30. O homem da jaqueta verde musgo

274 30 126
                                    

AVISO: Sem aviso hoje galeris. :)

Yoon Haneul sabia que coincidências existiam, mas depois de tudo que ela havia passado, era impossível que ela não achasse estranho ela encontrar alguém assim. O homem, que agora sabia que se chamava Ahn Siwoo, puxou uma cadeira e a ajudou a sentar.

- Você não deveria ter saído na chuva. Vou ver se encontro algum pano por aqui. - ele disse entrando com familiaridade dentro da casa, voltou do que poderia ser a lavanderia com uma toalha velha. - Pise aqui.

- O que você está fazendo aqui? - Haneul foi direta, e embora não demonstrasse estava nervosa e seu coração batia acelerado.

- Estava na dúvida se seria você ou não a garota que eu ajudei ano passado, você cortou o cabelo, está diferente. - ele deu um sorriso gentil. - Eu moro aqui, algumas vezes vou até Seul aos fins de semana para fazer alguns favores para os moradores aqui do bairro. Com o tempo você vai notar que a maioria já são idosos, e essas viagens a capital ficam cada vez mais cansativas para eles.

Haneul assentiu sem nada a dizer, nem se ela quisesse conseguiria relaxar, por mais que ele tivesse a ajudado sem pedir nada em troca. Por experiência própria sabia que pessoas más poderiam ser gentis também, no entanto, agradeceu o fato dele não ter perguntado de volta o por que de ela estar ali.

- Bom, a casa não é muito grande. Aqui fica a sala e a cozinha, no lado esquerdo, próximo aos armários tem uma porta de acesso a lavanderia. Seguindo o corredor, na porta a esquerda temos o primeiro quarto, em frente dele o banheiro, e a porta no fundo do corredor temos o segundo quarto, que é um pouco mais espaçoso que o primeiro, e tem uma porta de acesso ao banheiro de dentro do quarto também. - ele disse cruzando os braços e se apoiando na bancada.

- Certo. - Haneul disse passando esfregando os braços com as mãos. A chuva ainda não tinha passado, e ela precisava trocar de roupa, mas suas malas estavam dentro do carro.

- Você deve estar com frio. - ele disse e coçou a cabeça depois de pensar por uns instantes. - A chuva não vai parar tão cedo e você precisa se trocar, comer e etc. Posso pegar as coisas pra você no carro, acho que mesmo se não tivesse chovendo, a pessoinha aí não ia deixar você subir aquelas escadas com uma mala. - Siwoo apontou para a barriga dela.

A garota olhou para ele chocada, não esperava tanta sinceridade vinda de um desconhecido, e sua voz serena deixava tudo tão natural, que parecia que o homem a conhecia há anos. Mas ele não deixava de ter razão, estava no ultimo trimestre de gravidez, e devido ao descolamento da placenta, ela não podia arriscar fazer tanto esforço depois de dirigir por horas. Suspirou, não satisfeita com a ideia de ter que começar a vida em outra cidade já dependendo de alguém, mas não era algo que ela pudesse evitar. Tirou a chave do bolso do casaco e jogou para ele.

- Fica sentada aí, eu não demoro. - Siwoo falou colocando a capa de volta.

***

Siwoo desceu as escadas com agilidade indo em direção ao carro, antes de abrir deu uma pequena olhada na roda, que estava imprestável. Amanhã resolveria isso, não que tivesse a obrigação, mas seria difícil para ela resolver todas as coisas sozinha e com a barriga daquele tamanho, então já que podia, faria isso. Balançou a cabeça se perguntando quem seria o pai daquela criança e por que ela estaria ali sozinha. Abriu a mala do carro e retirou as duas malas que haviam lá dentro, ainda restava algumas sacolas e uns presentes, que pela embalagem parecia ser algo para o bebê. Esses ele preferiu deixar para pegar no dia seguinte, para evitar que molhassem.

Depois de pegar as duas malas, abriu a porta do motorista e viu que a bolsa dela estava no banco do carona. A pegou e voltou correndo com as duas malas, estavam pesadas e precisou usar bastante força para subir as escadas. Abriu a porta e a jovem continuava sentada onde a havia deixado.

Strangers from... Heaven?Where stories live. Discover now