Capítulo 08

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No dia seguinte, todos ajeitaram tudo pro enterro. Gustavo, Estefânia e Gabriel decidiram não fazer o velório para evitar o sofrimento. Após o enterro, voltaram os três para casa arrasados e Gustavo foi direto para seu quarto. No meio da madrugada, acordou com os mesmos pesadelos de sempre, levantou por volta das 2:30h e foi direto pra sala de estar beber um pouco para espairecer.

Ao amanhecer, Gustavo se aprontou e foi direto para sala de jantar para tomar café… agora ele seria o CEO da empresa já que o pai morreu, mas Gustavo não estava muito feliz com isso. Gustavo não queria assumir esse papel, mas sabia que era necessário…

Chegando na sala de jantar, deu de cara com seu avô José, — pai de Fernando —, Estefânia, Gabriel, Cristóvão e Anthony que era o tabelião.

— Gustavo… Bom dia. Sente-se — disse o senhor José. Gustavo acenou com a cabeça e se sentou. O silêncio permaneceu por uns segundos.

José finalmente decidiu falar.

— O Anthony veio pra falar da divisão de bens. O pai de vocês tinha muitas coisas e uma fortuna extremamente gorda, que é equivalente a durar por 3 vidas ou mais. Sem contar com os negócios que ele tinha espalhado pelo mundo. Isso tudo agora vai passar pra mão de vocês agora.

Gustavo revirou os meus olhos. Escorou as costas no encosto da cadeira, colocou as mãos na mesa e cruzou as duas.

Gustavo não se importava com a herança, nunca se importou! Ele era sim bastante mimado, mas na realidade ele só queria afeto e agora que seu pai havia morrido, nada lhe importava.

Anthony entregou um papel para todos e Cristóvão o ajudou, como advogado de Fernando.
Gustavo arregalou os olhos quando analisou o documento. Era muito dinheiro, mesmo sendo dividida em três partes, era dinheiro para viver por uns 200 anos.

Eu sempre soube que meu pai era muito rico, mas não a esse ponto. É como se ele tivesse plantado dinheiro. Tá explicado porque se dedicou uma vida inteira ao trabalho.
Assim Gustavo pensou.

Anthony começou a falar, mas as últimas novidades não agradaram muito a Gustavo…

— E assim foi decidido — disse Anthony — A herança em dinheiro foi dividida igualmente para os três, mas a sua foi dividida em modo diferente Gustavo. Seu pai quer que você cuide de todos os negócios da família. — A casa também vai ser registrada no seu nome, mas, antes de você receber isso tudo ele impôs uma condição pra você receber tudo que você tem direito: você tem um mês para se casar, caso contrário tudo que foi do seu pai será vendido, incluindo o banco que vai completar 100 anos.

— COMO É QUE É? — Gustavo se levantou e gritou totalmente indignado, sem acreditar.

— Se acalma, Gustavo! — Exclama José.

— EU NÃO VOU ME ACALMAR PORRA NENHUMA! ISSO FOI UM JOGO SUJO, VOVÔ! COMO ELE TEM CORAGEM DE ME CHANTAGEAR DESSA MANEIRA?

— Menino! — José arregalou os olhos e se levantou — Se acalma! Seu pai só quis o seu bem...

— Ele sabe perfeitamente que eu não me envolvo com mulheres! Elas são traiçoeiras, arrogantes e traidoras. Sem contar que todas agem como putas… — Gustavo berrou e
Estefânia arregalou os olhos e olhou para ele, pasma com o que acabou de dizer.

Não quis me referir a ela.
Gustavo pensou.

— Quase todas! — Se corrigiu.

— Você não tem muita opção, Gustavo — disse Anthony — Você vai deixar que as coisas do seu pai vão parar nas mãos de um desconhecido? Um trabalho de gerações e um desses trabalhos vai completar 100 anos!

— Exatamente! — Disse José — Meu pai, que descanse em paz, é o responsável pela criação do banco. ELE CRIOU A SAVINGS COM O SUOR DELE E VOCÊ NÃO VAI COLOCAR TUDO A PERDER...

— F-O-D-A-SE — Gustavo soletrou. — Eu já falei, eu não ouso colocar uma aliança no meu dedo, eu não ouso dizer um sim na frente do padre, eu não ouso beijar a boca de uma mulher. EU NÃO VOU ME CASAR! EU NÃO VOU! — Disse e saiu cuspindo fogo.

Quando Gustavo chegou no quarto, sentou no cantinho do chão e abaixou a cabeça.

Prefiro ter que viver na miséria a ter que unir a minha vida na de uma mulher.
Gustavo pensou consigo mesmo.

De repente, Gustavo ouviu a maçaneta se mexer; em um pulo, correu até a porta, puxou a mesma e saiu do quarto sem dar espaço de quem quer que fosse entrar.
Quando finalmente olhou, viu que era José.

— Como você ousa tentar entrar no meu quarto? — disse furioso. Gustavo nunca deixou ninguém entrar em seu quarto, na cabeça dele, se alguém entrasse, sua paz seria quebrada já que era o único local em que ele não se sentia mal.

— Ainda com essa bobagem? — O encarou e Gustavo fez o mesmo. — Pensei que já havia superado.

— Eu nunca vou superar! — Gritou.

— Não grita comigo, Gustavo. Precisamos conversar. Vamos no escritório?

— Tudo bem. Mas saiba que minha decisão é irrevogável! Eu não vou me casar.

— Vem, Gustavo — José tentou tocar em Gustavo, mas se afastou e seguiu o caminho até o escritório.

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