Capítulo 13

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- Pra  onde  estamos  indo?

Disse ela ao observar  que  não era a rota usual para  o flat.

- Estamos indo pra  minha  casa.

- E porque?

Quis  saber.

- Porque  você precisa  ficar segura.

- Mas...

Eu  a  interrompi.

- Não  se atreva  a dizer que está segura  porque  hoje eu não  tenho  mas  nenhuma gota de paciência  pra ser  desperdiçada com seus  discursos sobre independência.

- Mas eu não  trouxe nada.

- Tônia e Zalensk foram  buscar  suas  coisas enquanto você estava no hospital.

- Darius eu...

- Sem discussão Nathalie  , você  eu  não somos  inimigos não possível que  você não  consiga  passar  um tempo em minha  casa  sem enfartar.

- Do que  está  falando?

- Fique  comigo até  pelo menos  nossa  bebê  ter  alguns meses de  vida, assim eu posso te ajudar no inicio e você  vai  ter  um lugar confortável e seguro. Vamos  ser honestos, a  doutora  Gail disse que  depois do sétimo mês  o bebê pode  nascer  a qualquer  momento porque  crianças  também  nascem  prematuras. Já imaginou entrar em trabalho de parto no meio de  uma  reforma?

- Eu pensei numa  casa  pronta.

- Qualquer  casa  que  você  for  vai precisar  de uma  pequena  reforma, além do  fato de que  são as últimas  semanas ... Você  precisa  ficar saudável e  tranquila e não correndo pra cima e pra  baixo  sofrendo  tentativas  de ataques  e  sequestros a todo  tempo.

- Eu  acho que  você está certo.

Eu  sabia que estava mas  não era hora pra eufemismos.

- Fique aqui, você  tem o seu  quarto... O quarto da  nossa  bebê está em construção, você  pode  dar os toques finais e ficar por  quanto  tempo você quiser. Quando  chegar a hora de ir eu não  vou te impedir  assim como  não  fiz  da última  vez.

- Acho que um pouco mais de ajuda  não será ruim.

Foi a última  coisa que ela  disse  antes de recostar a cabeça no banco  do  carro  e  ficar em  silêncio enquanto íamos  pra  minha  casa.

Quando  chegamos a ajudei a deitar e Tônia  fez o resto. Eu decidi  tomar um banho e dormir porque  amanhã eu teria  uma  conversa  pra acertar com Jeff  Bass e essa palhaçada de ciúmes dele acabaria  no mesmo momento.

- Bom dia, preciso  falar  com Jeff Bass.

Disse ao  chegar no escritório dele  na manhã seguinte. Nathalie  estava  dormindo quando  sai mas eu lhe  deixei uma  mensagem pedindo que  não  fosse a empresa  hoje e esperava que  pelo  menos  uma  vez ela  seguisse  minhas  instruções.

- Ele  já  vai receber o senhor . Disse a secretária  me  conduzindo a sala  principal,  no  caminho  cruzei com o homem que estava  no hospital ontem  mas  ele  não me  cumprimentou.

- A que  devo  sua  visita  senhor  Cross?

Jeff  perguntou em tom de deboche.

- Eu disse que  não queria Nathalie  trabalhando em um turno extra aqui.

- Por  mais que  você esteja pagando  bem você  não pode  solicitar exclusividade de nossos  funcionários.

Eu deveria ter  pedido que Dixon ficasse por  perto, ao menos  teria  alguém pra me  impedir de  partir  a cara desse idiota.

- Você  sabe o que aconteceu ontem não  sabe?

- Do que  está  falando?

- Seu pessoal  não avisou que Nathalie  sofreu uma  tentativa de  sequestro?

- Eu preciso ouvir  dela  mesma  o que  aconteceu.

- ESCUTE  BEM!

Meu autocontrole havia  ido por  água abaixo. - ESSE FOI O ÚLTIMO DIA  QUE  NATHALIE  TRABALHOU NESSES MALDITOS TURNOS  EXTRAS ESTÁ ENTENDENDO?

- O que está acontecendo  Cross?

- Você disse que precisa ouvir  da boca  dela? Um completo estranho entrou aqui e se não fosse  seu  funcionário ter  voltado pra  buscar  um maldito pen drive agora eu estaria louco por ai tentando encontrá-la com vida.

- DO QUE ESTÁ FALANDO?
Ele  rosnou pra min.

- ESTOU DIZENDO QUE SE  VOCÊ QUER  DEMITIR A NATLHALIE VOCÊ  VAI  FAZER QUANDO ELA  ACABAR MEU PROJETO E ELA  VAI PODER  MANTER O  NOME EM TUDO  QUE ELA  JÁ  TRABALHOU ATÉ  AGORA, PARE COM ESSES JOGUINHOS E PARE  DE COLOCAR  A VIDA  DA MINHA  FILHA EM RISCO!

- O QUE ESTÁ  DIZENDO  CROSS?

- QUE SE VOCÊ ARRISCAR A VIDA DA MINHA  MULHER E  DA MINHA FILHA  OUTRA  VEZ PELO SEU PRÓRPIO CAPRICHO NÃO  VAI MAIS PRECISAR SE PREOCUPAR EM GERIR A SEDE DE LONDRES PORQUE  NÃO  VAI TER O QUE  GERIR.

Jeff Bass parecia chocado ao ouvir  minhas  últimas  palavras, eu estava chocado com o que  sai da minha  boca; Nada daquilo havia sido planejado eu apenas disse.

- Então  você é o pai...

Ele quase sussurrou.

- Eu não estou aqui  pra discutir assuntos  pessoais  com você, apenas  quero que  saiba minha  posição em  relação a o que está  fazendo; A um longo  tempo observo a jogada  qual está fazendo , você  não quer mais a Nathalie  no seu escritório então está a forçando a desistir. Eu já  queria  ter  tido um  conversa com você mas ela disse que estava tudo  sob controle então acreditei mas não depois de ontem...

- Isso  não  vai acontecer  outra  vez.

Ele me interrompeu seco.

- Claro que  não vai, porque  você  vai  fazer o que  tem de  fazer. Pelo menos  uma  vez na vida haja como  um homem e não como  um garoto que quer  controlar  tudo a sua  volta porque é isso que eu  tenho observado nos  últimos  meses.

- Você  não pode  falar  assim comigo  Cross.

- Você  sabe  que eu estou certo Jeff, quando nos  conhecemos  parecia que Nathalie era a peça  mais  valiosa  do seu tabuleiro  ao ponto que  você me fez somente enxergar nela a única opção para o que  eu queria e de fato agradeço porque o projeto está incrível mas depois que ela  ficou  grávida  parecia que  você  queria apenas puni-la. Ah Bass, nós  dois  sabemos o nome disso.

- eu não sei do que está falando.

Ele pareceu ultrajado.

- Sabe sim... Mas eu não  vim aqui  pra  falar disso e  o que eu tinha  pra dizer  você  já sabe.

Deixei deu escritório e enquanto entrava no elevador pensei em como eu resolvi um problema arrumando outro maior ainda; De qual maneira poderia explicar a Nathalie que acidentalmente disse que ela era minha mulher? Ela enlouqueceria, e se mais  alguém tivesse ouvido ou se o próprio Jeff Bass decidisse por  raiva abrir  o bico pra algum  tabloide ? parece que eu estava  mesmo destinado a não ter um minuto de paz.

- Senhor...

Dixon me acordou dos  devaneios ao entrar no carro.

- O que  foi?

- Temos  um problema , ela está aqui.

Droga. Isso não poderia  ficar  pior.

- Aqui nesse prédio?

- Não , na sua  casa e parece que está  tendo  problemas com a senhorita Millano.

- Vamos  pra  casa então.

Parece que  hoje  seria mesmo meu fim.


Então somos TrêsWhere stories live. Discover now