Capítulo 16

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Hoje o dia está péssimo. Desde sábado (hoje é terça-feira) Tyler tem me tratado de forma estranha. Com mais afeto e sem tanta formalidade, isso mexe muito com os meus sentimentos, me deixando confusa sobre o que eu sinto.

A empresa está um caos, está chegando a linha de dia dos namorados, e isso está estressando a todos.

Ultimamente tenho trabalhado até tarde, diferente dos outros funcionários, afinal eu sou a assistente do chefe e tenho que o acompanhar com os trabalhos, papeladas, reuniões e testes.

Hoje não foi diferente. São exatamente 19:45 e eu ainda estou trabalhando. Quem se encontra no prédio que nem um rato de laboratório é só eu e o Tyler.

Saio da minha mesa e vou até a sala do mesmo entregar as últimas papeladas do dia.

Bato na porta e escuto um "entre" bem fraco, obviamente ele deve estar cansado.

— Licença- Digo entrando- Aqui está as últimas papeladas sobre os teste Tyler - Falo entregando para o mesmo.

— Obrigado Lena- Diz pegando- Já está tarde, pode ir embora - Fala olhando em seu relógio de pulso.

Antes que eu pudesse me despedir e ir embora para minha casa, uma voz desconhecida fala:

— Mãos na cabeça se não eu atiro- Falou. Eu estava de costas para porta, então fui pega de surpresa. Quando dou por mim, a sala do meu chefe se preenche com 3 homens incapusados, todos de preto.

Fico assustada, mas faço o que o bandido me pediu e Tyler também.

O bandido vem em nossa direção e nos amarra. Em seguida nos guia até um carro preto. E aí eu me pergunto, cada os seguranças dessa bagaça?

— Olha, se quiserem dinheiro é só dizer a quantia, mas por favor não façam nada - Pediu Tyler quando os bandidos ligaram o carro, dando partida sei lá para onde.

— Fica quietinho aí, se não a princesinha é quem vai sofrer as consequências - Ameaça o bandido que estava sentado no banco do passageiro, olhando para os meus seios.

Ao ouvir o que disse e ao ver seu olhar, me encolhi instantaneamente. Tyler que estava ao meu lado, tocou na minha mão como uma forma de me acalmar.

Estávamos sentados da seguinte forma: Um bandido dirigia, o outro sentava no banco do passageiro, eu me sentava no meio, com Tyler a minha direita e o terceiro bandido a minha esquerda.

No caminho eu e o meu chefe fomos furados com uma agulha que continha sonífero.

[...]

Acordo sentindo uma mão me tocando. Então lembro o que acontecia e me assusto.

— Calma- Diz o bandido que sentou ao meu lado no carro. Ele estava com a mão em meu braço - Só estava te acordando, não fiz nada com você - Fala me olhando, e eu apenas assenti. Procuro Tyler com o olhar por todo o local, mas não o encontro - Ele foi levado- Diz se sentando em minha frente.

Eu estava sentada no chão, debaixo de mim tinha um colchão fino. O local era mal iluminado mas tinha um pequeno buraco no teto, que me dava visão do céu. No momento ainda era de noite.

— Ele vai ficar bem?- Pergunto aflita.

— Se fizer o que for pedido, nada de ruim acontecerá com vocês- Fala dando de ombros.

Esse bandido não era como os outros dois. Seu olhar não era de maldade. Ele me parecia ser do bem, apesar das circunstancias.

Ele sai do local e logo em seguida volta com uma bandeja na mão que tinha um pão, água e uma banana velha.

— Você precisa comer- Diz colocando a bandeja na minha frente - Não tente fazer nenhuma gracinha- Avisa desamarrando minhas mãos.

Olho para os alimentos e levanto as sobrancelhas. E se estiver envenenado?

— Não tem veneno não, fica tranquila - Fala como se lesse meus pensamentos. Por algum motivo eu confiei no que disse e comi.

Como a comida e quando termino ele leva a bandeja e não volta mais, me deixando sozinha naquele local, com as mãos novamente amarradas.

Meus pensamentos vão até minha Emma. Como será que ela está? Quem esta com ela? Será que esta com fome?

Perguntas como essa me assombram, me fazendo chorar.

Me pergunto como esta Tyler. Será que comeu? Se esta machucado?

Mil perguntas me rondam, me trazendo medo, insegurança e tristeza... Por que isso tem que acontecer comigo? Eu não mereço ter paz?

Fico me torturando com esses pensamentos durante a madrugada toda.

Conquistada por um CEOWhere stories live. Discover now