009 - Alô, polícia?

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Avisos

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Gente, esse capítulo está fofíssimo e ele tem muitas referências de uma música bem importante da playlist. Se ainda não viu, o link está no meu perfil!

Beijinhos e boa leitura!

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Estavam na metade de Novembro quando o frio começou a se instaurar com violência.

Todos os dias, Kaori levava casacos extras na mochila (todos do irmão, é claro), além de sempre usar dois pares de meias. Vez ou outra levava algumas broncas, mas não se importava. Ficar quentinha era mais importante do que ficar bonita.

Entretanto, não era o frio de tremer o queixo que a deixava preocupada, mas sim, os hematomas do irmão.

O frio obrigava todos a usarem muitas camadas de roupas, o que ajudava a esconder, mas ela já tinha visto as escoriações e os roxos espalhados quando ele acidentalmente saiu sem camiseta do banho. Com um pouco de investigação, Kaori não demorou até descobrir que membros da gangue Black Dragons estavam batendo no irmão.

Ele já sofria antes, mas depois de fazer a tatuagem as coisas pioraram. As ameaças se tornaram violência física, e Kaori não queria deixar barato.

— Ei, chata, tá na Terra? — o chamado alto somado ao cutucão no ombro fez com que a menina voltasse a prestar atenção ao seu redor. O menino sorria, exibindo suas presas como sempre fazia.

— Ah, oi, Baji — respondeu sem muito ânimo. — Tá fazendo o que por aqui?

— O Mikey quis tirar um tempo na pracinha — ele respondeu e só então ela notou que ele estava com um tapa-olho na testa.

— Tá brincando de pirata? — ela puxou o item e o soltou, fazendo com que o elástico retraísse de uma vez, acertando a testa do garoto com tudo.

— Ai! — ele esfregou a mão onde doía fininho. — É, só pra passar o tempo.

Keisuke parecia um tanto envergonhado por confessar.

A verdade é que, por mais que os garotos estivessem com seus doze anos e cada dia mais crescidos, vez ou outra sentiam vontade de brincar de faz de conta. Claro que sempre à sua própria maneira, com os toques de personalidade que apenas eles tinham.

Claramente, sempre que outra pessoa se aproximava eles disfarçavam, mas quando estavam apenas eles, não se importavam com os julgamentos. Podiam ser eles mesmos sem vergonha alguma.

— E quem os piratas precisam salvar? — Kaori perguntou ao caminhar na direção da pracinha, decidida a brincar também, já que teria algum tempo livre até o irmão retornar do reforço escolar.

— A princesa Emma — Draken falou, pulando do topo do trepa-trepa.

Ao escutar ser chamada de princesa pelo garoto, a loirinha corou.

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