meu corpo, meus olhos se manteve fechados apenas lembrando de um dos momentos em que eu verdadeiramente estava feliz e confortável.

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Oi leitores! Primeiramente peço perdão pela demora de atualização, como disse na nota minhas aulas voltaram e eu estudo integral e chego cansada em casa e isso acaba pesando um pouco na hora de escrever os capítulos mas cá estou eu!

Espero que vocês tenham gostado do capítulo de hoje, eu tentei colocar em palavras todos os sentimentos e sensações que Irene estava no momento. Não fiquei muito satisfeita então espero que vocês tenham ficado, não se esqueçam que qualquer crítica construtiva é sempre bem-vinda aqui!

É isso, até a próxima semana 🤘

Não se esqueça de votar. ⭐

DEPOIS DA TEMPESTADE | SEULRENEDove le storie prendono vita. Scoprilo ora