◇ Capítulo 38 ◇

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P.O.V  Dean

SEXTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2011

Desperto um momento depois.

Merda.

Quanto tempo dormi?

Verifico o relógio: quase três da manhã.

Olhando para meu marido, vejo que ele ainda está dormindo pacificamente.

Só que ele não está dormindo.

Está inconsciente.

— Volte para mim, anjo. — sussurro.

— Dean.

— Pai! Você me assustou.

— Desculpe.

John emerge das sombras.

— Há quanto tempo você está parado aí?

— Não muito. Eu não queria acordá-lo. A enfermeira estava aqui
verificando os sinais vitais de Cass. Estão todos bons. — Ele olha para o meu garoto. — Mary me disse que ele está grávido do meu neto.

Seus olhos brilham em reverência enquanto ele olha para Cass.

— Sim, está.

— Parabéns, filho.

Dou um sorriso sombrio.

— Ele colocou a criança e a si mesmo em risco.

Eu estremeço, e não sei se é porque o ar da noite está mais frio ou porque Cass poderia facilmente estar morto.

John estreita os lábios com uma expressão séria, depois volta a atenção para mim.

— Você está exausto. Deveria ir para casa descansar.

— Não vou sair de perto dele.

— Dean, você precisa dormir.

— Não, pai. Quero estar aqui quando ele acordar.

— Eu fico com o Cass. É o mínimo que posso fazer depois que ele
salvou a vida da minha filha.

— Como está a Charlie?

— Está toda grogue... com medo e raiva. Ainda vai levar algumas
horas até o Rohypnol sair totalmente do organismo dela.

— Meu Deus do céu. Kline é um pervertido filho da puta.

— É, eu sei. Estou me sentindo a pessoa mais idiota do mundo por ter relaxado na segurança dela. Você me avisou, mas Charlie é
teimosa. Se não fosse pelo Castiel aqui...

— Todo mundo achava que o Kline era carta fora do baralho. E o
louco do meu marido... Por que ele não me contou?

As lágrimas não derramadas queimam minha garganta.

— Dean, acalme-se. — diz John, movendo-se lentamente em minha direção. — Cass é um jovem incrível. Ele foi de uma coragem surpreendente.

— Corajoso, cabeça-dura, teimoso e burro. — Minha voz falha na última palavra enquanto tento conter a emoção.

Mas o que teria acontecido com Charlie, se não fosse Cass?

Isso é tão confuso...

Apoio a cabeça nas mãos, em conflito.

— Ei. — Meu pai coloca a mão no meu ombro.

Seu toque reconfortante é bem-vindo.

— Não seja tão duro com ele, nem com você, filho... Acho que é melhor eu voltar para ficar com a sua mãe.
Já são mais de três da madrugada, Dean. Você realmente deveria tentar dormir um pouco.

◇*Part 3* 100 Tons de Destiel pelos olhos de Dean◇Where stories live. Discover now