Beatrice - Herdeiros do Império Bianco-Salvattore

capítulo 78

Dias depois

—Vocês chegaram, finalmente, eu estava morrendo de fome e a mamãe disse que ninguém iria comer enquanto não chegassem.

Fala Betina assim que chegamos na casa dos meus pais, hoje é sábado e minha mãe insistiu para que fossemos almoçar com eles, e depois iríamos jantar na casa dos pais do Gael.

—Desculpem o atraso, ela não estava passando muito bem.

Fala Gael, eu realmente acordei com muito enjôo e dor de cabeça, não queria nem levantar.

—Oh meu amor, porque não nos disse, não precisava ter vindo então.

—Eu tô bem mãe, é só mal estar da gravidez mesmo.

—Mas tá tudo bem com você e meu neto, querida?

—Ta sim pai, tá tudo ótimo, semana que vem iremos fazer a primeira ultrassom pra ver como ele está.

—Traga a ultrassom para nós vermos, queremos acompanhar o crescimento do meu netinho.

—Ah olha só, papai já aceitou bem né.

Fala Betina.

—Eu serei um vovô jovem, agora estou bem com isso, pelo menos ainda terei pique para correr atrás dele.

—Quantos anos o pai ainda acha que tem, 30?

Pergunta Don.

—Acho que sim.

Fala Ben, caímos na risada.

—Tudo bem vovô, iremos trazer a ultrassom para vocês verem.

—Querida, coma coisas leves para não passar mal tá, eu fiz Salada Caesar que você adora.

—Ah que bom, porque acho que é só o que vai parar no meu estômago.

Nos servimos e começamos a comer.

—O que resolveu com a família lá?

Pergunto, claro que sabiam que eu falava dos mafiosos americanos.

—Já estamos lidando com eles, não se preocupem.

Fala meu pai.

—É, eles são da nossa responsabilidade, então vocês não tem com o que se preocupar.

Fala minha mãe.

—Nessa família a gente nunca tem tempo para não nos preocuparmos com algo.

Fala Ben.

—É realmente, por falar nisso, hoje de manhã vi a notícia que aquele nojento do Francesco Gallo foi morto, e de forma brutal, você tem algo a ver com isso Beatrice?

Pergunta Betina.

—Eu, imagina.

—Hum, não sei se acredito.

—Eu não precisei fazer nada, Carlo Riviera que acabou com ele, ele me disse que a filha dele cresceu junto com a filha do Francesco, e que se ele tivesse tocado nela também, acabaria com ele e que não era para eu impedir, eu jamais iria interferir nisso, na verdade até acho que demorou.

—Parece que ele estava em uma prisão bem segura e com alguns aliados o protegendo.

Fala Betina.

—Pelo visto não protegeram direito.

Fala Don.

—Carlo Riviera é determinado, principalmente se mexer com a família dele, principalmente com as filhas que ele adora, com os contatos que ele tem, até achei que demorou pra ele dar um fim no Francesco.

—O coitado deve ter se arrependido até o último fio de cabelo dele, por ter cruzado seu caminho.

Fala Betina.

—O mais engraçado é que Carlo disse que as últimas palavras dele, foi ele gritando meu nome, queria ter sido uma mosca para ter visto isso.

Falo rindo.

—Sério mesmo?

—Assim Carlo disse né, mas eu disse que ele se lembraria de mim até na morte, o que acho que foi pouco perto do que ele merecia.

—Morte para pedófilo e abusadores é pouco mesmo, deveriam sofrer bem mais, mas mudando de assunto, como vai os preparativos para o casamento, querida?

—Então, ultimamente não estou tendo nem pique, nem tempo para ver isso, vou abusar um pouco da ajuda que estão oferecendo, ou talvez vamos adiar para depois que o bebê nascer, o que acham?

Eu e Gael já havíamos conversado sobre essa possibilidade de adiar o casamento, tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.

—Vocês é quem decidem meu amor, mas acho que realmente no momento você está muito sobrecarregada, além da empresa, está tendo que lidar com a companhia, aí tem a gravidez, você passando mal direto e por mais que seja um casamento mais simples, vai te dar bastante dor de cabeça, talvez adiar até o nascimento do bebê não seja má ideia, mas isso deve ser conversado entre vocês dois.

—Nós já conversamos, e achamos que adiar realmente pode ser o melhor a se fazer, vamos focar em uma coisa de cada vez, pra eu não ficar maluca.

—Então desistiu da ideia de ficar com a empresa de cosméticos do pai daquela ridícula da Milena.

—Quem disse que eu desisti, aliás estou mais próxima de alcançar meu objetivo do que nunca, o pai dela é mais sujo que uma lata de lixo, acusou dois funcionários de terem roubado ele, só pra não ter que indenizar os funcionários e não pagar o que era deles por direito depois de uma demissão sem justa causa, a mulher de um deles estava com câncer e morreu porque o marido não tinha dinheiro para continuar com o tratamento.

—Ah meu Deus, que coisa horrível.

Fala minha mãe.

—Sim, e não para por aí, os advogados dele são muito bons, vários clientes processaram a empresa, porque estavam vendendo produtos vencidos, até funcionários se demitiram pelo mesmo motivo, sem contar os testes em animais e outras coisas horríveis que fazem naquela empresa, mas eles sempre dá um jeio de reverter a situação e os funcionário e os clientes saírem como os errados, impressionante.

—Mas que homem em, faço questão de ajudá-la a tirar a empresa dele, deixar ele sem nada.

—Obrigada mãe, eu com certeza aceitarei sua ajuda.

—E por onde será que anda aquele mala do Rick?

Pergunta Betina.

—Roma, está tentando aliados para restaurar a honra da família Ferreti, ao que parece ele está cobrando alguns favores, mas ninguém quer se envolver com ele.

—Nossa, você realmente sabe por onde ele anda e o que está fazendo, fica esperto em Gael.

Fala Betina, Gael ri.

—Mantenha seus amigos perto, e os inimigos...

—Sob vigilância, ah claro, mais um provérbio de Caterinna.

—Isso, viu só, já tá pegando o jeito Betina.

Falo.

Rimos.

—É isso aí, minhas meninas já estão experts nos provérbios de Caterinna.

—Impossível não estar né mãe, a senhora recitava esses provérbios pra nós, ao invés da canção de ninar.

Fala Don.

—São ensinos que irão levar pra vida.

Fala minha mãe.

—Isso é verdade, provérbios de Caterinna que me ajudou a conquistar as coisas, e eles são úteis em qualquer hora do dia, vou usar sempre.