O primeiro amor de Park Sunghoon

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Capítulo 31



— A apresentação do Sunoo é nesse final de semana...

Sunghoon estava jogado no sofá da sala da casa de seus pais, havia um bico em seus lábios e um ar de cansaço no rosto. No último mês, as coisas apenas ficaram piores.

— Por que você parece tão desanimado? — Sua mãe deu uma risadinha.

— Eu o perdi... Sunoo não quer mais saber de mim, ele está apaixonado por aquela pessoa...

A verdade era que no último mês os dois mal se viram. O bailarino estava ocupado com os treinos e andava com Taehyun de lá para cá o tempo todo. Até mesmo coisas que Sunghoon tinha previamente oferecido foram negadas, como a ajuda para a confecção de sua malha para a apresentação. Aparentemente, Taehyun já tinha indicado alguém. Isso só foi deixando Sunghoon mais e mais irritado e com o passar dos dias se deu por vencido e se afastou. Não valia a pena ficar correndo atrás e se humilhando quando estava claro que o mais novo tinha seguido em frente. E no fundo, Sunghoon achava que merecia isso, não tinha sido ele mesmo que terminou o namoro? Não foi ele que passou um ano com Jake sem nem saber da existência do outro? Pelo visto, o reencontro tinha ocorrido apenas para puni-lo.

— Ah, meu filho está tão triste! — Sua mãe apertou sua bochecha e riu. — Acho que tenho algo que pode te animar.

Ela o pegou pela mão e o carregou consigo até a garagem nos fundos da casa. Sunghoon não entendeu o que poderia animá-lo, até que viu que haviam dois carros onde sempre havia apenas um.

— Seu pai e eu compramos um carro novo, então reformamos o velho mustang conversível para você. — Ela jogou as chaves do carro nas mãos dele. — Como você recentemente tirou sua carteira, achamos que gostaria de ter seu próprio carro.

Assim que ouviu aquilo, Sunghoon nem acreditou. Ele tinha feito a autoescola e recebeu sua carteira de motorista há alguns meses, mas não tinha dinheiro para investir em um carro agora, por isso estava pensando em arranjar um emprego para tal finalidade, mesmo que a faculdade o estivesse matando. E então, do nada, estava segurando as chaves do mustang preto de seus pais, carro no qual viajou milhares de vezes na infância.

— É sério? Sério mesmo? — Ele estava chocado.

A mulher deu uma batidinha nas costas dele.

— Vá dirigir por aí e tire esses pensamentos ruins da sua cabeça.

Sunghoon deu um abraço apertado na mãe e correu para pular dentro do carro. Ele o ligou e sorriu ao ouvir o barulho do motor. Já estava se imaginando dirigindo pela rua da praia com os cabelos ao vento, cantando junto de sua música favorita. Por causa disso, seu humor tinha ficado muito melhor.





Jake teve um mês similar ao do amigo, mas ele não estava triste. Heeseung e ele conversavam depois dos treinos e quando se encontravam nos corredores, o capitão parecia o mesmo de sempre, sorridente e sempre pronto para lhe dar uma lição quando precisasse. Jake tinha prometido que não ficaria dando em cima dele, então apenas fazia pequenas investidas doces para se manter presente, como lhe jogar um chocolate no fim dos treinos.

Ele estava pacientemente esperando que o outro se sentisse melhor, quando algo inesperado aconteceu. Jake estava caminhando pelo corredor da universidade com o celular em mãos quando recebeu uma mensagem no grupo do time de rúgbi. Para sua surpresa, um dos garotos avisou que o pai de Heeseung tinha falecido noite passada e eles deviam comparecer ao velório nesta tarde. A notícia inesperada o fez travar os passos no meio do caminho, como assim o pai de Heeseung tinha falecido?

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