Capítulo 48 - Retorno

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- Samyra...

Acordo sobressaltado com um medo crescente em meu peito.

Eu a machuquei?

Estou em meu quarto, onde lembro muito bem que outrora estava com Samyra... A forçando a...

Levo as duas mãos até a cabeça.

Puta que pariu...

Levanto da cama e pego meu celular para olhar o rastreador dela.

Está lá em baixo, na sala. Não foi embora.

Graças a Deus... Tenho mais sorte do que mereço em ter uma mulher como ela... Mas se... Se ela não tivesse me trazido de volta... Se eu tivesse concluído os planos horríveis que tinha com ela.

Sinto um enjoo forte só de pensar no caminho sem volta que teria sido.

Desço as escadas de 2 em 2 degraus e vou em direção a sala onde a vejo sentada no sofá conversando com Amara.

Meu coração aquece e acelera de uma forma, como se cada célula do neu corpo implorasse por ela.

Tenho vontade de ajoelhar e beijar seus pés implorando aos prantos pelo seu perdão.

Ela me vê assim que chego e vejo o medo em seu olhar.

Claro... Ela não tem certeza que voltei.

Dói... Mas ela tem motivos... Deus como ela tem motivos... As coisas que eu planejava.

Só quero abraçá-la e esquecer de tudo isso... Mal consigo acreditar o que um ser humano sem sentimentos bons e com o Plus de uma obsessão é capaz de fazer.

Preciso senti-la em meus braços... A sentir minha.

E assim o faço.

Vou em sua direção e agarrando seus ombros a coloco de pé e a abraço como um urso.

- Samyra... - Minha voz sai embargada pela vontade de chorar.

Amara sai de fininho da sala, nos dando a privacidade que precisamos.

- V-você... Voltou? - Ela pergunta, sua voz doce e trêmula.

Agora sinto todo o meu amor por ela que antes tinha desaparecido, não importava o quão fundo eu olhasse, ele não estava mais lá, mas agora está, presente e intenso como nunca jamais esteve.

- Me perdoa... - Caio de joelhos e abraço suas pernas. - Perdão, perdão, perdão, meu amor... - Digo chorando.

- Você não fez nada, Lorenzo. - Diz tentando me tranquilizar.

Mas eu queria fazer... Eu me lembro de cada ideia que tive... Machucá-la, forçá-la, dizer mentiras para te ferir ... - Eu pensei tantas coisas perversas, que nem quando ela pensava em fugir de mim eu chegava nesse nível.

Descobri que se eu não tivesse me apaixonado por ela, se ela não tivesse me salvado das sombras desse mundo cruel, aí sim eu seria um monstro de verdade e ainda gostaria disso.

Abraço suas pernas com mais força ainda e choro mais.

Ela é a minha vida, meu significado de existência... Se eu a tivesse machucado de verdade, feito somente metade do que eu estava planejando, não sei como conseguiria lidar com isso.

Ela se abaixa até ficar no mesmo nível que eu e me abraça de volta.

Sinto seu cheiro agir como um calmante natural.

Ahh Samyra... Eu te amo tanto, tanto...

- Está tudo bem, meu amor... Acho que consigo lidar com meu marido mesmo quando ele está mal humorado. - Diz brincando, na tentativa de deixar o clima mais leve.

Meu Namorado é um AssassinoWhere stories live. Discover now