capítulo dois: o segundo grupo

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 Depois do assassinato.

Delegacia de Busan.

— Como o Mark Lee era?

— Ele era um bom garoto. Todo mundo achava. – Jaehyun respondeu a investigadora.

A sala da polícia de testemunhas era gelada, o clima era pesado e assustador. Porém, a policial Boa sentiu o clima cair mais ainda depois que aqueles sete garotos entraram na sala. Ela não sabia explicar, não parecia um sentimento de culpa, nem ela poderia descrever. E aumentou mais ainda quando um deles disse:


— Mark era um poço de mistério, a sua vida pessoal era guardada a sete chaves e ele não contava nem para nós, que éramos amigos dele. – Declarou Taeil. Agora Boa entendia. Diferente do primeiro grupo, este sabia demais sobre Mark Lee.


— Qual foi a última vez que vocês tiveram contato com ele? – Perguntou.


— Uma semana antes dele sumir, eu acredito. – Doyoung respondeu por todos, fechando os olhos com força. Ele estava exausto, não havia conseguido dormir direito desde que Mark desapareceu. – Nós todos fomos a casa dele perguntar o motivo das faltas na faculdade.


— Faltas na faculdade?


— Sim, o Mark começou a faltar muito esse ano, não estudava direito e sumia por dias sem dar sinal de vida. – O americano, Johnny, respondeu. Boa tentou conter a expressão de surpresa.


— O que aconteceu na última vez que vocês viram ele?


Yuta não conteve as lágrimas, apoiando o rosto nas mãos e falando palavras emboladas, depois de prestar atenção a investigadora percebeu que ele pedia desculpas em japonês.


— Houve uma discussão, senhora. Na realidade, uma pequena briga. – Doyoung disse. – Cada um seguiu seu caminho e Mark não manteve mais contato com nenhum de nós, mas eu acreditava que era por conta da briga.


Boa assentiu, observando os garotos um por um. O clima ainda não tinha mudado.

[...]

Antes do assassinato.

Uma música tocava no rádio velho de Taeil, Mark tomava um gole da cerveja enquanto observava os outros amigos conversarem. Taeyong dançava com a batida da música e tentava arrastar Doyoung com ele, este que disse que preferia ficar só olhando. Mark riu da cena do mais velho bêbado e birrento.


— Pensando muito? – Doyoung perguntou.


— Sempre. – Respondeu.


Escutaram algumas vozes elevadas vindo de dentro da casa de Taeil, o tom aumentava há cada segundo mostrando que estava se aproximando do quintal. Mark não precisou se dar o trabalho de olhar para o lado para saber quem era. A porta do quinta foi aberta com brutalidade, um Jaehyun furioso marchando para o lado de fora saiu. Johnny veio logo atrás, tentando argumentar com o mais novo, que fingia não vê-lo.


— Vai se foder, seu maldito! – Jaehyun exclamou. – Eu vou embora.


Taeil tentou intervir os dois e Yuta comentou que parecia uma luta entre titãs, Taeyong deu uma risada exagerada, se jogando no colo de Doyoung.

— Eu já estou indo também. – Mark levantou-se, Jaehyun ficou ao seu lado dizendo para Johnny que iria embora com ele. Johnny não disse mais nada, deu de ombros e entrou de volta a casa do Moon.


Durante o caminho, Jaehyun não poupou vocabulários chulos contra Johnny. Dizendo o quanto ele era um idiota e grosseiro. Jaehyun ainda parecia muito irritado com a discussão com o americano. No entanto, aquilo era normal entre o casal pouco convencional. Desde que Mark conhecera aquele grupo de amigos, há dois anos quando entrou na faculdade, aquela sempre era a rotina que presenciava. Johnny e Jaehyun não namoravam de fato, mas brigavam e criavam paranoias como tal, pior que a maioria das vezes era o canadense que se tornava o intermediário dos dois, ainda mais com Jaehyun reclamando em seu ouvido.

Quem Matou Mark Lee?Where stories live. Discover now