De volta a estaca 0

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Espero que gostem do capítulo 🥰
Boa leitura amores ❤️

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Aprendi duas coisas depois de passar duas semanas e meia morando com um Izuku. Primeiro, eu odeio ômegas. E segunda, Izuku não é qualquer ômega.

Tô morando com um diabinho em forma de humano. Esse garoto rouba minhas camisas todas as noites — e se fosse somente isso estaria ótimo, afinal — e simplesmente sai desfilando por aí com elas, e eu sei muito bem que isso parece não ser nada demais, e realmente não seria de o desgraçado colocasse a porra de uma roupa de baixo.

Izuku rouba todo doce que eu escondo, não importa onde eu coloco ele acha, parece até um cão farejando carne. Esse dias, eu estava tomando um relaxante banho de banheira, tentando fingir que a merda do meu dia não havia acontecido, e o filho da puta escancarou a porta e foi entrando, como se a casa fosse dele, o banheiro fosse dele, como se eu não estivesse ali, e ainda saiu dizendo que tudo que eu tenho ele também tem! Merdinha miserável.

E agora, exatas três da manhã, não consigo dormir porque o miserável não para de encher o apartamento com os seus feromônios. Se paciência fosse igual água, só pegar e beber, eu estaria até tomando banho, me afogando nela.

— Izuku! Seu merdinha desgraçado!

Mas sendo eu como sou, acabaria com qualquer que fosse a fonte de água da paciência, e ainda assim eu estaria irritado o suficiente para querer estrangular esse Deku.

— Onde você se meteu em?! Deku? — Como alguém tem o dom de desaparecer assim?

Levantei da cama num pulo arrebentando o meu dedinho do pé a merda de uma cadeira que estava perto da mesinha de cabeceira, xinguei até a décima geração do corno que fez essa porcaria. Eu preciso recuperar o meu quarto, não aguento mais essa merda de quarto de hóspedes. Não aguento mais a minha casa repleta de hormônios descontrolados. Não suporto mais Izuku roubando as minhas roupas e ficando extremamente sexy com elas, mas não aguento mais desejar uma pessoa que me causa repulsa.

Tateei lugares aleatórios pelo cômodo, procurando algum interruptor de luz porque por algum motivo justo esse quarto é totalmente escuro.

A porta foi aberta abruptamente, e de repente um emaranhado de roupa, pele e cabelos desgrenhados estava em cima de mim.

Merda, se não fosse por essa marca inútil, eu já teria botado Izuku pra fora daqui.

— Mas o que?! Merda Izuku, qual o seu problema em ficar em pé em?

— A-ah, desculpa Katsuki, eu tropecei, aqui é muito e-escuro.

Ele se levantou meio afobado, braços e pernas se enroscando em todos os lugares. Esse garoto tem um dom quando se trata de ser desastrado em.

— Você estava gritando! O que aconteceu? Você se machucou? Foi alguma coisa na empresa?

— Não seu idiota! É você — Apontei um dedo bem na fuça do miserável, meu sangue já fervendo nas veias — Porque infernos tá liberando tantos feromônios assim?

Ele ficou vermelho, tão vermelho que eu pude enxergar até mesmo no breu que era o quarto.

— E-e-eu sinto muito Ka-cchan, não é proposital, d-de verdade mesmo.

Não entendi exatamente o porquê de tanto afobamento. Ele não tem controle do seu lobo? Porque se for isso ok — é uma porra, mas é normal.

O projeto de gente se virou e saiu pela porta do mesmo jeito que entrou, me deixando plantado no meio do quarto com uma puta cara de quem não estava entendendo nada, até porque eu realmente não estou entendendo nada. Saí rapidamente para o corredor e quando olhei para onde Izuku havia ido, vi apenas o vulto verde escuro ultrapassar o umbral e desaparecer. O segui irritado. Ele solta a bomba e sai assim? Tenho cara de otário por acaso?

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