Reflexão 41

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◾Juízes 9
8. Certa vez, as árvores se puseram a caminho para ungir um rei sobre elas. Disseram à oliveira: 'Reina, pois, sobre nós!'
9. Entretanto, a oliveira declinou alegando: 'Renunciaria eu ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, a fim de me colocar por sobre as demais árvores para dominá-las?'
10. Então, as árvores dirigiram-se à figueira: 'Vem tu, e reina sobre nós!'
11. Mas a figueira lhes ponderou: 'Poderia eu abandonar minha doçura e a boa produção do meu fruto no tempo certo?
12. E as árvores partiram em busca da videira e a convidaram: 'Vem tu, e reina sobre nós!'
13. Contudo, também a videira lhes afirmou: 'Iria eu deixar de gerar meu vinho novo, que tanto alegra os deuses e os homens, a fim de erguer-me por sobre as demais árvores para governá-las?'
14. Sendo assim, todas as árvores rogaram ao espinheiro: 'Vem tu, e reina sobre nós!'
15. Então, o espinheiro aquiesceu, mas advertiu as árvores: 'Se de fato desejais ungir-me rei sobre vós, vinde e abrigai-vos sob a minha sombra. Caso contrário, sairá fogo dos meus espinheiros e devorará até os cedros do Líbano!

◾Tema: A fábula das 4 árvores.

A fábula de Jotão, contada no capítulo 9 do livro de Juízes trás inúmeras lições para nós.
A fábula é um gênero caracterizado por ter uma narrativa curta, em que geralmente animais são os personagens principais e representam características humanas e, no fim, apresenta-se uma moral.
A fábula é uma narrativa de caráter ficcional e que usa a alegoria para construir seus sentidos e por fim, oferecer ensinos.
Os animais ou outros objetos que são personagens, possuem características humanas, como a ganância, a preguiça, a inveja, a sabedoria, a astúcia etc.
Por meio dessas características, as personagens movimentam-se e a história desenrola-se, levando à construção de um ensinamento.
A fábula pode ser contada oralmente!!
Sabemos que há diferentes versões de uma mesma história, o que não compromete a sua função, que é a de levar as pessoas a refletirem sobre o comportamento em sociedade.
-E a parábola?
A parábola é uma pequena narrativa que usa alegorias para transmitir uma lição moral.
Jesus usava muito este maravilhoso meio pedagógico.
As parábolas, por exemplo são muito comuns na literatura oriental e consistem em histórias que pretendem trazer algum ensinamento de vida.
Possuem simbolismo onde cada elemento da história tem um significado específico.
Na fábula de Jotão, encontrada no texto de Juízes 9, as árvores convidadas para reinar sobre as outras árvores representavam os filhos de Gideão que foram chamados para reinar sobre os homens daquele lugar, e que declinaram do pedido.
O espinheiro que se convidou para reinar sobre as árvores e que logo fez ameaças a elas, claramente representava Abimeleque, um outro filho de Gideão que causou muita dor e destruição antes de sua morte.
-O que Jotão desejava ensinar com essa fabulosa parábola?
Jotão queria dizer que uma pessoa produtiva como aquelas árvores, estariam ocupadas demais fazendo o bem para querer se incomodar com poderes políticos que poderia no fim das contas, corrompe-las.
É interessante notar que as pessoas produtivas, quase sempre não buscam posições superiores, antes querem seguir produzindo o bem por onde passam, porque isso é o que as move, e elas sabem que as posições superiores podem tirar esse poder delas e as fazerem perder seu propósito, prestígio ou identidade.
-Você já percebeu que por melhor que a pessoa seja, se ela alçou vôo para a área política, seu prestígio e sua moralidade são questionadas?
Mesmo sendo pessoas honestas são tachadas com pessoas de índole duvidosa ou suja por causa dos péssimos testemunhos e serviços de quem fez, faz ou fará parte do sistema!
É inevitável!
Pessoas com bons testemunhos e de boa virtude moral geralmente optam em se afastar dessa área!
No entanto, uma pessoa sem importância alguma, ficaria feliz em aceitar tal honra, mas é notável que tal indivíduo destruiria as pessoas ou ainda, o lugar que governasse.
Foi assim com Abimeleque!
Isso quase sempre acontece nos dias de hoje!
A Bíblia nos mostra que Abimeleque, como espinheiro, não poderia oferecer segurança e proteção alguma a Israel, mas alguns indivíduos creram que ele era a solução para os problemas, e foram estes os primeiros a sofrerem os golpes do espinheiro.
-E qual foi a obra final do espinheiro?
◾Juízes 9
42. No dia seguinte, o povo de Siquém saiu pelo portão da cidade e se dirigiu aos campos, e Abimeleque ficou sabendo disso.
43. Então tomou sua gente, dividiu-a em três companhias militares e se pôs em emboscadas pelos campos. Assim que avistou o povo deixando a cidade, levantou-se contra eles e os exterminou.
45. Abimeleque desferiu violento ataque contra toda a cidade durante o dia inteiro. Depois de possuí-la, dizimou impiedosamente seus habitantes, destruiu toda a cidade e espalhou sal sobre ela.
46. Assim que souberam destas notícias, todos os líderes e cidadãos que estavam na torre de Siquém refugiaram-se na fortaleza do templo de Bet-El-Berit, Baal-Berite.
47. Logo que Abimeleque foi informado que o povo se havia reunido lá,
48. ele e todos os seus homens subiram ao monte Zalmom. Ele apanhou um machado, cortou um galho de árvore e o colocou sobre os ombros. Em seguida ordenou aos seus comandados: "Depressa! Como me vistes fazer, fazei-o agora mesmo vós também!"
49. Todos os seus homens cortaram cada qual o seu galho, e seguiram a Abimeleque. Amontoaram os galhos sobre a cripta e os queimaram sobre os que ali se haviam escondido. E assim pereceu todo o povo que havia se refugiado na torre de Siquém, cerca de mil homens e mulheres.
50. Depois Abimeleque avançou sobre a cidade de Tebes, cercou-a e tomou-a.
51. Havia no centro da cidade, uma torre fortificada, onde se refugiaram todos os homens e mulheres e todos os líderes da cidade. Tendo fechado a porta atrás de si, subiram ao terraço da torre.
52. Abimeleque aproximou-se da torre e a atacou. Ao chegar próximo da porta da torre para lhe atear fogo,
53. uma mulher jogou sobre ele uma pedra de moinho que o atingiu na cabeça, rachando-lhe o crânio.
57. Deus fez igualmente que todos os cidadãos de Siquém pagassem por toda a maldade deles. Desse modo, cumpriu-se sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.

