Capítulo 4 - Apenas Amigos

15.3K 1.4K 637
                                    

Já fazem quase 2 semanas que Lorenzo esta ficando aqui em casa.

Minha madrasta está soltando fogo pelas ventas e não vê a hora de ele sair daqui, enquanto eu não vejo a hora de ela sair daqui.

Lorenzo está indo super bem ajudando meu pai no trabalho.

Certa vez, no jantar, meu pai comentou em como Lorenzo era habilidoso para matar os bichos quando estavam em situações complicadas.

Tem sido bem difícil conciliar o trabalho e o estudo, mas Lorenzo não desiste e eu tenho o ajudado muito. Quando ele chega ficamos estudando juntos e eu o ajudo com alguns trabalhos, o que tem sido ótimo pra mim, pois assim eu acabei aprendendo matéria do terceiro ano e isso tem me ajudado muito na escola e vai ajudar mais ainda no próximo ano.

Acabo pegando no sono em cima dos nossos livros enquanto Lorenzo vai ao banheiro, mas sou acordada em seus braços enquanto ele me carrega e me coloca na cama.

Eu seguro seu braço antes que ele vá embora.

- Fica um pouco comigo, por favor? - Peço.

- Samyra... Seu pai não vai gostar disso. - Ele alerta.

- Só um pouco. - Peço e solto um espirro. - Acho que estou ficando resfriada devido ao frio.

- Você sente alguma coisa? - Ele coloca uma mão na minha testa para checar a temperatura, parece genuinamente preocupado. - Está um pouco quente, vou pegar uns remédios, quer algo pra comer?

- Não, estou bem... Pegue apenas algo para gripe.

Ele vai e volta alguns minutos depois.

- Aqui. - Me entrega água e um antigripal.

- Obrigada, Lorenzo.

- Não precisa me agradecer, eu sou o único que precisa te agradecer aqui.

- Oras, deixa disso, Lorenzo! - Digo e depois engulo o comprimido tomando generosos goles de água. - Fica um pouco comigo?

- Tá bem. - Ele diz tímido e se senta no chão ao lado da minha cama.

- Lorenzo, você não sente falta dos seus pais?

Ele enrijece visivelmente, não gosta de falar dos pais.

- Não. - Diz simplesmente.

Decido mudar de assunto.

- O que você quer ser quando crescer? - Pergunto.

- Eu sempre quis ser médico. - Ele diz pensando.

- Médico? - Pergunto surpresa, pois conseguir passar no vestibular estudando em uma escola pública no Brasil é quase um milagre. - Médico de que?

- Sim, oftalmologista... Mas meus pais queriam que eu seguisse a tradição da família e me tornasse... O chefe dos nossos negócios.

- Quais negócios? Eles tem empresas?

- Tem sim. - Diz simplesmente. - E você? O que gostaria de ser?

- Eu adoraria desenhar mangá ou manhwas de romance.

Ele levanta uma sobrancelha e eu rio.

- É... Eu sei... Não teria futuro porque no Brasil esse tipo de coisa não é tão famosa e também eu desenho muito mal.

Nós dos rimos da última parte.

- Você fica lindo quando ri... Deveria rir mais vezes.

- S-sinto que se eu passo mais tempo com você, isso é possível.

Meu Namorado é um AssassinoWhere stories live. Discover now