capítulo 3

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Depois de desovarmos o corpo ou melhor destruirmos qualquer vestígio, voltamos para o prédio, apago as luzes novamente e subimos uns bons lances de escada, ainda bem que aquele prédio não é tão alto, o bom é que eu tenho um apartamento no mesmo corredor que o Don, então ninguém poderia questionar do que eu fazia ali.

—Posso dormir no seu apê, não quero ficar lá.

Fala Don quando chegamos no nosso corredor.

—Ah, não é tão durão quanto quer demonstrar.

Apesar de se fazer de durão, Don é bem sensível, e nos últimos meses ele tem estado mais vulnerável digamos assim.

—Eu sou humano Bea, acha que sou tão frio a ponto de matar alguém e não sentir nada com isso?

—É eu até pensei que sim, mas sei que tá se sentindo mal, eu te conheço, tudo bem, pode dormir no meu apê, vamos logo, dois apagões com poucas horas de diferença, não é legal.

Vamos para meu apartamento, eu raramente usava ele, mas as vezes ia pra lá pra ficar sozinha com o Rick.

—Amanhã cedo vamos pra casa e contar tudo para o papai e a mamãe, eles vão ficar umas feras.

—Talvez sim e talvez não.

—Talvez, isso pode colocar nossa família em perigo, não tem nada de talvez, eles vão surtar, o papai principalmente.

Falo abrindo a porta e entrando, ele entra também.

—É o pai com certeza, ainda mais porque eu causei isso.

—Pois é, vai tomar banho, tem roupas sua no closet.

—As que eu emprestei para o Rick?

—É.

—Tá bom.

Ele vai para um quarto e eu vou para o meu, tomo um banho também, troco de roupa e me sento na cama.

—Você ficou mexida quando eu disse que o Gael tá voltando né?

Pergunta ele aparecendo na porta do meu quarto.

—Claro que não.

—Eu te conheço maninha, ainda é doida por ele, admite.

—Prefiro a morte.

—Se te serve de consolo, ele também nunca te esqueceu.

—Não, só tá noivo de outra.

—Ele não gosta dela.

—E vai casar por que?

—Pelo mesmo motivo que você está com o Rick, para tentar esquecer ele.

—Eu gosto do Rick.

—E eu queria ter um filho com a mulher que tentou me matar, se quer mentir pra si mesmo, tudo bem.

—Don, vai dormir, já tá amanhecendo, foi um longa madrugada.

—Tá bom, boa noite e obrigado pelo que fez por mim.

—Nós nunca damos as costas pra família, uma vez Bianco-Salvattore...

—Sempre Bianco-Salvattore.

Horas depois

—Bom dia mãe, pai.

Falo dando um beijo neles, Don também os cumprimenta, havíamos acabado de chegar para o café, graças a Deus estava tudo bem com eles.

—Bom dia meu amor, não dormiu em casa querida?

—A senhora saberia se também tivesse dormido né, o que foram fazer em Nápoles?

—Quem disse que estávamos em Nápoles?

Beatrice - Herdeiros do Império Bianco-SalvattoreWhere stories live. Discover now