35. Honeymoon Avenue

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Maeve's POV.

Apalpava o ar cegamente, sendo guiada pela minha, agora, esposa. A mão dela estava em minha cintura, sua respiração muito próxima.

— Amor, a gente não vai chegar nunca? — perguntei em um murmúrio chateado.

— Calma, Eve. — murmurou rindo.

— Você está me levando para a morte? — perguntei com uma sobrancelha erguida.

— Claro que não! Acha que eu mataria você?

— Sei lá, Billie. Eu nem sei em que país estamos. — murmurei.

— Calma, vai. — beijou meu pescoço, grudando ainda mais nossos corpos. Acho que estávamos em um elevador.

Depois de sair da festa de casamento nós fomos para o jatinho, onde trocamos de roupa para algumas mais leves e confortáveis. Minha esposa não falou um único "piu" sobre onde estávamos indo, o que me fez ficar extremamente ansiosa. Nem com beijinhos ela abria o jogo. Quando descemos do jato ela cobriu meus olhos com uma venda, a qual se manteve em meu rosto por um bom tempo. Sei que andamos de carro e que entramos em um prédio, mas mesmo assim não sabia de nada.

— Agora anda mais um pouquinho... — havíamos entrado em algum lugar. — agora pode olhar.

Disse por fim, tirando a venda. Meus olhos não acreditaram no que via. Na minha frente estava a Torre Eiffel completamente iluminada. Minha boca foi ao chão de tanta surpresa.

— Billie! — exclamei em surpresa.

— Surpresa, meu amor. — sussurrou no meu ouvido, abraçando-me por trás.

Estávamos na varanda de um apartamento, dava para ver toda a cidade de cima, mas o que mais me chamava a atenção era a Torre Eiffel com suas luzes amarelas, contrastando com o céu escurecido.

— Amor, isso é incrível. — falei maravilhada. — Não acredito que você me trouxe para Paris.

— O que achou, mikró korítsi? — perguntou baixinho.

Virei para minha esposa, sorrindo como uma boba apaixonada. Segurei seu rosto com minhas duas mãos e aproximei nossos lábios, selando-os demoradamente.

— Eu amei, baby. Eu nem acredito que estamos mesmo em Paris. — certamente meus olhos brilhavam.

— Nada mais romântico do que A Cidade do Amor, não é? — perguntou me olhando nos olhos.

— É, nada mais romântico.

Depois disso voltamos a nos beijar. As mãos dela estavam em minha cintura, as minhas em seu pescoço. Nossos lábios se mexiam em uma sincronia perfeita, tudo melhorou quando ela roçou a ponta da língua em meus lábios, os quais abri e nossas línguas se encontraram. Nosso beijo ficou mais urgente, molhado e delicioso. As mãos dela me apertavam sem pudor, ao passo que as minhas unhas arranhavam de leve sua nuca. Quando o ar se fez preciso, separarmos nossos lábios.

— Bill, você sabe falar francês? — perguntei.

— Je parle couramment le français, mon amour. — falou ela acariciando meu rosto com carinho.

— Não entendi nada a não ser "francês" e "meu amor". Mas seu sotaque francês é sexy. — falei com ar risonho. Ela riu e me deu um beijinho de esquimó.

— Eu sou fluente no francês.

— Quantas línguas você fala afinal? — estava surpresa.

— Algumas. — sorriu. — Você vai descobrir em algum momento. Mas eu falo alemão também, gosto de fazer negócio na Suíça e Alemanha, saber a língua é importante.

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