um começo.

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Quarta-feira à noite, lá estava Jimin, com um cigarro na boca e o isqueiro em sua mão, prestes a queimar a ponta. Não era tão comum o encontrar fumando, mas todos sabiam que o mesmo só fazia quando estava cansado e/ou estressado. Após dar a primeira tragada no maço, Park fechou os olhos, soltando a fumaça para cima. Ele estava precisando de um descanso.

- Pelo o que eu me lembre, você disse que tinha parado com isso. - a voz grossa de Taehyung se fez presente, fazendo o loiro encarar o rapaz, que tinha um sorriso de canto nos lábios.

- Acabei de ser xingado por uma mãe falando que eu era irresponsável por tatuar uma criança, de 19 anos. Acho que eu mereço fumar um pouco.

O de fios azuis tomou o cigarro dos dedos alheios, levando até seus lábios. Jimin assistia a cena em silêncio, mas
estava feliz por ter uma companhia.

Taehyung puxou o mais baixo pela cintura, encostando suas costas na parede enquanto o abraçava; o loiro respirou fundo, encostando a testa no ombro do melhor amigo.

Uma coisa que sempre o agradou, foi o fato de ambos terem o mesmo tipo de afeto. Gostavam de falar quais as suas casas em Harry Potter, debatiam sobre signos, tipos de personalidade e, por último, quais eram a linguagem de amor de ambos. Felizmente, nisso os de cabelos coloridos tinham em comum: ambos amavam o toque físico. Não era estranho encontrar os dois abraçados, de mãos dadas, ou até mesmo fazendo cafuné um no outro.

Por vezes, ficavam em seu mundo paralelo e isolado enquanto conversavam, e sem perceber, acabam fazendo qualquer tipo de toque, seja ele uma espécie de carinho ou até mesmo uma implicância.

- Você deveria parar de se importar com esse tipo de coisa. Aquela irritação não era com você, era pela filha que provavelmente estava em seu momento de rebeldia. - sem que Park percebesse, Taehyung jogou o cigarro no chão, pisando na ponta para que fosse apagado.

- Às vezes eu tento não me importar,
mas é complicado. Eu sei que não tenho nenhuma culpa, mas, nunca é bom você escutar alguém gritando com você.

- Eu sei que você logo esquece o que aconteceu. - o maior apenas deu um sorriso de canto, deixando um beijo na testa do loiro. - Mas não precisa se rebaixar ao fumo só por causa de uma mãe controladora. Nem sua mãe foi assim, e olha que ela já não bate bem da cabeça.

Jimin apenas riu, deixando um tapa fraco em seu braço, antes de deixar um beijinho no ombro do amigo. Após isso, desfizeram o abraço e continuaram conversando, mas dessa vez, algo completamente aleatório que ficaria somente no mundinho de ambos.

No outro lado da rua, Hoseok entrava na mesma cafeteria de sempre, sentando na mesma mesa de sempre, somente porque aquele lugar dava uma visão perfeita do atendente que paquerava há dias. Sempre entrava quando estava perto de fechar, justamente porque o expediente ficava pouco o suficiente para observar o rapaz de cabelos verdes. Ele sempre ficava concentrado no caixa, e às vezes, formava um biquinho no qual o Jung sentia seu corpo inteiro derreter por dentro.

Coincidentemente, seu sabor favorito era menta e sempre pedia milkshake daquele sabor no estabelecimento, poderia julgar que o que lhe chamou atenção de primeira no rapaz, era porque os fios lhe lembravam esse sabor.

Contudo, Hoseok estava determinado a conversar com o caixa naquela noite, vinha ensaiando por alguns dias em como falar com ele, mas decidiu agir da forma como seu coração mandasse.

Levantou assim que terminou a bebida, aproveitando que não tinha escolhido pagar antes e só no final, já que era oportunidade grande para bater um papo com o atendente bonitinho.

- Boa noite! Deseja alguma coisa?

"Seu telefone" o ruivo pensou. Não era tão descarado assim, apesar de que adoraria ser naquele momento. Jung achou que não poderia ficar mais lindo, até vê-lo de perto.

Lost. | kth + pjm.Where stories live. Discover now