Capítulo 6 :

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CARLA

Chego em casa de manhã após mais uma noite de diversão com minhas amigas, cansei de ficar mais de uma semana em casa esperando alguma mensagem, ou até mesmo ligação do Marcos. Sei que ele me ama, ao menos deveria dar alguma satisfação, acredito que ele quer esperar a poeira abaixar, afinal de contas, meu pai está muito puto com ele e comigo também, só consegui sair porque fiz isso escondido, esperei ele ir dormir. Sorrio ao lembrar da cena.

Meus pés estão doloridos por isso tiro as minhas sandálias que estão me matando, mais tarde estarei com calos enormes, dancei durante toda a madrugada. Entro em nossa mansão localizada no bairro do Morumbi, ando sem fazer nenhum barulho, mas quando chego na escada para subir ao meu quarto, ouço um pigarreio. Viro para trás e dou de cara com o meu pai, sua expressão não é das melhores.

Carlos: Onde estava? — pergunta papai. — Você sabia que eu não a queria saindo para baladas. Me desobedeceu de novo.

Carla: Tinha saído com as minhas amigas.

Carlos: Hum! Amigas? Me poupe Carla, essas garotas que dizem ser suas amigas — faz aspas com as mãos. — Não passam de aproveitadoras que querem te levar para o mesmo buraco de onde elas saíram.

Carla: Vai me dizer que quando você tinha a minha idade não saia com os seus amigos? Me poupe você, papai.

Carlos: Fale direito comigo garota — esbraveja. — Quando eu tinha a sua idade estava na Irlanda cursando administração para administrar a empresa do meu pai, seu avô.

Carla: Já conheço essa história pai, agora tô morrendo de sono, depois continuamos essa conversa chata — quando estava prestes a subir a escada, ele pega no meu braço.

Carlos: Escute aqui Carla, você ultrapassou todos os limites do aceitável, não vou mais tolerar sua arrogância e desobediência. Você me entendeu?

Carla: Sim, pai. Agora pode me soltar? Você vai machucar o meu braço. — Ele faz o que eu peço.

Carlos: Fico feliz que ao menos não tenha bebido, agora vá dormir, quando a senhorita acordar teremos uma conversa muito séria.

Meneio um sim, com a cabeça e subo as escadas e entro em meu quarto. Tiro o meu vestido, vou direto ao banheiro tomar um banho relaxante, após o banho, seco meu cabelo e vejo que já são 8h00 da manhã. Ligo meu celular para ver se tem alguma mensagem do Marcos, mas até agora nada. Tento ligar e ele também não atende, será que me bloqueou? Ele não é louco de fazer algo desse tipo.

Coloco meu celular na mesa de cabeceira e volto a dormir, preciso recuperar minhas energias, sei que ao acordar vou ouvir muita coisa do meu pai.

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Acordo Com uma fome danada, olho no meu celular e constato que são 14h00 da tarde.

Carla: Caramba! Como eu dormi tanto assim?

Levanto da minha cama, vou ao banheiro escovar os dentes e lavar o meu rosto. Entro no meu closet e tiro o meu baby-doll da Minnie. Tenho vinte e dois anos, mas ainda sou apaixonada pelos personagens da Disney, principalmente as princesas, quando eu era criança fingia ser uma princesa da Disney. Aliás, a minha paixão não fica apenas na Disney e suas princesas, eu também sou apaixonada pela Barbie, minha segunda paixão, tenho uma pequena coleção de suas bonecas.
Coleção que toda garota apaixonada por ela adoraria ter.

Pego uma calça jeans skinny preta, bem básica, e uma blusa de seda da alça fina branca, calço uma sapatilha bege, prendo meus longos cabelos em um coque. Quando chego na sala não vejo minha tia e nem meu pai, o que acho estranho. Como hoje é domingo eles estariam nesse horário na sala conversando, minha tia é advogada das nossas empresas. Antes de escutar o sermão do meu pai, primeiro vou matar a minha fome, vou até à cozinha e esquento a comida que dona  ngela deixou no micro-ondas, ela era a minha babá quando eu era criança e hoje é a nossa governanta.

O Xucro 🐴Where stories live. Discover now