Desde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean Cameron. Mas nunca se enxergaram com outros olhos, apenas se viam como amigos. Até que um momento, no baile de primavera, Dean percebe que...
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PRESENTE:
O departamento está calmo pela manhã. Estou em minha sala, terminando os relatórios dos últimos casos para entregar ao capitão Saunders e neste último mês é o que mais tenho feito. O machucado em minha perna, por conta do acidente, me privou de participar das ações e preencher relatórios tem se tornado o ocupador do meu tempo.
No entanto, olhar para o local do meu ferimento e ver que estava curando mais rápido do que imaginei, me fez sentir um friozinho na barriga, por ter certeza de que minha volta ás ruas estava muito próxima, mas isso era apenas oitenta por cento de felicidade, os outros vinte por cento de mim, ainda estava chateado por não estar mais presente no caso dos Skulls.
Não demora muito para que eu me distraia dos meus afazeres ao encarar um quadro com uma fotografia minha e de Maya Grace em cima de minha mesa, a primeira que tiramos juntos em uma sorveteria, após a nossa formatura do colegial. Ela comia uma colher enorme de sorvete e lambia os lábios mostrando o quanto é gulosa. Foi tão espontâneo, Maya Grace nunca teve vergonha em comer ou ficava em uma dieta sem fim, comia sem culpa. Ela brincava que as calorias adquiridas no dia, queimávamos na cama com um bom sexo e eu simplesmente gargalhava todas as vezes que dizia isso.
Um sorriso enorme se forma em meu rosto, porque olhá-la leva os meus pensamentos ao dia anterior, lembrando-me do quanto havia ficado feliz por simplesmente do nada Antoine Cadault, um famoso crítico de arte, aparecer na exposição de artes do Asilo Springs e elogiar grandiosamente os seus quadros e ainda oferecer-lhe a proposta de expor em Nova York pela sua galeria.
