capítulo 53

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Anna


Faz algumas horas de invasão e os tiros amenizaram um pouco, mas não parou.

Eu tô virada, quase dormindo em pé, preocupada com os meninos e com o Theo que tá lá na casa da mãe do Lucca ainda, eu tinha combinado de buscar ele agora cedo, mas com tudo isso acontecendo não dá.

Estou junto com a Isa e com o Lucca, ambos estão assustados.

Alguns minutos depois os tiros param, mas eu quase morro do coração quando alguém bate na porta.

- Abre aqui, sou eu- Gm diz e nós três nos olhamos.

- E se tiver alguém apontado uma arma pra tua cabeça e te obrigando a dizer isso?- a Isa pergunta e eu rio fraco.

- Namoral, o Paulinho tá lá embaixo, levou um tiro.

Só ele falar isso que eu me levanto apressada e abro a porta.

Por sorte já vesti uma calça, assim ninguém me vê de calcinha.

Corro indo lá pra baixo e eles vem atrás de mim.

Logo vejo o Filipe sentado no chão e com as costas apoiada no sofá, enquanto o Paulinho tá deitado resmungando.

- Você tá bem?- vou até ele que tá com uma expressão de cansado.

- Tô- responde seco- cuida dele- aponta pro Paulinho e a Isa vai até lá.

Ela tá fazendo medicina, sabe mais que eu, então deixo ela fazer o que tiver que ser feito.

- Só tem ele ferido?- pergunto.

- Não, outros também, mas eles foram pro postinho, só o Paulinho que desmaiou- Gm responde- bom, vou chegar lá na casa do Ph e ver como as meninas estão.

Filipe se levanta passando por mim e vai até a Isa que tá pegando algumas coisas na caixa de primeiros socorros.

- Vou sair pra ver o estrago e mandar limpar tudo- ele diz atravessando a arma nas costas- se cuidem aí.

Ele não espera ninguém dizer nada e já sai sendo seguido pelo Gm.

- Amiga, me ajuda aqui- a Isa pede e eu vou até ela.

Depois que terminamos de cuidar do Paulinho, dois vapores aparecem aqui pra levar ele até sua casa e eu com a Isa fomos preparar o almoço, até o Lucca tá tentando ajudar a gente, só tentando.

- Por isso teve uma vez que eu cheguei na casa da minha mãe e ela tava encostada na parede e chorando enquanto tinha um cebola na mão- ele diz com os olhos lacrimejando enquanto pica uma cebola- isso não é de Deus.

Nós duas damos risada e logo escutamos um barulho lá na sala e várias vozes.

- Caralho, bagulho foi sinistro!- Karol diz e eu rio, ela falava toda princesinha antes e agora tá assim, quem diria.

A Gisele entra na cozinha também e se senta na cadeira.

- Me senti num filme de ação, porém era vida real, o que tornava tudo mais desesperador- diz- estragaram meu ménage.

Só foi ela dizer isso e geral começou a dar risada.

Só ela mesmo!

O celular da Karol toca e ela olha o visor.

- É o Gabriel- diz e coloca o celular no ouvido em seguida- Oi... Calma pelo amor de Deus... Como isso aconteceu?... Tá bom, fica calmo, a gente tá indo.

Ela encerra a chamada e olha assustada pra gente.

- O que foi?- pergunto e ela me encara ficando branca. - Caralho, fala logo

𝗣𝗮𝗴𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗶𝗼𝘀𝗼•• 𝗙𝗶𝗹𝗶𝗽𝗲 𝗥𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora