Capítulo 11- Teimosia e orgulho

789 82 1
                                    

Um clarão da ponta da lança nos deixou sem ver a barraca e Gandalf. Apenas uma imensidão branca. Podia sentir as pequenas jaos de Bilbo repuxar minha calça com medo.

— Vai demorar? — Perguntou o hobbit.

Eu não me distrai com a pergunta, sabe os deuses o que aconteceria se eu perdesse o foco.
  Quando a luz começou a diminuir pode ter a certeza que havíamos chegado. O cristal sussurrou para mim que havíamos chegado. Seu brilho diminui e voltou a se camuflar e ficando parecido com ferro.

— Chegamos. — Disse a Bilbo.

Nossos pés estavam nas rochas da montanha solitária, um pouco para o lado e para cima de onde os anões estavam. Na frente deles, estavam Bart e Thranduil tentando barganhar com Thorin que se mantinha firme e forte.

— Então o que me diz? — Peeguntou Bart.

— Me render para vocês roubarem o que eu tenho por direito. Nunca. — Disse Thorin friamente.

— Bilbo, vá até eles. Ficarei aqui.

— Será que nos virão? — Perguntou preocupado.

— Eles estão mais preocupados em discutir o tamanho das cabeças do que olhar para cima. — Zombei.

Bilbo ficou meio atordoado com minha palavras. Dei um pequeno riso com sua careta.

— Quer carona? — Perguntei.

— Não, nos vemos daqui a pouco e sem guerra. — Disse ele colocando a mão no bolso da calça e desaparecendo.

— Esse hobbit ainda vai nos trazer problemas com esse truque. — Disse olhando para o espetáculo que estava sendo a discussão.

Mesmo com um ódio profundo que estava sentindo por Thranduil, não podia parar de notar o quão belo era aquele elfo. Mesmo com uma teimosia e orgulho feroz, meu peito se aquecia com ele.
Vi que a coisa começou a ficar tensa quando o barqueiro mostrou a pedra Arken e Thorin percebeu que Bilbo havia dado para ele. Thorin armou um arco e flecha em direção ao elfo.
Meu peito ficou pesado e minha boca seca.
A flecha acertou perto do alce que Thranduil montava.
Thranduil se irritou. Eu podia estar longe, mas eu podia sentir.
Com um aceno de mão os elfos estavam se preparando para atacar.
Sorri, com duas batidas do meu cajado na pedra um muro de pedra se ergueu entre eles.
Todos ficaram atordoados, olhando ao redor tentando achar o responsável por aquele muro.
Dei um pulo para fora de onde estava, com ajuda do cajado o vento me impedia de cair em queda livre e flutuar até a parte de cima do muro.

— Olá, rapazes. Acho que essa briguinha já foi longe de mais. — Disse olhando principalmente para Thranduil.

— Morgana, Morgana. — Disse Thranduil. — Quem lhe deu isso?

— Ah, um velho amigo meu.

— Gandalf. — Respondeu Thorin do outro lado do muro.

— Acertou, meu bom companheiro. — Disse para ele. — O ouro não lhe fez bem. Mas depois resolvo isso. Agora barqueiro me de essa maldita pedra.

— Para que? — Perguntou Bart.

— Podemos dizer que agora por precaução. — Disse ele.

— E se não dermos? — Perguntou ele olhando para Thranduil.

— Daí teremos problemas. — Avisei.

Thranduil sorriu com minha fala.
  Bart estava pensativo mas antes de qualquer pensamento pudesse ocupar sua mente, um estrondo nos assustou.
Um exército de anões.

— Eu juro que quando isso acabar eu vou querer uma belas de umas férias. — Disse para mim.

Pulei do muro e ele foi ao chão, já não iria servir mais para impedir um confronto. Fui para o lado do alce de Thranduil.

— Me dá uma carona? — Perguntei para ele.

— Pelo jeito teve de baixar seu orgulho. — Disse esticando a mão para mim.

Peguei na sua e consegui montar no alce, enlacei a cintura do rei elfo.
O vento sussurrava oara mim que orcs estavam chegando.

— Thranduil e Bart, separarem seus homens, metade segurem um pouco os anões e a outra metade se prepare.

— Para que? — Perguntou o humano.

— Orcs a caminho. — Disse para eles.

— Isso será um massacre. — Disse Bart me dando a pedra Arken, a qual eu guardei no bolso interno da blusa.

— Mas será pouco, se não impedimos eles agora. Se preparem, a batalha dos cinco exércitos irá começar e poderá mudar o curso de nossa história vomitar o resultado. — Disse tendo várias visões de possíveis desfechos da batalha, poucos eram promissores.

A Canção da Floresta - Thranduil Onde as histórias ganham vida. Descobre agora