Romance With A Drake | Tom Holland

Capítulo 12

***

Nathan

Chegamos ao centro da cidade e subimos para um lugar turístico onde Sullivan queria conversar comigo.

-- Nathan, quero que veja uma pessoa.

-- Ok. -- fiz que sim com a cabeça. -- E quem seria?

-- Bom, lembra quando me perguntou sobre a cruz lá no carro e acabei dizendo "Depende de quem está perguntando?" -- concordei com ele. -- Pois bem, descobri que Braddock é parente de uma pessoa, na qual, eu estava interessado em chamar para nosso lado e nos ajudar em nossa busca, porque Braddock não liga para essa pessoa pelo que me disseram, na maioria das vezes a usa para satisfazer suas crueldades, então antes de nos encontrarmos no aeroporto, liguei para essa pessoa e negociei com ela para que me ajudasse.

-- Poxa que legal Sully, mais um integrante para nosso grupo, ou melhor, trio. -- sorrio.

-- Mas não sei se você vai gostar muito.. -- ouço passos de uma pessoa chegando até nós e Victor para de falar no momento que ela chega.

-- O que? -- pergunto olhando para a garota do bar e para Victor. -- Não sabia que ela era a sobrinha de Braddock e muito menos passaria na minha cabeça que você a chamaria para prosseguir a busca conosco.

-- Victor, você não me disse que o Nathan estaria junto com a gente! -- ela fala em um tom de voz que até me causou arrepios.

-- Ah por favor, não sejam crianças.. Não avisei nenhum de vocês, porque sabia que iriam agir dessa forma.

-- Foi errado da sua parte, Sullivan. -- ela cruza os braços.

-- Está dizendo que a culpa é minha? -- ele pergunta.

-- Exatamente! -- ela responde totalmente segura de si.

Nesse momento, a observo por inteiro. Ela está usando uma saia vermelha com blusa regata preta e uma jaqueta jeans. Ela fica linda de qualquer jeito.

-- O que? Acho melhor você colaborar, S/n. -- Sullivan diz a.. S/n? Esse é o seu nome? Combina muito com ela.

-- Quando se trata de negócios devemos passar credibilidade aos nossos parceiros e acho que você não entende muito sobre isso, não é? -- ela retruca.

-- Ô gente, dá pra acalmar os animos aí só um pouquinho? -- digo tentando amezinar a situação.

-- Nate está certo, não podemos agir com cabeça quente. -- Sully diz e espera um pouco.. ele me deu razão?

-- Quer dizer então que está concordando comigo? -- falo me virando para ele.

-- É isso aí, mas agora preciso que vocês dois se resolvam para conseguirmos dar andamento em nossa busca.

-- Tudo bem. -- respondo virando-me para S/n.

-- Depois que Nathan agiu comigo daquele jeito no leilão, eu não sei se estou pronta para ter essa conversa com ele.. -- O que ela acaba de dizer é como se eu tivesse levado três facadas no peito. Não imaginei que estava tão chateada assim comigo.

-- S/n para de drama, por favor. -- Sullivan diz a ela.

-- Ok.. -- ela responde e saí andando.

-- Não acredito que ela fez isso. -- Victor fala colocando as mãos no quadril. -- Nate, vá atrás dela.

Assenti e fui atrás de S/n, mas acredito que ela tenha percebido que estou a seguindo e começou a fugir de mim. Ela corre tão rápido que quase a perco de vista.
Não queria que as coisas chegassem a esse ponto e claramente não precisava de tudo isso, um simples diálogo vai esclarecer muitas coisas.

A vejo entrando dentro de um carro, mas antes que ela conseguisse encaixar a chave, eu a impesso.

-- S/n, por favor me escuta, sei que fui um completo idiota ao tomar aquela atitude com você..

-- Foi perceber isso tarde demais. -- ela diz ligando o carro e eu continuo na frente dele.

-- Por favor, não complique mais, eu apenas fiquei chateado por você ter omitido coisas de mim.. Assim como eu fiz com você. Deveríamos ter sido honestos um com o outro desde o início e não ter feito brincaderinhas bobas onde o interesse está envolvido. Então, acho que ambos devem desculpas.

-- Acha mesmo que eu devo te perdoar, Nathan?

-- Seria o certo da sua parte! -- Victor chega perto de nós. -- Não aja com infantilidade, mocinha.

-- Você não é minha tia para ficar me dando ordens. -- ela retruca.

-- Mas foi você quem escolheu ser minha parceira de busca.

Olho para Victor e dou um sorriso discreto para que ela não veja, saio da frente do carro e me aproximo da janela onde ela está sentada.

-- Olha, eu não sei o que fez você decidir em caminhar conosco nessa aventura, e também nem pretendo saber, mas quero que fiquemos bem um com o outro.. -- digo e ela me olha com piedade.

-- Talvez no fundo eu queira me entender contigo. -- ela responde e isso conforta meu coração.

-- Você me perdoa, S/n? -- como gosto de pronunciar o seu nome.

-- Entra aqui, vamos conversar. -- ela indica o banco ao seu lado para que eu sente.

***