𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋 | ᴍᴀᴠᴇɴ ᴄᴀʟᴏʀᴇ

❆ 15 | 𝙳𝙾 𝙵𝙾𝙶𝙾 𝙽𝙰𝚂𝙲𝙴 𝙾 𝙵𝙴𝚁𝚁𝙾

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—— Banshee, dois metros! —— o instrutor gritou.

Lancei a espada que havia criado e cortei a garganta do alvo que servia como banshee.

—— Ardente á esquerda!

Jack criou uma correnteza afogando o falso ardente.
Os alvos já tinham sido todos combatidos e o instrutor encerrou o treinamento da manhã. No dia anterior me tornei oficialmente uma sentinela, a cerimônia foi pequena, apenas os outros sentinelas estavam presentes. Ganhei o uniforme da casa Calore junto de uma espada e um rifle com o emblema da casa Samos em cada uma das laterais dos braços.

Minha rotina já havia começado cedo como as dos demais, não teria moleza nem para uma iniciante e como uma magnetrom da casa Samos, seria um trabalho em dobro provar que estou á altura.
Malus contestou minha grande ausência, mas fazia parte do nosso acordo eu seguir minha carreira mesmo sendo a senhora da casa Rhambos, foi o que me fez ceder.

Seria difícil encontrar alguém que me fizesse casar por amor sabendo que o único sentimento que havia tido por alguém não passava de ilusões que insistiam em permanecer nos meus pensamentos. Uma sombra e um calor confortável perdido em minhas memórias.

*

Como Cal havia prometido, me tornei uma sentinela oficial de sua casa. Ficar próxima da rainha Elara me causava calafrios, os olhos dela me encaravam enquanto a reunião na câmara do conselho acontecia. O calor de Cal me prendia ao chão, me sentia segura mesmo que meu trabalho fosse protegê-lo, Cal era como um irmão e nada mudaria isso.
A temperatura da sala caía e aumentava de acordo com o humor de Cal, mas o calor que irradiava do futuro rei não era o mesmo que fazia meu coração acelerar, não era o mesmo das memórias perdidas.

Depois de passar horas tentando me lembrar do rosto nas sombras, caminhei por Archeon e encarei cada homem e mulher que estava ao meu alcance, mas não voltei a me sentir daquele jeito e não conseguia me lembrar de como aquele lindo rosto havia deixado de habitar meu coração.

*

A guarda escarlate se tornou um assunto recorrente fazendo com que o conselho se reúnisse ao menos uma vez por dia. Por mais que não admitissem, os vermelhos estavam dando prejuízos enormes.
Os ataques pioraram desde que o rei obrigou Mare a discursar a favor dos prateados e anunciar as novas emendas.

Como a sentinela oficial de Cal, era meu dever permanecer como uma estátua em sua retaguarda e ouvir aqueles homens arrogantes discutirem sobre uma guerra que não entendiam. Mordi a língua diversas vezes me segurando para não dizer umas boas verdades.

Nada foi decidido, mesmo travando uma guerra há centena de anos, não tinham ideia do que fazer sendo ameaçados em sua própria casa.

Cal ordenou que eu acompanhasse Evangeline em seu dever, ele era gentil comigo o que fazia com que os demais sentinelas e criados falassem a nosso respeito. Por mais que muitos soubessem da nossa amizade, eram as fofocas que entretiam muitos ali.