A obra do espinheiro foi muita morte e destruição. A parábola de Jotão se concretizou de forma definitiva quando Abimeleque destruiu a cidade de Siquém, queimou a torre de Siquém, conhecida como a cidade de Bete-Millo (Juízes 9.20) e por fim foi morto em Tebes. Juízes 9.53-54.
Antes de morrer, no entanto, Abimeleque, o espinheiro da parábola, causou muita dor e destruição. Espinheiros na política e na liderança fazem isso!
Jotão contou ao povo sobre as árvores para ajuda-los a definir sobre prioridades concretas, pois preocupado com o povo, Jotão não queria que eles nomeassem um líder de baixo caráter, como Abimeleque, e foi exatamente o que eles fizeram, e é o que quase sempre fazemos.
Quando servimos em posições de liderança devemos examinar nossas reais motivações.
-Será que desejamos apenas se envolver para ajudar, ou será só uma busca por prestígio e poder?
Na parábola as boas árvores escolheram ser produtivas e trazer benefícios reais para o povo. Certifique-se diariamente de que sejam estas também suas motivações e prioridades para aspirar liderança. A realidade profunda da parábola de Jotão mostra a mais dura crítica a busca ao poder político onde fica claro que somente aqueles que nada produzem é que se prestam para exercer o poder, e a segurança que eles dizem oferecer, não passa de uma armadilha contra a liberdade do povo. Esta fábula mostra que será o próprio povo a arcar com as consequências de suas próprias decisões. Sempre é o povo!

◾Que a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja com todos nós!◾Amém!!

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◾Que a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja com todos nós!
◾Amém!!

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