❆ 12 | 𝙸𝙽𝚃𝙴𝚁𝚁𝙾𝙶𝙰𝚃𝙾́𝚁𝙸𝙾 𝚅𝙴𝚁𝙼𝙴𝙻𝙷𝙾

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Sentia uma dor imensa na região da costela, notei o sangue prateado escorrendo pela costura do meu vestido e grunhi de dor. Os nobres corriam em direção as saídas atrapalhando os sentinelas que iam atrás dos rebeldes e machucando aqueles que já estavam machucados.

Me arrastei entre os vários passos apressados e me levantei apoiando-me nas grades folheadas a ouro da janela do salão. Sem Mare, sem Maven, não via eles em nenhum lugar dos destroços, mas vi Logan perdido com um corte na cabeça e corri até ele.

—— Logan, você tá bem? —— segurei suas bochechas e examinei suas pupílas. O garoto concordou com a cabeça e afastou minhas mãos.

—— Lisa, você tá sangrando. —— ele disse com a voz fraca.

—— Eu vou ficar bem. —— concordei com a cabeça me apoiando em seu ombro. —— Você tem que sair daqui, tá bom? Encontre um lugar seguro. —— minha respiração estava ofegante por conta da dor.

—— Você não vem? —— ele franziu o cenho parecendo atordoado.

—— Vai logo, Logan. —— lhe dei um leve empurrão, Logam hesitou mas correu em direção a saída mais próxima.

Fui ao lado oposto de Logan, onde havia visto Cal ir. Me apoiava em destroços e segurava a ferida nas costelas tentando conter uma hemorragia, por sorte o sangramento diminuiu mas a dor continuou.

Cheguei nos corredores que os criados usavam, vi alguns corpos escorrendo sangue vermelho e segui adiante deixando um rastro de sangue prateado. Havia uma cozinha no fim do corredor, a porta estava aberta, formei duas flechas de metal entre meus dedos e entrei dando de cara com uma loira do cabelo curto. Ela usava uma roupa parecida com as dos soldados vermelhos e um pano vermelho cobria seu rosto.

—— Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora. —— a loira recitou.

—— Só por cima do meu cadáver. —— respondi entredentes ainda com a mão na ferida onde ela fitou.

—— Não me parece tão difícil. —— a vermelha debochou, respondi com uma risada abafada.

A flecha dançou entre meus dedos cogitando a ideia de atravessar a carne da loira e deixar seu sangue vermelho machar o chão como um aviso, mas ela foi tão rápida quanto eu sacando sua pistola e atirando contra mim me obrigando a me jogar no chão para não ser atingida.
Meu cotovelo atingiu o chão com força e a ferida voltou a sangrar, a mesa dificultava minha visão mas sabia onde a rebelde estava por ver seus pés por debaixo da mesa. Arremessei a flecha e a ouvi gemer de dor, a fiz voltar como um boomerang e o sangue vermelho era uma prova de que eu havia acertado.
Mas a rebelde não caiu no chão, o corte não foi o suficiente. Segurei em uma barra da mesa e o aço causou uma sensação de prazer ao entrar em contato com minha pele, então joguei a mesa na direção da vermelha que caiu com o impacto.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋 | ᴍᴀᴠᴇɴ ᴄᴀʟᴏʀᴇ Where stories live. Discover now