18. Woods

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Maeve's POV.

— But mama I'm in love with a criminal, and this type of love isn't rational it's physical.

Cantava a música com uma colher de pau em mãos, como se fosse um microfone.

— Mama please don't cry I'll be alright, all reasons inside I just can't deny. Love the guy.

Continuei a música como se fosse a própria Britney em um show. Cantava e dançava pela cozinha, arrumando as louças que há pouco havia lavado. Já que estava em casa e sem fazer nada, eu ficava responsável por arrumar a casa e o máximo de coisas que podia fazer para ajudar. Pois além de me ocupar um pouco, ajudava meus pais que trabalham tanto e ficam muito cansados no final do dia para fazer qualquer coisa que não seja dormir, cozinhar ou se esforçar para passar algum tempo comigo.

O mínimo que posso fazer é arrumar as coisas, eles merecem.

— Está apaixonada por algum criminoso, Maeve? — indagou minha mãe em tom zombeteiro, enquanto adentrava a cozinha. De susto acabei por deixar a tampa de uma panela cair. Ela riu — Há dias que não canta outra música além dessa.

Caramba! Será que ela desconfia que Billie é uma criminosa ou será que demonstrei muito que sou apaixonada por ela e que estamos iniciando algo?

Certamente meu rosto perdeu a cor. Senti meu corpo começar a tremer e minhas mãos suarem, passei a língua pelos lábios secos e neguei com a cabeça. Tinha que manter a pose de calma, não posso ficar com essa cara de medo, senão ai mesmo que ela vai desconfiar de alguma coisa.

— Ahm? Claro que não, mamãe. — peguei a tampa, então lhe lancei um sorriso amarelo. — Você sabe que eu sempre gostei da Britney.

Ela ergueu uma sobrancelha.

— Hmmm... — olhou-me com intensidade. Puta merda, será que ela desconfia ou descobriu? Novamente fiquei nervosa, o que a fez desatar em uma gargalhada alta. — Credo, Maeve. Parece até que está escondendo alguma coisa.

Mamãe pegou um copo e o colocou para encher na porta da geladeira. Ela não estava me olhando, mas eu estava quase passando mal de tanto nervoso.

— C-claro que não, mãe. Eu não escondo nada de vocês... — de novo sorri amarelo.

— Eu sei que não, meu amor. — Beatrice beijou minha testa. — Você é a melhor filha que eu e seu pai poderíamos ter.

Dito isso ela foi embora da cozinha, deixando-me pilhada e me sentindo culpada, como se fosse a pior filha do mundo, pois, sim, eu venho escondendo coisas dos meus pais e dependendo muito talvez eu venha a esconder ainda mais.

E eu realmente venho cantando muito Criminal da Britney Spears, desde que voltei da casa de Billie há quase uma semana atrás. É muito involuntário, eu paro e quando percebo já estou cantando a música.

Verdadeiramente eu sempre fui muito fã da Britney Spears, sendo Femme Fatale meu álbum favorito dela. E Criminal é um hino global que todos, todos, conhecem. E enquanto fazia o caminho de volta para casa naquele dia eu só conseguia pensar em como essa música se encaixava comigo.

Meus pais sempre me disseram para estar longe de pessoas criminosas, principalmente para não me envolver com algum criminoso. E sei que devo me afastar e, apesar de tudo, eu realmente não posso negar, eu sou completamente apaixonada por essa mulher e sei que ela me ama e que vai estar comigo.

Após terminar de organizar a cozinha fui para a sala e me deitei no sofá, estava no National Geographic, passando um programa sobre cobras. Confesso que não estava prestando muita atenção no assunto.

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