PERDIDO

10 1 0
                                    

Oops! Această imagine nu respectă Ghidul de Conținut. Pentru a continua publicarea, te rugăm să înlături imaginea sau să încarci o altă imagine.

JUNGKOOK

Oops! Această imagine nu respectă Ghidul de Conținut. Pentru a continua publicarea, te rugăm să înlături imaginea sau să încarci o altă imagine.

JUNGKOOK


Estava dirigindo em direção ao estúdio de tatuagens do meu amigo Park Jimin. Fazia alguns dias que tinha inaugurado e ficava me cobrando que fosse fazer uma visita. Então naquele sábado, resolvi ir até lá. Ficava em um bairro movimentado de Seul. Acredito que tenha acertado em sua localização. Havia bastante lanchonetes, restaurantes e lojas naquela região.

Estava seguindo com a vida depois do incidente com Soojin. Não tivemos mais contato desde aquela noite. Fiquei muito mal com o que houve, tanto que mandei Yura se vestir e ir embora. Liguei muitas vezes e mandei inúmeras mensagens a Soojin, mas ela nunca me deu retorno de nada. A sensação de ter perdido algo muito importante persistia em meu coração, mas com o passar dos dias voltei a minha rotina. Notei que bebia muito mais que o normal. Na verdade, depois de ela ter me dito para esquecer tudo, eu só conseguia dormir sob efeito de álcool. Principalmente depois de vê-la nos jornais ao lado daquele mauricinho. Sim, ela se casaria com aquele idiota.

Cansei de ir nos encontros com a galera, na esperança de que ela estivesse junto, mas não. Ela nunca mais veio em nenhum dos encontros. Wheein me disse que ela estava ocupada com a conclusão da faculdade, por isso não saia mais, mas eu sabia que o real motivo para ela não sair mais conosco era eu. Ela estava evitando ao grupo porque não queria me encontrar.

Nos primeiros dias, cansei de ficar na frente da casa dela, na esperança de encontrá-la e ela me ouvir, mas não a via e quando a via, ela estava acompanhada daquele babaca.

Foi então que decidi deixá-la em paz. Eu tinha minha dignidade. Se eu não queria compromisso, não tinha motivos para estar ali. Então voltei para minha vida de bebedeira e transa sem sentimentos.

Estacionei em frente a um café. O estúdio de Jimin ficava logo à frente. Peguei minha carteira e celular e desci do carro. Por acaso olhei para a vitrine do café. A fachada era bonita. Mas não foi isso que me chamou a atenção. E sim a garota que estava sentada à mesa na janela. Cabelos cortados na altura dos ombros. Conversava animadamente com um cara de cabelos negros, um tanto comprido. E com umas roupas parecidas com as minhas. Fiquei parado ao lado do carro tentando digerir o que via. Não podia ser.

Mas foi então que ela olhou em minha direção. E por breves segundos nossos olhares se conectaram. Nesse momento senti minhas pernas fraquejarem. Ela estava sorrindo, mas quando me olhou seu sorriso sumiu no mesmo instante.

Era Soojin. Ela estava diferente, mas, mesmo assim, eu a reconheceria em qualquer lugar.

Ela não ficou me olhando por muito tempo. Tratou de olhar para o cara que estava a sua frente e voltar a conversar. Fiquei entre a cruz e a espada. Tive vontade de entrar naquele café e confrontá-la, mas a verdade é que eu não sabia o que diria a ela. Pensei que estava bem com a nossa situação, mas vê-la tão mudada foi um tapa na minha cara. E vê-la com outro me deixou estranhamente desconfortável. Já tinha me acostumado com a ideia de ela estar com o tal mauricinho, mas agora vendo ela com um homem despojado, na mesma vibe que eu, me incomodou.

— Ya, Jungkook! — Alguém me chamou, fazendo-me acordar. — Se perdeu?

Olhei na direção da voz e me deparei com o Jimin, agora estava com o cabelo loiro. Esse cara não parava de inventar moda.

— Acho que estou perdido, mesmo. — Murmurei mais para mim do que para ele.

— Vem conhecer o meu novo estúdio. Ficou muito bom. — Me chamou.

Antes de me locomover em direção a meu amigo, olhei mais uma vez para Soojin. Ela parecia feliz. Pelo jeito já tinha superado a nós. Será que não poderia voltar a ser minha amiga? Eu sentia falta dela. Sentia falta de conversar com ela. De sentir seu cheiro. De ouvir seu sermão sempre que dispensava uma garota, mas ultimamente sentia falta de sentir a maciez dos seus lábios. De sentir o calor da sua pele. Isso que foi uma transa inesperada e desajeitada no chuveiro, mas eu lembrava de todos os detalhes. Depois disso, nunca mais fui o mesmo. Não conseguia transar em minha casa mais. Sempre que saia com alguma garota, ou resolvíamos ficar em sua casa ou a levava para um motel.

— Ficou muito bom mesmo, Jimin. — Eu disse olhando as instalações. A cor predominante na parede era um cinza com alguns desenhos em preto. Haviam três salas para as aplicações, além da sala de espera, toda cheia de espelhos e com quadros harmonizando o ambiente. Os estofados todos de couro preto.

— Tenho uma ótima clientela. E já contratei mais um tatuador. — Contava animado.

— Que bom que deu tudo certo. — Falei sinceramente. Jimin era tão batalhador que merecia tudo. Um garoto que foi contra e tudo e sem ajuda de ninguém resolveu apostar em seu sonho. Eu o admirava muito por isso.

— Mas diga ai, Kook. O que tanto olhava para a janela da cafeteria?

— Nada demais, achei que tinha visto uma pessoa conhecida. — Dei de ombros. — Mas me enganei, no final era apenas parecida.

— Hum... — O loiro me encarava como se não acreditasse na minha desculpa. — E quando vamos fazer mais uma tatuagem?

— Logo, primeiro preciso passar na aprovação do meu pai para assumir um cargo na diretoria da empresa. — Joguei-me no sofá.

— Eu achei que não se interessava pela empresa. — Ele sentou na poltrona ao lado.

— Não me interesso, mas meu pai está infernizando minha vida. Dizendo que ia até me deserdar... — Revirei os olhos. — Agora terei que ir a empresa alguns dias e ver aqueles manés vestidos como uns idiotas.

— Que trágico, você também se vestirá como eles. — Segurou um riso.

— Não mesmo! — Rosnei. — Jamais me renderei ao fanatismo de meu pai.

— Prepare-se meu amigo. Isso é só o início. — Ele disse sorrindo, e logo levantou-se para atender a uma pessoa que chegou no estúdio.

— Encontramo-nos naquela boate à noite, então. — Eu disse acenando a ele e deixando ele fazer o trabalho dele.

Caminhei de volta ao meu carro, com o coração acelerado. Queria olhar para Soojin novamente, ela estava tão diferente que me instigou a querer vê-la de perto. Saber se apenas tinha mudado a aparência ou se algo nela mudou também. Será que ela estava saindo com aquele cara? Será que estava traindo seu noivo arrumadinho? Não! Soojin não era assim. Eu não podia acreditar que ela tenha mudado tanto em um mês.

Quando cheguei em meu carro, ela não estava mais lá. Era óbvio que daria um jeito de fugir. Frustrado, embarquei no meu carro e dirigi sem destino.

MY BEST FRIENDUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum