Obsessão

11

🥀Victor Augusto 🥀
1/4

Carolina é minha irmã mais nova, dois anos de diferença. Mas ela acha que é a porra da minha mãe. Sempre querendo ser a dona da razão e dar sermão.

— se você soubesse por toda merda que aquela garota tá passando, você não teria deixado ela na mão .

— não foi de propósito Carolina. Eu tive um imprevisto no casarão.

— prioridades Victor, prioridades - ela me olha indignada- você tem o Arthur, o Gabriel, o João Lucas, o que não falta é gente pra trabalhar naquela merda de casarão. Mas o seu filho só tem um pai.

— você tá agindo como se eu tivesse perdido o parto dele. Foi só um exame.

— sinceramente tenho medo que isso aconteça. Se você continuar com esse seu comportamento ridículo vai perder muita coisa importante.

— eu queria voltar e refazer o exame mas ela não  topou.

- ah, faça-me o favor. Ela não tem que fazer o exame duas vezes. Você que tem que ter vergonha na cara e aparecer no horário certo. Não tente por ela como a errada.

Fico quieto. Não vou ficar dando trela pra essa linguaruda. Carolina não sabe quando parar.

— sei como é ter um pai ausente- encaro ela - a gente sabe Victor. Tudo bem que o bebê não tá vendo, mas eu acredito que ele vai sentir, o bebês sentem, ainda mais quando a mãe fica chateada.

— pode parar com o sermão. E onde você vai toda arrumada ?

— ver a mãe do meu sobrinho e os padrinho do bebê.

— Bárbara já escolheu os padrinhos ?- ela concorda.

— a madrinha é a Tainá, uma amiga dela.

— você não tem vontade de ser a madrinha ?

— claro que tenho Victor. Mas eu já tenho uma ligação com o bebê, e outra Tainá tá apoiando a Bárbara desde o início da gravidez, nada mais justo que ela ser a babá.

— e o padrinho ?

— Bárbara não disse nada ainda. Mas acho que vai acabar escolhendo o Dean.

— quem é Dean ?

— o ex- namorado dela.

— não. Ela quer por a amiga como madrinha ? Tudo bem. Agora um ex como padrinho do meu filho ? Só por cima do meu cadáver.

— não da ideia Augusto. Bárbara adoraria te transformar em um cadáver. E tem uma grande chance de eu ajudá-la a esconder seu corpo.

— engraçadinha.

— Dean é um cara super legal. Seria um bom padrinho. Ele tá até fazendo uma campanha pra ser padrasto do baby Passos .

Não e ponto final. Isso não é negociável. Botar um ex como padrinho do bebê ? Que ideia ridícula. Queria ver se fosse eu querendo por uma ex como madrinha.  Não que eu tenha uma, mas isso não vem ao caso.

— Bárbara tá carregando meu filho, meu sangue. Ela não vai se envolver com ninguém, ela que se aquiete.

— sexo faz bem as grávidas.

— não  para aquela grávida em específico.

— você não pode controlá-la.

— você sabe que eu posso.

— não tem como você ficar de olho nela o tempo todo.

— não, não tem. Mas o interesse é que eu tenho pessoal o suficiente pra fazer isso. Inclusive vou por o João Lucas como segurança particular.

— pobre Bárbara, só queria um orgasmo e olha só no que deu. A coitada precisa se benzer.

O celular dela vibra e ela fecha a cara.

— Tainá não vai poder ir. Vai ser só a Bárbara, o padrasto do bebê e eu.

— quando eu morrer a Bárbara pode tentar arrumar um padrasto mas até não vai rolar.

[...]

A nova boate é um sucesso, as pessoa vem curtem e acabam se entupindo de drogas o que me dá muito lucro.

Ser o maior fornecedor de drogas de LA tem suas vantagens e desvantagens.

— a boate tá dando um lucro absurdo, mas isso tá chamando muita atenção- Arthur tende a ser o mais sensato da situação- não podemos deixar as drogas que são vendidas na boate ser ligadas a gente.

— eu sei. Sou o dono da boate mas infelizmente não consigo controlar tudo que entra e sai do estabelecimento, é tudo muito novo e a segurança ainda é falha.

— ótimo. E Victor é de extrema importância que essa história de gravidez não vaze. Não seria bom. A polícia não pode provar algo contra você mesmo tendo noção do que faz, mas os concorrentes podem jogar baixo.

— eu sei. Ander está na cola da garota e vou mandar o João Lucas ficar com ela. E eu duvido muito que ela vá sair contado pela cidade que eu sou o pai do bebê. Acho que ela tem aversão  a minha pessoa.

— não podemos culpá-la - fecho a cara-  qual é cara? Você acusa ela de dar um golpe, depois chama ela pro seu escritório e impõe que ela não pode pegar ninguém, manda um cara seguir ela sem explicar o porque, ela vem tirar satisfação e te pega recebendo um boquete e pra completar falta na ultrassom do seu filho. Ela tem motivos pra ter aversão a sua pessoa.

— não pode me culpar por achar que é um golpe, já viu que isso aconteceu algumas vezes comigo.  Eu não quero alguém fodendo ela enquanto meu bebê estiver lá dentro, não posso simplesmente contar a uma estranha que eu sou um gângster, ela não  pode controlar meu pau e não faltei a ultrassom por querer.

— em algum momento você vai ter que contar pra ela. Você vai ter um filho, o líder da LOUD vai ter um bebê. Essa criança vai nascer sendo um alvo, na verdade assim que descobrirem da gravidez a Bárbara vai ser um alvo.

— eu sei.

— você devia parar de se preocupar com a vida sexual da Bárbara e manter ela segura.

— ótimo. Mas algum conselho paternal ?

— não falte nas consultas do seu bebê. Ou isso vai ser um dos seus maiores arrependimentos.

— quantos conselhos pra alguém que não tem filho.

— se eu tivesse um, eu seria presente.